Resumo Objetivos A finalidade do presente artigo é avaliar os resultados clínicos, radiográficos e funcionais de pseudoartroses de escafoide com deformidade angular utilizando enxerto de ilíaco e placa volar. Métodos Foram seguidos prospectivamente 8 pacientes, todos do sexo masculino, com idade média de 39,6 anos, com pseudoartrose de cintura de escafoide, com tempo médio de 19 meses de trauma sem cirurgias prévias. Os pacientes foram tratados com enxerto retirado da crista ilíaca e placa volar para escafoide. Os pacientes foram submetidos a avaliações radiográficas e tomográficas no pré-operatório e em 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano de pós-operatório. A altura carpal e os ângulos escafossemilunares e intraescafoides foram medidos no pré-operatório e aos 3 meses e 1 ano do pós-operatório. A função foi avaliada no pré-operatório e repetida em 1 ano pós-operatório através do escores Disabilities of the Arm, Shoulder, and Hand (DASH, na sigla em inglês) e Patient-related Wrist Evaluation (PWRE, na sigla em inglês), assim como pela aferição de força de pinças e de amplitude de movimento do punho e do polegar. Resultados Houve consolidação em todos os casos, com tempo médio de 3,38 meses. Foram observadas duas complicações: uma infecção de ferida operatória do ilíaco e um parafuso da placa colocado no espaço escafossemilunar. Houve melhora nos parâmetros de amplitude de movimento do punho e do polegar e de força de pinça em todas as avaliações funcionais, com significância estatística do PRWE e do ângulo escafossemilunar. Conclusão Apesar da nossa amostra ter sido pequena, obtivemos consolidação em todos os casos operados, com complicações esperadas na literatura e melhoras tanto no padrão radiográfico quanto na avaliação funcional e na escala de dor dos nossos pacientes.
Isolated compression of the recurrent motor branch of the median nerve is an uncommon condition encontered in the daily life of the hand surgeon. Its early identification and correction can optimize functional outcomes. Among the few causes described, there are only 2 case reports of compression by fascial bands. We present a case of isolated compression of the recurrent motor branch of the median nerve secondary to anomalous fascial bands in a 34-year-old male patient, with significant atrophy of the thenar musculature of the right hand. Electroneuromyography showed isolated involvement of abductor pollicis brevis, with no sensory changes. The patient underwent exploration and decompression, recovering opposition and thumb function in 6 months.
Introdução: A tenossinovite estenosante de De Quervain, doença inflamatória mais comum do punho, de maior prevalência no sexo feminino e na faixa etária de 30 a 50 anos, caracteriza-se pelo envolvimento da bainha sinovial do primeiro compartimento extensor do punho, que inclui os tendões abdutor longo do polegar (ALP) e extensor curto do polegar (ECP). Apesar da etiologia indefinida, atribui-se caráter multifatorial como traumas, sobrecarga de exercícios repetitivos com punho e mão, alterações metabólicas, reumáticas e variações anatômicas, como a presença de dois ou mais tendões do ALP e ECP e septo no túnel osteofibroso. Dentre as alternativas terapêuticas encontra-se a infiltração com corticosteroides. Material e Método: Foi avaliado o resultado terapêutico em 15 pacientes submetidos à infiltração local de corticosteroide através dos questionários DASH, PRWE e Escala Visual da Dor. Resultados: observou-se melhora significativa dos pacientes avaliados. Conclusão: o tratamento com corticosteroides é eficaz e seguro.Descritores: Doença de De Quervain; Tenossinovite; Corticosteroides.ReferênciasUribe WAJ, Buendia GPP, Rodriguez JMF, Vieira Filho JGC. Tenossinovites De Quervain: uma nova proposta no tratamento cirúrgico. Rev Bras Cir Plást. 2009;25(3):465-69.Avci S, Ylmaz C, Sayli U. Comparison of nonsurgical treatment measures for de Quervain’s disease of pregnancy and lactation. J Hand Surg Am. 2000;27(2):322-24.Pensak MJ, Bayron J, Wolf JM. Current treatment of de Quervain tendinopathy. J Hand Surg Am. 2013;38(11):2247-49.Pignataro MB, Praetzel RP. Tendinites e Tenossinovites. In: Pardini A, Freitas A. Cirurgia de mão: lesões não traumáticas. Rio de Janeiro: Medbook; 2008, p.509-20.Alves MPT, Moraes Neto GP, Tzirulnik M. Avaliação clínico-ultra-sonográfica da tenossinovite estenosante de Quervain. Rev bras ortop. 2000;35(4):118-22.Bonita R, Beaglehole R, Kjellström T. Epidemiologia básica. São Paulo: Santos; 2007.Diniz DRV, Mejia DPM. Ergonomia como fator de prevenção da doença tenossinovite estenosante de De Quervian no ambiente de trabalho. Disponível em: http://portalbiocursos.com.br/ohs/ data/docs/20/29_Ergonomia_como_fator_de_prevenYYo_da_doenYa_Tenossinovite_Estenosante_de_De_Quervain_no_ambiente_de_trabalho.pdf. Acesso em: 16 jan. 2018.Ansari MAQ. De Quervain’s disease: a randomized prospective study evaluating the efficacy of steroid and conservative management. Int J Pharm Sci Invent. 2014;3(5):4-6.Ashraf A, Hadianfard J. A comparison of the effect of acupuncture in treatment of De Quervain’s disease with steroid injection. Ongoing study with unpublished results as of 2014. Eur J Orthop Surg Tr. 2014;26(4):157-68.Ashraf MO, Devadoss VG. Systematic review and meta-analysis on steroid in-jection therapy for de Quervain’s tenosynovitis in adults. Eur J Orthop Surg Tr. 2014;24(2):149-57.Kutsumi K, Amadio PC, Zhao C, Zobitz ME, Tanaka T, An KN. Finkelstein’s test: a biomechanical analysis. J Hand Surg Am. 2005;30(1):130-35.McAuliffe JA. Tendon disorders of the hand and wrist. J Hand Surg Am. 2010;35(5):846-53.Sawaizumi T, Nanno M, Ito H. De Quervain’s disease: efficacy of intra-sheath triamcinolone injection. Int Orthop. 2007;31(2):265-68.Shiraishi N, Matsumura G. Anatomical variations of the extensor pollicis brevis tendon and abductor pollicis longus tendon–relation to tenosynovectomy. Okajimas Folia Anat Jpn. 2005;82(1):25-9.Harvey FJ, Harvey PM, Horsley MW. De Quervain’s disease: surgical or nonsurgical treatment. J Hand Surg Am. 1990;15(1):83-7.Tewari J, Mishra PR, Tripathy SK. Anatomical variation of abductor pollicis longus in Indian population: a cadaveric study. Ind J Orthop. 2015;49(5):549-53.
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das fraturas do rádio distal em hospitais de referência em Ribeirão Preto(SP), Brasil. Não existem dados suficientes na literatura nacional que corroborem com o perfil epidemiológico das fraturas do rádio distal. Métodos: 245 pacientes apresentaram 254 fraturas do rádio distal, ocorridas entre 2014 a 2017 foram avaliadas retrospectivamente para obtenção do perfil epidemiológico. Os fatores analisados foram idade e sexo, mecanismo do trauma, sazonalidade, tipo de fratura baseada na Classificação AO, presença de exposição óssea, lesões associadas, tipo de tratamento realizado (conservador ou cirúrgico) e o tipo de implante utilizado nos tratamentos cirúrgicos. Resultados: 60,2% dos pacientes participantes eram do sexo masculino e 39,8% do sexo feminino, distribuídos de forma bimodal. A média de idade foi 45,4 anos. Fraturas expostas corresponderam a 92,1% das fraturas e 7,9% representaram as expostas. Pacientes politraumatizados representaram 62,6%. O tempo médio de internação foi 8,09 dias. Conclusão: Apesar do padrão de fraturas mostrar semelhanças com outros estudos, o padrão apresentado pode não traduzir, de forma homogênea, o padrão obtido em outras metrópoles e grandes centros.Descritores: Fraturas do Rádio; Traumatismos do Punho; Epidemiologia; Hospitais Especializados.ReferênciasBruce KK, Merenstein DJ, Narvaez MV, Neufeld SK, Paulus MJ, Tan TP et al. Lack of Agreement on Distal Radius Fracture Treatment. J Am Board Fam Med. 2016;29(2):218-25.MacIntyre NJ, Dewan N. Epidemiology of distal radius fractures and factors predicting risk and prognosis. J Hand Ther. 2016;29(2):136-45.Court-Brown CM, Caesar B. Epidemiology of adult fractures: A review. Injury. 2006;37(8):691-97.Nellans KW, Kowalski E, Chung KC. The epidemiology of distal radius fractures. Hand Clin. 2012;28(2):113-25. Flinkkilä T, Sirniö K, Hippi M, Hartonen S, Ruuhela R, Ohtonen P et al. Epidemiology and seasonal variation of distal radius fractures in Oulu, Finland. Osteoporos Int. 2011;22(8):2307-312.Lindau TR, Aspenberg P, Arner M, Redlundh-Johnell I, Hagberg L. Fractures of the distal forearm in young adults. An epidemiologic description of 341 patients. Acta Orthop Scand. 1999;70(2):124-28.Diamantopoulos AP, Rohde G, Johnsrud I, Skoie IM, Hochberg M, Haugeberg G. The epidemiology of low- and high-energy distal radius fracture in middle-aged and elderly men and women in Southern Norway. PLoS One. 2012;7(8):e43367.Wilcke MK, Hammarberg H, Adolphson PY. Epidemiology and changed surgical treatment methods for fractures of the distal radius: a registry analysis of 42,583 patients in Stockholm County, Sweden, 2004–2010. Acta Orthop. 2013;84(3):292-96.Sigurdardottir K, Halldorsson S, Robertsson J. Epidemiology and treatment of distal radius fractures in Reykjavik, Iceland, in 2004. Comparison with an Icelandic study from 1985. Acta Orthop. 2011;82(4):494-98.Solgaard S, Petersen VS. Epidemiology of distal radius fractures. Acta Orthop Scand. 1985;56(5):391-93.Brogren E, Petranek M, Atroshi I. Incidence and characteristics of distal radius fractures in a southern Swedish region. BMC Musculoskelet Disord. 2007;8:48. Tsai CH, Muo CH, Fong YC, et al. A population-based study on trend in incidence of distal radial fractures in adults in Taiwan in 2000-2007. Osteoporos Int. 2011;22(11):2809-815.Koo OT, Tan DM, Chong AK. Distal radius fractures: an epidemiological review. Orthop Surg. 2013;5(3):209-13. Dóczi J, Renner A. Epidemiology of distal radius fractures in Budapest. A retrospective study of 2,241 cases in 1989. Acta Orthop Scand. 1994;65(4):432-33.Chen NC, Jupiter JB. Management of distal radial fractures. J Bone Joint Surg Am. 2007;89(9):2051-62.Pagano M, Gauvreau K. Princípios de Bioestatística. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning; 2004. Court-Brown CM. Epidemiologia das fraturas e luxações. In: Court-Brown CM et al. (ed.); Fraturas em adultos de Rockwood Green. 8. ed. Barueri, SP: Manole; 2016.Fanuele J, Koval KJ, Lurie J, Zhou W, Tosteson A, Ring D. Distal radial fracture treatment: what you get may depend on your age and address. J Bone Joint Surg Am. 2009;91(6):1313-19.Jupiter JB, Marent-Huber M; LCP Study Group. Operative management of distal radial fractures with 2.4-millimeter locking plates: a multicenter prospective case series. Surgical technique. J Bone Joint Surg Am. 2010;92(Suppl 1 Pt 1):96-106.
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