O artigo em questão trata do Ensino Médio Integrado dentro do atual debate sobre a aprovação da Lei Federal nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Tal legislação, a chamada Lei da Reforma do Ensino Médio, alterou a estrutura deste nível de ensino, ignorando experiências brasileiras exitosas, desenvolvidas na última década no nível médio e que, no mínimo, deveriam ter ser ouvidas num debate tão importante. Este estudo se trata, portanto, de uma pesquisa de mestrado, em andamento, que visa demonstrar o mérito do Ensino Médio Integrado (EMI) neste contexto de disputa político-social. Teve como metodologia a pesquisa bibliográfica e documental, fundamentadas em autores como Marx, Manacorda, Saviani, dentre outros, a fim de refletir sobre a finalidade pedagógica e política EMI no âmbito da educação brasileira.
A técnica e a tecnologia nos têm propiciado uma diversidade de produtos e máquinas. É justamente a maquinaria que dá maior visibilidade ao processo de transformação ciência em determinado objeto, seja este último material ou não. Nesse processo sistêmico há dois protagonistas: a técnica e a tecnologia. Noutros termos, trata-se da clássica relação do sujeito criativo com o seu objeto criado: convergência, num processo evolutivo truncado entre o Homo Faber com o Homo Sapiens. Fruto desse processo de idas e vindas, temos outra resultante dessa relação expressa na ruptura do sujeito com o seu objeto: com a maquinaria o sujeito torna-se, cada vez mais, dependente do equipamento e não da sua própria racionalidade. No Homo, que é tanto Faber como Sapiens, a técnica e a tecnologia compõem um todo indissociável do agir e da formação histórica do homem. A produção do homem é, concomitantemente, um processo de formação do homem. Há aqui uma relação implícita de identidade entre produzir e formar. Ora, por que produzimos seja lá o que for? Não seria isso uma espécie de resposta às contingências e demandas que o dia-a-dia ou a realidade efetiva e concreta - que nos rodeia e dentro da qual estamos inseridos – coloca-nos regularmente? Vimos que há, dado esse cenário, uma finalidade (telos) em nossas ações. Nossas ações nos transformaram e, ao mesmo tempo, transformaram o mundo à nossa volta com reflexos nas relações do homem consigo mesmo, com os outros e com o seu entorno. A partir dessas transformações, buscamos estabelecer o papel da Educação, especialmente na Educação Tecnológica nos desdobramentos desse complexo processo multifacetado. Por fim, com uma abordagem qualitativa da processualidade histórico-social, propomos descrever e explicar os principais fatores históricos, suas recorrências, que implicam num truncado desenvolvimento técnico e tecnológico, além dos seus profundos impactos na educação brasileira.
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