Avaliou-se o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na perspectiva de estrutura-processo-resultado. A metodologia envolveu pesquisa documental e estudo de caso em 45 municípios no Estado da Bahia, Brasil; com entrevistas a getores, visita a 73 escolas e inquérito domiciliar envolvendo 3.367 crianças de 7-14 anos. Quanto à estrutura, foi analisada a evolução normativa do PNAE e alguns aspectos da infra-estrutura. Gestores referiram instalações e equipamentos inadequados para preparar e distribuir refeições em 28% dos municípios. A municipalização estava presente em 93% dos casos, havendo 20% já em processo de escolarização; porém, em quase 70% das escolas havia repasse de gêneros alimentícios. A aceitabilidade da alimentação oferecida foi boa, resultado esperado frente à situação de pobreza da população estudada. Ainda que Conselhos de Alimentação Escolar estivessem constituídos, sua composição nem sempre representou um efetivo exercício democrático. Quanto a resultados, a cobertura foi expressiva - 95%, contudo 77% dos entrevistados do interior e 39% da capital relataram não receber alimentação todo dia. A irregularidade observada na oferta diária comprometeu a aspiração do programa efetivar-se como política social universal e um direito da criança.
A distribuição de vitamina A em Dias Nacionais de Vacinação ocorre desde 1983; o Brasil foi pioneiro nesse tipo de intervenção. O estudo avaliou o programa no período de 1995-2002 na perspectiva de estrutura-processo-resultado. A metodologia envolveu pesquisa documental, entrevistas com gestores e estudo de caso em 44 municípios da Bahia, resultando em 1.344 questionários domiciliares. Em relação à estrutura, o programa operou sem instrumento normativo a partir de 1998, decorrente da extinção do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição. Melhorias nos processos de aquisição e distribuição do suplemento impactaram positivamente na sua cobertura; em 2002, foram distribuídas 3,5 milhões de cápsulas (cobertura 72%). Nas 2.546 crianças estudadas na Bahia, não houve regularidade na distribuição e a cobertura anual variou de 8% a 26%. As limitações de tempo e recursos humanos, informadas pelos gestores, corroboram a hipótese de que essa estratégia não contribui para esclarecer a população sobre a importância da vitamina. Os achados mostram ser necessária a articulação sistemática entre esferas de governo para que o programa seja executado e monitorado em sua plenitude.
INTRODUÇÃO: Este estudo buscou avaliar como se deu o processo de implantação e execução do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional em municípios baianos onde o Programa "Leite é Saúde" estava funcionando. MÉTODOS: Foram realizadas visitas, observações e entrevistas com profissionais de saúde, no período de 1997-1998. Foram visitados 44 municípios, dos quais 35 possuíam o programa estabelecido. Dentre estes, 43% realizaram diagnóstico nutricional simultaneamente à implantação na ocasião do programa. RESULTADOS: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional estava funcionando em 22% dos municípios, parcialmente implantado em 34% e em 38% dos municípios não dispunha deste. Em 6% dos municípios não foi possível obter informações sobre o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Dos municípios que possuíam o sistema parcialmente implantado, a principal deficiência estava na não utilização das informações para reprogramar atividades. CONCLUSÃO: O sistema de informações sobre o estado nutricional de crianças reproduziu problemas conhecidos em outros sistemas de informação. A exigência de estabelecer-se o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional para assinar-se o convênio com o programa "Leite é Saúde", não garantiu a sua real implantação. Com isso, não se produziram mudanças na prática, já que não se utilizou o perfil epidemiológico nutricional local, para atuar sobre problemas de alimentação e nutrição.
Currículo; -Saúde. RESUMO Esta série de artigos aborda diretrizes, estrutura curricular e estratégias pedagógicas de um novo modelo de curso de Medicina proposto pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Este artigo inicial apresentao Bacharelado Interdisciplinar em Saúde como primeiro ciclo para a formação médica. Em primeiro lugar, avaliam-se resultados de uma prospecção de modelos avançados de formação médica no cenário internacional e o potencial de sua aplicação à realidade da educação médica brasileira. Em segundo lugar, descrevem-se a estrutura e o funcionamento do Bacharelado Interdisciplinar como formação geral em Artes, Saúde, Humanidades e Ciências. Em terceiro lugar, discute-se o BI-Saúde como formação específica, com especial atenção para o conceito de Área de Concentração, que pode funcionar como etapa propedêutica para o curso médico em regime de ciclos. Finalmente, avalia-se a formação em Saúde no primeiro ciclo como oportunidade de uma escolha vocacional mais madura, aprendizagem para o trabalho em equipe, atualização científica e prática, uso consciente e crítico de tecnologias de cuidado em saúde, com base em valores éticos, políticos e humanísticos.ABSTRACT This series of papers discusses guidelines, curriculum and pedagogical strategies of a new medical education model implemented by the Federal University of Southern Bahia (UFSB). This opening article is aimed at introducing the Interdisciplinary Bachelorin Health as a first-cycle degree for medical training. First, a survey of advanced medical education models in the international arena is presented in order to evaluate their potential application to Brazilian higher education. Secondly, the structure and functioning of the Interdisciplinary First Cycle Degreeis described in terms of general education in the Arts, Health, Humanities and Sciences. Thirdly, emphasizing the concept of Area of Concentration, the Interdisciplinary Bachelor is discussed as a specifictrainingprogram and preparatory step for the 2-cycle medicine course. Finally, first cycle training in health care is analyzed as an opportunity to ensure more mature vocational choices, active learning, teamwork,up-to-date scientific and practical knowledge, and the conscious and critical use of health care technologies, based on ethical, political and humanistic values.
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