Procura-se articular o que Freud denominou "mal-estar na civilização" às psicopatologias contemporâneas, examinando-se a relação da incidência do pânico com as modalidades subjetivas emergentes. Diante do deslocamento da ordem paterna como referencial central, o desamparo do sujeito contemporâneo tornou-se agudo. Na tentativa de proteção contra o desamparo, o sujeito pode fazer uso de modalidades subjetivas que privilegiam o masoquismo. O pânico seria efeito do desamparo na contemporaneidade, uma forma de padecimento em que está em jogo o masoquismo como figura da servidão.
The general propose of this study is to examine how the Freudian psychoanalytical approach could collaborate in the addressing the phenomenon of precariousness of the labor, investigating the contemporary ways of subjectivity construction. We seek a dialogue in psychoanalysis interface, health and work, from a psychoanalytic observation of a case investigated in the Workers' Health Surveillance (VST-COVISA) of the city São Paulo, devices featuring analysis of the joint subject and society, and recovering the foundation of the psychoanalytic in dimension extension. The analysis of the organization of the production process, in the case studied, showed that the worker subjected to a precarious working condition with multiple exposures can have a loss in health and an early death. The situation faced in the company was referred to the concept of "supply chain" that, under the psychoanalytical lens, would reveal a "perverse assembly", marked by the bias of bondage and sustained by a kind of manipulation of power in the contemporary society. From the Freudian idea developed in "The civilization and its discontents" (1930) whereby the work is one of the tools that the man has created to deal with his helplessness (Hilflosigkeit), it was possible to articulate precariousness of the labor, servitude and helplessness.
Partindo da experiência de uma das autoras como fotógrafa profissional, este trabalho objetiva examinar como a psicanálise poderia colaborar na abordagem da fotografia em relação ao trabalho, investigando possíveis articulações do fotografar com a sublimação das pulsões. Trata-se de uma pesquisa psicanalítica no campo da psicanálise em extensão. Os resultados mostraram que, para Freud, o trabalho é um instrumento poderoso para o homem no combate ao sofrimento, além de inseri-lo na comunidade humana, podendo ser meio de sublimação. Quando o trabalho é fonte de sublimação, coincide com a criação artística, que também é apontada por Freud como uma significativa forma de deslocamento libidinal, e a fotografia abarca estas duas características, sendo um ofício e também uma forma de arte. Foi possível compreender que, sendo escolhido livremente e estando o fotógrafo eroticamente ligado ao trabalho, o fotografar pode propiciar a satisfação pulsionalpor meio da sublimação de componentes sexuais e agressivos.
O presente artigo tem o objetivo de investigar a noção metapsicológica de desamparo (Hilflosigkeit), procurando elevá-lo ao estatuto de conceito. A condição de existência do sujeito na civilização é apoiada numa condição de desamparo do psiquismo. A mensagem freudiana é que o enfrentamento do desamparo é fundamental sendo necessário uma ‘gestão do desamparo’ seja pela via de destinos criativos (sua aceitação) seja pela via de destinos funestos (seu evitamento).
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