O objetivo deste trabalho é revis[it]ar a trajetória da Análise do Discurso francesa, tomando como ponto de partida (e de chegada) a citação explícita à Espinosa na comunicação proferida no México, em novembro de 1977, por Michel Pêcheux durante o simpósio: O discurso político: teorias e análises. Tendo como pano de fundo as provocações e as observações instigantes de Pêcheux na comunicação intitulada Remontemos de Foucault a Spinoza, busca-se marcar as contribuições filosóficas de Espinosa à teoria do discurso, especialmente na conceituação das heterogeneidades, bem como salientar as diferentes concepções do termo ideologia produzem efeitos na formalização de Michel Pêcheux sobre a noção de interpelação.
ResumoNeste trabalho buscamos analisar, à luz da Análise do Discurso de filiação francesa, enunciados colhidos em meios de comunicação de massa em formato eletrônico (Portão de Notícias G1, O Globo). Investigamos a maneira como as bibliotecas são faladas em depoimentos oficiais do presidente Lula e o modo como são designados os programas oficiais de distribuição de livros que, em âmbito nacional, repetem sentidos tidos como legitimados pela ideologia dominante. Dentre eles, destacamos o efeito de redução do conceito de biblioteca à existência de acervo, o que nos faz buscar apoio em algumas noções da Biblioteconomia. Observamos que o discurso sobre a biblioteca, no âmbito oficial, apaga e silencia outros sentidos possíveis para significar a leitura, especialmente marcando um apagamento do prazer e da presença de um profissional nessa unidade informacional. Nosso interesse debruça-se sobre o gesto de interpretar esse processo, não do ponto de vista da análise dos conteúdos das declarações do maior mandatário do país, mas de observar como estão postas em movimento as formações imaginárias e discursivas (Pêcheux, 1969) sobre a biblioteca, que apareceram nos enunciados escolhidos para a constituição do nosso corpus.
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