Este trabalho investiga as alterações nos diferenciais de rendimentos entre migrantes, migrantes de retorno e não migrantes, entre 2000 e 2010, no Brasil. São utilizados dados do Censo Demográfico. Entre os principais resultados, destaca-se que ser homem, jovem e escolarizado eleva à probabilidade de migrar e retornar. Migrantes e migrantes de retorno são mais bem remunerados que não migrantes. A situação dos trabalhadores melhorou no período, pois houve elevação dos rendimentos e diminuição das desigualdades regionais de renda, tendo a migração contribuindo para tal.
ResumoO consumo de cultura é uma atividade intensiva em tempo, de modo que as escolhas ligadas a esta ação são restritas tanto pela renda quanto pelo tempo disponível para o consumo. Este artigo combina duas bases de dados secundários, a Pesquisa de Orçamentos Familiares e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, para discutir a alocação de tempo e o consumo de bens e serviços culturais no Brasil. Os resultados sugerem que a disponibilidade de tempo é positivamente correlacionada ao consumo cultural. No entanto, nível de escolaridade e participação no mercado de trabalho são determinantes decisivos do gasto em cultura. Dados esses resultados, os baixos níveis de consumo de cultura no Brasil são possivelmente mais relacionados à ausência de hábito que à ausência de tempo ou de recursos monetários.Palavras-chave economia da cultura; consumo cultural; alocação de tempo.Códigos JEL Z10; Z11.
AbstractConsumption of culture is a time intensive activity; therefore, individuals might face not only income constraints, but also time limitations to consume culture. In order to shed light on this topic, the paper combined two different databases to discuss time allocation and the consumption of cultural activities in Brazil. The results suggest that time availability is positively associated with cultural consumption. However, schooling levels and labor market participation are decisive determinants of cultural expenditure. Given these results, the low levels of culture consumption in Brazil are possibly more related to the lack of habit than specifi cally with the lack of time or monetary resources.
Este estudo analisa as causas dos diferenciais de rendimentos entre migrantes e não migrantes no estado de Minas Gerais. Sob a hipótese de que os diferenciais e suas causas se distinguem ao longo da distribuição de ganhos, são estimadas regressões quantílicas e, com os resultados destas estimativas, realizadas decomposições de diferenças, pelo método de Junh, Murphy e Pierce (JMP). Os resultados indicam que: existe desigualdade de rendimentos em favor dos migrantes, tendo crescido entre 2000 e 2010; como esperado, diferencias são explicados de forma diferenciada em cada quantil da distribuição de rendimentos; efeitos não observados (produtividade, esforço, etc.) são importantes para explicar as desigualdades, em ambos os anos; entretanto, para explicar o crescimento da divergência de rendimentos entre migrantes e não migrantes, as características observáveis e não observáveis são mais importantes do que os retornos em si de tais características. Conclui-se, dessa forma, como defende grande parte da literatura, que os migrantes realmente são positivamente selecionados, porém, entre aqueles com maior nível de educação formal, principalmente em 2010, não é possível adquirir o rendimento esperado, ou a diferença de rendimento esperada, dadas suas maiores habilidades.Palavras-chave: Migrantes. Minas Gerais. Decomposição de diferenças. Desigualdade de rendimentos.
Socioeconomic and health disadvantages can emerge early in the life course, making adolescence a key period to examine the association between socioeconomic status and health. Past research on obesity in adolescence has focused on family measures of socioeconomic status, overlooking the role of individual-level nascent indicators of socioeconomic disadvantage. Using measured height and weight from nationally representative data from Brazil, we estimate sibling fixed effects models to examine the independent effects of nascent socioeconomic characteristics—school enrollment and work status—on adolescent overweight and obesity, accounting for unobserved genetic and environmental factors shared by siblings. Results show that school enrollment is associated with lower odds of overweight and obesity. Working is not significantly associated with overweight/obesity risk. However, adolescents not enrolled but working face the highest risk of overweight/obesity. Findings suggest that adolescents face added layers of disadvantage from being out of school, with important implications for the accumulation of health disadvantages.
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