A agenda brasileira de Acesso e Repartição de Benefícios do uso do patrimônio genético e dos conhecimentos tradicionais associados (agenda ABS) caracteriza-se como uma política pública de integração entre a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento e a inclusão da sociedade. O presente artigo teve como objetivo analisar os gastos orçamentários de 20 anos de sua implementação no país (2001 a 2020). A análise foi realizada a partir da consulta aos documentos oficiais de orçamento, de planejamento e de relato da gestão, e complementada com a contribuição de atores-chave. Os resultados revelam que o país investiu R$ 2,3 milhões ao ano para a agenda ABS e que foram repartidos benefícios monetários e não monetários da ordem de quase R$ 24 milhões, isto é, mais de 51% dos gastos orçamentários executados pelo Ministério do Meio Ambiente. O estudo contribui com a análise do Componente 5 da Política Nacional de Biodiversidade e provoca a reflexão sobre a importância da elaboração da avaliação de impacto da agenda ABS no país.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é um dos instrumentos econômicos criados no âmbito da Convenção do Clima, pelo Protocolo de Quioto, sob o intento de reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) a baixo custo. Considerando sua implementação no Brasil, este estudo analisou os gastos federais brasileiros e a mobilização de capital internacional direcionados a ele no período de 2000 a 2020. A análise foi realizada a partir da consulta à base de dados do MDL, dos documentos oficiais de orçamento, de planejamento e de relato da gestão, e complementada com a contribuição de atores-chave. Os resultados revelam que o investimento público foi ínfimo comparado ao que o MDL alavancou de recursos privados para projetos de baixa emissão ou mesmo do que foi gerado de recurso de origem externa por meio da venda de RCEs. Além de trazer transparência no que diz respeito a gastos e benefícios à sociedade, no âmbito das soluções catalisadoras da economia de baixo carbono promovidos pelo MDL, o estudo contribui com uma análise sobre a importância da atividade estatal, em janelas de oportunidades, como a estabelecida sob o Protocolo de Quioto, e na mobilização de recursos externos para a dinamização da ação privada no sentido da economia de baixo carbono.
A produção de etanol tem ganhado importância no mercado internacional devido à crescente demanda por fontes de energias limpas e o gradual aumento da preocupação com a redução de gases de efeito estufa. O Brasil é um polo relevante na produção dessa commodity, sendo o segundo maior produtor do mundo de etanol. Diante da importância econômica, social e ambiental da produção de etanol, realizou-se uma análise de eficiência por meio de análise envoltória de dados (data envelopment analysis – DEA). O objetivo deste estudo foi calcular as eficiências das usinas de etanol de cana-de-açúcar para o ano de 2018, por meio de dados divulgados para as empresas do setor pela revista Exame e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis para os estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Os resultados apontaram as usinas localizadas no estado de São Paulo, que são maioria na base, estão incluídas em todas as quatro categorias de eficiência consideradas. As usinas Copercana, Cerradão e Vale do Tijuco apresentam os maiores índices de eficiência comparados com o restante das usinas na análise.
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