Este artigo analisa questões da expansão de cidades de porte médio, como João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, com o objetivo de verificar a atuação de diferentes segmentos da sociedade civil, da iniciativa privada e do setor público e suas contribuições para a implantação de um modelo espraiado de crescimento. Esse estudo compara o modelo automobilístico-rodoviário aos preceitos defendidos pela linha de pensamento em oposição, ou seja, a "sustentabilidade urbana". Para tanto, faz-se referência aos estudos já desenvolvidos sobre a evolução urbana de João Pessoa, relacionando as intervenções urbanas com os atores envolvidos nas ações de melhorias no setor de transportes. Por fim, os planos e projetos contemporâneos propostos para o transporte coletivo são analisados sob a ótica dos preceitos da sustentabilidade urbana, enfatizando-se a necessidade de diálogo entre os diferentes atores sociais para a implantação de alternativas de deslocamento compatíveis com complexidades e especificidades históricas, culturais, sociais, políticas e econômicas locais.
Resumo Este artigo tem como tema a qualidade de vida urbana nos condomínios horizontais localizados na cidade de João Pessoa, PB. Essa modalidade residencial tem se proliferado e tem movimentado consideravelmente o mercado imobiliário local, com a premissa de que a "qualidade de vida" no interior dos condomínios é superior ao padrão urbano encontrado na cidade extramuros. No entanto, não existem pesquisas locais a partir de métodos científicos que mensurem essa mencionada "qualidade de vida". Desse modo, com base no método "Índice da Qualidade de Vida Urbana de João Pessoa" (IQVU-JP), este estudo procura preencher tal lacuna ao investigar a qualidade de vida urbana nesses empreendimentos, com ênfase em seu entorno e sua relação com a tessitura urbana. Os principais resultados desta pesquisa apontam para a importância da localização na determinação da qualidade de vida urbana, uma vez que os atributos locacionais traduzem as facilidades ou deficiências das oportunidades e dos acessos urbanos. A investigação também demonstrou que a qualidade de vida urbana aferida não condiz com o que é propagado pela mídia e pelo mercado imobiliário local, que atribui valores positivos às áreas consideradas distantes com baixa densidade urbana e ao isolamento físico e social.
Estudos espaço-temporais, com apoio de geotecnologias e de análise quali e qualitativas, têm contribuído para estudos da paisagem, incluindo processos de perdas e ganhos da arborização urbana. Este trabalho explora a relação entre remoção e inserção de indivíduos arbóreos presentes na arborização viária, com uso simultâneo de diferentes ferramentas de análise. Os objetivos da pesquisa foram relacionar identificar a influência das transformações arquitetônicas sobre a distribuição espaço-temporal dos indivíduos arbóreos, nos planos horizontal e vertical. Foram utilizadas ferramentas de geoprocessamento e de interpretação visual de imagens de satélite, em 2011 e 2019; e em fichas de análise de elementos selecionados da paisagem alterada, para análise urbanística-arquitetônica, em 2011 e 2017, via Google Street View, em estudo de caso no bairro de Miramar, situado na Zona Leste de João Pessoa (PB). Como resultado, foi possível observar a redução de 16% no número de lotes arborizados, maior concentração de árvores em avenidas principais, e que, em relação às mudanças no uso do solo, as perdas ocorreram tanto em “edificações multifamiliares” quanto em “edificações térreas”, denotando que mesmo sem alteração de uso residencial para comercial, há substituição ou remoção total de indivíduos arbóreos.
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