Realizamos uma pesquisa empírica para compreender as transformações subjetivas decorrentes do processo de desenvolvimento mediúnico na Umbanda. A coleta de dados ocorreu em quatro terreiros da cidade de Belo Horizonte através de vinte entrevistas semi-estruturadas e observação participante de noventa rituais. Foram entrevistados doze médiuns desenvolventes e oito sacerdotes. Os resultados foram compreendidos através da teoria junguiana e da lógica interna oferecida pelos participantes. Encontramos majoritariamente coincidências entre as postulações de Jung e de nossos sujeitos de pesquisa sobre o desenvolvimento da mediunidade. Encontramos também uma divergência, que nos levou a propor uma releitura de um aspecto da teoria do autor, embasada na compreensão umbandista do fenômeno.
<p>O artigo discute a origem e a extensão do Círculo de Eranos e sua importância na compreensão do simbólico, estabelecendo a compreensão da construção do simbólico como tentativa de união entre Oriente e Ocidente em C. G. Jung.</p>
Este artigo tem como objetivo apresentar uma discussão sobre a experiência mítica-arquetípica-religiosa e poética das figuras de Dionísio (na cultura grega), Trickster (na cultura ameríndia), Exu (na cosmovisão ioruba) e Diadorim (na arte ou no imaginário brasileiros). Estes personagens apresentam características semelhantes, a partir de uma representação mítica-arquetípica presente em todos os tempos e lugares, como da fecundidade, da alegria e do teatro, do palhaço, do brincalhão astuto ou tolo, pregador de peças, trapaceiro. Não são vistos como heróis ou deuses da ordem, pelo contrário, são reconhecidos como anti-heróis e deuses da desordem, contudo, representam a mudança, a possibilidade do novo, da transformação.
Este artigo tem como objetivo apresentar a discussão sobre o fenômeno religioso na contemporaneidade. Assim identificaremos o Círculo de Eranos como uma análise do fenômeno religioso a partir do aspecto do simbólico. E este como uma contraposição do fundamentalismo religioso na contemporaneidade. Deste modo, pode-se dizer que a inquietude inicial de Eranos serve de orientação para diversas reflexões e investigações de variados especialistas das ciências humana. Assim, torna-se uma possibilidade de diálogo na atualidade, onde enfatizará o mito, o símbolo e o simbolismo religioso como uma possibilidade de compreensão de mundo.
Neste texto, propomos refletir sobre o fundamentalismo religioso na contemporaneidade, a partir da psicologia junguiana. Entendendo a religião como experiência psicológica/arquetípica e simbólica, analisaremos se o fundamentalismo religioso pode contribuir para o desenvolvimento do indivíduo conduzindo-o para o processo de individuação ou para a estagnação do mesmo. Deste modo, este trabalho se dividirá em três momentos: primeiro, realizaremos a exposição da análise que Jung faz sobre a religião; posteriormente, identificaremos novas formas das religiões na contemporaneidade; e, por fim, faremos uma análise do fundamentalismo religioso a partir da psicologia junguiana.
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