ResumoObjetivos: este artigo tem por objetivo descrever os principais eixos temáticos explorados no campo da comunicação nas práticas em saúde nos cenários do Sistema Único de Saúde (SUS). Método: revisão integrativa da literatura realizada a partir da busca de artigos nas bases de dados Literatura Latino--Americana em Ciências da Saúde (Lilacs), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MedLine) e Science Direct, utilizando os descritores: comunicação em saúde ou comunicação. Procedeu-se ao cruzamento dos descritores comunicação e educação em saúde. Resultados: foram construídas quatro temáticas: 1) a comunicação no estabelecimento de relações entre profissionais da saúde e usuários; 2) (des)comunicação: barreiras ao ato comunicativo; 3) comunicação e formação do profissional da saúde; e 4) modelos comunicativos em saúde: a busca pelo modelo dialógico. Conclusão: a partir do entendimento da comunicação dialógica, que deve estar presente na comunicação, as novas demandas da legalização do SUS vêm mostrando fragilidades do modelo unilinear e verticalizado de comunicação e a necessidade de instrumentalizar os profissionais da saúde, desde a graduação, com saberes que proporcionem práticas comunicativas dialógicas. Persiste o desafio de vivências reflexivas e participativas nos vários cenários de assistência à saúde, de forma a promover um compartilhamento de saberes que conduza ao entendimento entre os interlocutores envolvidos no ato comunicativo. Palavras-chave: Comunicação; Comunicação em Saúde; Educação em Saúde.
OBJETIVOS: identificar os lactentes de cinco a oito meses alimentados segundo as recomendações do Ministério da Saúde, atendidos no Serviço de Puericultura do Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira - IMIP; detectar os principais problemas enfrentados pelas mães no processo de introdução alimentar; identificar o tipo de orientação recebida pelas mães para iniciar a dieta de transição. MÉTODOS: estudo transversal, descritivo, formado por 101 mães de crianças entre cinco e oito meses que haviam iniciado transição alimentar no período de abril a agosto de 2003, as quais foram solicitadas a participar do estudo antes da consulta, mediante os critérios de inclusão e exclusão. As crianças foram classificadas quanto à adequação às normas do Ministério da Saúde para transição alimentar. RESULTADOS: constatou-se que 79,2% dessas crianças não se adequavam às normas do Ministério da Saúde quanto à transição alimentar. Para o não seguimento a essas normas as mães apontaram, como principais motivos: recusa da criança (23,5%); interferência da avó (19%); praticidade do preparo/oferecimento do mingau em relação à alimentação salgada (17,7%). Quanto ao tipo de orientação, 97,4% afirmaram receber as orientações verbais e escritas no serviço. Na amostra estudada o enfermeiro e a avó foram os principais orientadores da transição alimentar, com 77% e 16%, respectivamente. CONCLUSÕES: apenas 20,8% das crianças apresentaram um padrão alimentar adequado, segundo as orientações do Ministério da Saúde. A mãe, principal responsável pelos cuidados da criança, sofreu influências do seu ambiente familiar, sobretudo da avó, e da sociedade em que está inserida. Também foi observado que, para a transição alimentar das crianças, 97,4% das mães recebeu orientação escrita além da orientação verbal.
RESUMO Objetivo: analisar a motivação de estudantes de Graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública, por meio da Escala de Motivação Acadêmica. Método: trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi censitária com estudantes de Enfermagem de uma Universidade Pública, localizada no estado de Pernambuco. Resultados: o perfil do estudante de Enfermagem de uma Universidade Pública compreende os seguintes aspectos: maioria do sexo feminino, com idade de 20 a 30 anos, solteiro, sem filhos, não trabalha, mora na região metropolitana, com a família nuclear e possui uma renda familiar menor que três salários mínimos. A maior média de escore na motivação intrínseca foi a Motivação Intrínseca para Realização, e a na motivação extrínseca foi a Motivação Intrínseca de Controle Externo. Os maiores escores de motivações intrínsecas e extrínsecas dos estudantes foram encontrados no terceiro período, sendo que, o quarto período obteve os menores escores de motivações intrínsecas e extrínsecas. Conclusão: a motivação dos estudantes de uma Universidade Pública mostrou-se com escores altos, principalmente as motivações intrínsecas que despertam a autonomia do estudante.
RESUMO Objetivo: desvelar a promoção do aleitamento materno no sistema prisional a partir da percepção de nutrizes encarceradas, à luz da estrutura dos sistemas abertos de Imogene King. Método: estudo qualitativo, desenvolvido em unidade prisional feminina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 14 nutrizes encarceradas e a análise dos dados foi orientada pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: emergiram sete ideias centrais agrupadas a cada um dos três sistemas abertos de King: Sistema Pessoal - A promoção do Aleitamento Materno com foco na saúde da criança; Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo de forma impositiva; Sistema Interpessoal - Interação conflituosa com os profissionais da saúde; Relação harmoniosa e de confiança com o Setor Psicossocial; Sistema Social: as regras do sistema prisional definindo a duração do Aleitamento Materno; Estrutura física e confinamento como estressores; O ambiente carcerário e suas regras como geradores de estresse e perturbação para a prática do aleitamento materno. Conclusão: a promoção do aleitamento materno no cárcere é impositiva e nega a autonomia da nutriz para a tomada de decisão consciente. A organização prisional possui condições peculiares que interferem tanto na prática da amamentação como na assistência à nutriz, o que leva a uma interação ineficiente entre mulheres e profissionais de saúde, dificultando, dessa forma, o alcance da meta do cuidado de enfermagem efetivo e da satisfação com a assistência prestada.
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