As formas farmacêuticas oftálmicas convencionais são relativamente simples: drogas solúveis em água são formuladas em solução aquosa e drogas pouco solúveis em suspensão ou pomada. Entretanto, essas formulações apresentam como inconvenientes baixa biodisponibilidade corneal, absorção sistêmica devida à drenagem nasolacrimal e reduzida eficácia no segmento posterior do olho. Assim, o desenvolvimento de novos sistemas de liberação de drogas de administração oftálmica tem sido um dos principais temas de pesquisa em tecnologia farmacêutica nos últimos anos. Entre as alternativas avaliadas, destacam-se principalmente as microemulsões. Estas formas farmacêuticas que são dispersões de água e óleo, estabilizadas por um emulsionante e por um co-emulsionante, transparentes, termodinamicamente estáveis, apresentam partículas de tamanho menor que 1,0 µm e, portanto, passíveis de serem esterilizadas por filtração. Além disso, as microemulsões apresentam baixa viscosidade, possuem grande capacidade para o transporte de drogas, demonstram comprovada propriedade promotora de absorção para as drogas veiculadas e são facilmente obtidas, sem a necessidade de utilização de equipamentos sofisticados e de componentes de custo proibitivo. O presente artigo objetiva revisão de literatura abordando o tema e os principais estudos relacionados com a utilização de microemulsões como sistemas de liberação de drogas oftálmicas. I N T R O D U Ç Ã OA administração tópica de drogas na forma de soluções, suspensões, géis e pomadas é o método mais comum de tratamento de doenças oculares. Entretanto, essa via apresenta alguns problemas como baixa biodisponibilidade, perda da droga pela circulação sistêmica e a baixa, ou praticamente inexistente, penetração da formulação no segmento posterior do olho.A baixa biodisponibilidade ocular é resultante de barreiras anatômicas e fisiológicas do olho, que incluem o epitélio corneal, a dinâmica das lágri-mas, a drenagem nasolacrimal e alta eficiência da barreira ocular sangüínea. Geralmente, apenas 5% da dose administrada atinge os tecidos intra-oculares através da penetração corneal, enquanto que a grande parte é absorvida sistemicamente pela conjuntiva e duto nasolacrimal podendo causar reações adversas em diversas partes do organismo. Para se atingir o nível terapêu-tico adequado, são necessárias elevadas concentrações e/ou freqüentes administrações, o que pode aumentar o risco de efeitos adversos sistêmicos e interações medicamentosas.
Prevalência e fatores de risco para retinopatia diabética em pacientes diabéticos atendidos por demanda espontânea: um estudo transversal. Reb Bras Oftalmol. 2021;80(3):e0006.
Background Birdshot retinochoroiditis (BRC) is a rare and chronic bilateral uveitis mostly found in Caucasians. As few data are available about the clinical course of BRC in Hispanic patients, we aimed to report the clinical findings and the evolution of BRC in Brazilian patients. Methods This retrospective cohort multicenter nationwide study was performed by analyzing the records of patients with BRC diagnoses from Brazilian ophthalmological centers from April 1995 to May 2020. Results Forty patients (80 eyes) with a diagnosis of BRC were evaluated. The mean age was 53 years, and there was no sex predominance. All tested patients (34/40) were positive for HLA-A29. The diagnosis of BRC was made following the Levinson et al. criteria, and all ancillary tests were performed to exclude differential diagnoses. Clinical signs and symptoms, such as complications and treatment, were described. Conclusions BRC evolution in Brazilian patients seems to have some peculiarities that diverge from the published literature available about Caucasians, as AS inflammation is higher in this population.
RESUMOObjetivo: Determinar os níveis de toxicidade de duas e três aplicações intravítreas de infliximabe na retina de coelhos albinos, por meio de exames clínicos oftalmoló-gicos, eletrorretinográficos e histológicos. Métodos: Foram utilizados doze coelhos albinos divididos em dois grupos. No primeiro grupo de 10 coelhos, cada olho recebeu duas (n=10 olhos) ou três injeções (n=10 olhos) intravítreas de 2 mg de infliximabe dissolvidos em 0,06 ml de solução salina, em intervalos mensais. Um segundo grupo de dois coelhos, que serviu como grupo controle (n=4 olhos), foram submetidos a duas e três aplicações intravítreas de BSS. Noventa dias após, os coelhos foram novamente submetidos a exame oftalmológico (biomicroscopia, oftalmoscopia e tonometria), eletrorretinográfico e, após enucleados, a exame histológico. Resultados: O exame biomicroscópico e oftalmoscópico não revelou anormalidades retinianas nos olhos injetados com infliximabe e no grupo controle. Alteração histológica notada foi a presença de raros linfócitos e eosinófilos no vítreo posterior em quatro e em seis olhos submetidos a duas e três aplicações de infliximabe sem significado clínico. A única alteração clinicamente significante foi uma reação inflamatória severa com presença de exsudatos vítreos na interface vítreo retiniana e discreto edema de células ganglionares nos dois olhos de um único coelho, sem alterações no vítreo posterior. Os exames eletrorretinográficos mostraram amplitudes em média 12-13% menores daquelas obtidas antes do tratamento, contudo não houve nenhuma diferença estatisticamente significante quando comparamos as amplitudes e a latencia entre os achados electrorretinográficos pré e pós-tratamento. Conclusão: Duas e três aplicações intravítreas de infliximabe em olhos de coelhos em intervalos mensais, na dosagem de 2 mg, não provocam alterações significantes após um seguimento de noventa dias, quer no exame histológico, na eletrorretinografia e na avaliação clínica oftalmológica. Conclui-se que doses seriadas de infliximabe por via intravítrea é um procedimento seguro. Estudos clínicos em humanos devem ser realizados para melhor avaliação da segurança do seu uso no tratamento de determinadas doenças que acometem a retina e a coroide. Descritores
ObjectiveTo compare the effects of different aerobic training protocols on cardiometabolic variables in patients with type 2 diabetes mellitus (T2DM).MethodsThis study was a parallel clinical trial. Fifty-two men and women with T2DM (>40 years) were randomly allocated into three groups, and 44 (22 males/22 females) were included in the final analysis. Exercise intensity was based on the speed corresponding to the maximum oxygen consumption (vV˙O2max). Moderate intensity continuous training (MICT) involved 14 minutes at 70% of vV˙O2max; short interval high-intensity interval training (S-HIIT) consisted of 20 bouts of 30 seconds at 100% of V˙O2max with 30 seconds passive recovery; long interval high-intensity training (L-HIIT) consisted of 5 bouts of 2 minutes at 100% of vV˙O2max with 2 minutes passive recovery. Training protocols were performed on a motorized treadmill two times per week for eight weeks. Glycated hemoglobin (Hb1Ac), total cholesterol, triglycerides, resting systolic blood pressure (SBP), resting diastolic blood pressure (DBP), resting heart rate (resting HR) and maximum oxygen consumption (V˙O2max) were measured before and after the exercise intervention. The study was registered on the Brazilian clinical trial records (ID: RBR45 4RJGC3).ResultsThere was a significant difference between groups for changes on V˙O2max. Greater increases on V˙O2max were achieved for L-HIIT (p = 0.04) and S-HIIT (p = 0.01) in comparison to MICT group, with no significant difference between L-HIIT and S-HIIT (p = 0.9). Regarding comparison within groups, there were significant reductions on HbA1c and triglycerides levels only for L-HIIT (p< 0.05). V˙O2max significantly increased for both L-HIIT (MD = 3.2 ± 1.7 ml/kg/min, p< 0.001) and S-HIIT (MD = 3.4 ± 1.7, p< 0.001). There was a significant reduction on resting SBP for L-HIIT group (MD = -12.07 ± 15.3 mmHg, p< 0.01), but not for S-HIIT and MICT. There were no significant changes from pre- to post-training on fasting glycemia, total cholesterol, HDL, LDL, resting HR and resting DBP for any group (p > 0.05).ConclusionLow-volume HIIT promoted greater improvements in cardiorespiratory capacity in comparison with low-volume MICT, independent of the protocols used. There were no other differences between groups. All protocols improved at least one of the variables analyzed; however, the most evident benefits were after the high-intensity protocols, especially L-HIIT.
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