A pesquisa analisa as mudanças ocorridas na Vila Planalto/DF a partir da década de 1980. O objeto de estudo é considerado um patrimônio cultural, não podendo ser descaracterizado, pois é um bem tombado. O estudo teve como característica a abordagem qualitativa, o caráter descritivo, técnicas bibliográfica, documental, pesquisa de campo e entrevistas com moradores locais. Para o embasamento teórico abordou-se os temas turismo, patrimônio histórico cultural, interpretação do patrimônio e história e memória. No estudo há relatos sobre o surgimento do local, além de abordar sobre tombamento, preservação, revitalização e a caracterização do espaço modificado. A análise dos dados foi realizada mediante o resultado das entrevistas aplicadas com moradores pioneiros e com um responsável de um órgão público, ambos da Vila. Pôde-se concluir que a Vila Planalto sofre com um processo de descaracterização, na qual as edificações estão alteradas por não receberem incentivos e tampouco ajuda do poder público e setor privado que deveriam prezar pela preservação das edificações, já que o local é um bem tombado pela UNESCO, por fazer parte do Plano Piloto de Brasília. A população mais jovem que reside no local não busca conhecer a história da Vila. Concluiu-se que a Vila Planalto precisa ser revitalizada, para resgatar parte de sua história e memória.
O presente trabalho buscou analisar o entendimento do setor público em relação à gestão do espaço público de lazer da orla do Lago Paranoá de Brasília/DF. Para isso, foram entrevistados atores específicos que são responsáveis pela gestão do local. O método de análise apoiou-se no Discurso do Sujeito Coletivo fundamentado pelos constructos definidos a partir das inter-relações do espaço e sociedade. Como resultado percebeu-se que falta uma melhor articulação entre os próprios setores públicos, um maior engajamento do setor privado e, ainda, uma voz ativa da comunidade para exigir direitos de cidadania, como a implantação de espaços públicos para o lazer.
Esse estudo identificou algumas áreas de lazer da orla do Lago Paranoá de Brasília, buscando analisar a percepção da população nas formas de utilização destes espaços. Apoiou-se na abordagem do lazer para fundamentar esta pesquisa, assim como as categorias de análise do espaço geográfico. A percepção dos frequentadores da orla do Lago Paranoá foi obtida por meio de entrevistas com a população que se encontravam nas margens do lago por meio do método do Discurso do Sujeito Coletivo de Lefèvre & Lefèvre. A partir destas entrevistas, elaborou-se um discurso coletivo que caracterizou a forma com que são aproveitados e vistos os espaços na orla do lago. Os resultados da pesquisa demonstraram que o espaço da orla do Lago Paranoá tem um grande potencial de utilização para o lazer, no entanto faltam políticas de ocupação mais eficientes, privilegiando a parceria público-privado.
A Rede de Cidades Criativas da UNESCO tem como uma de suas premissas promover articulação entre atores das cidades membro. Nesse sentido, para uma cidade fazer parte da rede, é preciso promover articulações públicas e privadas por meio de ações político-institucionais. O objetivo desse artigo foi analisar a percepção do Grupo Gestor responsável pelo dossiê de Florianópolis como cidade criativa da UNESCO no campo da gastronomia no que diz respeito às relações político institucionais dos envolvidos no reconhecimento. Para a análise, considerou o compromisso público firmado pelos representantes da cidade com a UNESCO. O método de pesquisa adotado foi norteado pela abordagem qualitativa de caráter exploratório por meio da técnica bibliográfica, documental e de levantamento, realizando entrevistas abertas semiestruturadas com representantes do Grupo Gestor de Florianópolis/SC entre outubro e dezembro de 2017. Todas as entrevistas foram gravadas e realizadas pessoalmente, após confirmação por correio eletrônico. Como resultado, percebeu-se que, apesar do bom relacionamento entre as entidades que fazem parte do Grupo Gestor, a eficiência na execução das atividades para o cumprimento dos compromissos firmados com a UNESCO encontra algumas barreiras, principalmente no aspecto financeiro e no posicionamento das instituições envolvidas em assumir responsabilidades.
A Unesco reconheceu Burgos em 2015 como uma cidade criativa da gastronomia. Considerando esse reconhecimento, esse estudo buscou identificar características socioculturais na configuração da cadeia produtiva da gastronomia criativa. Para responder a essa proposta, a pesquisa teve como objetivo analisar a dinâmica das relações socioculturais da cadeia produtiva da gastronomia da Província de Burgos. O método adotado baseou-se na abordagem qualitativa, de caráter exploratório, obtendo os dados por meio de entrevistas com atores envolvidos na cadeia podutiva da gastronomia local e em documentos oficiais. Realizou-se, ainda, estudos bibliográficos e documentais para fundamentar a interpretação dos dados, sendo realizado por meio da análise de conteúdo. O resultado obtido identificou que na região de Burgos as relações socioculturais se evidenciam em torno do segmento cultural gastronômico e fortalecem a cadeia produtiva criativa na região.
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