Introdução: O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), criado em 2008 pela Portaria Ministerial n° 154 de 2008 e originalmente chamado de Núcleo de Apoio à Saúde da Família, nasceu com o intuito de ampliar e qualificar o cuidado prestado na atenção primária. Dentre as suas atribuições está realizar apoio matricial às equipes de saúde da família a que estiverem vinculados, prestando suporte técnico-pedagógico e criando espaços que permitam a discussão de casos, levantamento de demandas e organização de ações que visem abarcar às necessidades da população atendida. Objetivo: Este trabalho se propõe a apresentar as dificuldades enfrentadas por uma equipe de NASF-AB quanto a realização do apoio matricial junto às equipes de saúde da família a ela vinculadas, de modo a contribuir para discussões e diagnósticos situacionais capazes de promover o debate e levar ao planejamento de estratégias resolutivas. Material e Métodos: A equipe do NASF-AB a que este estudo se refere atende a uma demanda referente a seis Unidades de Saúde da Família (USF). As reuniões de matriciamento ocorrem mensalmente em cada USF, com a participação de ao menos dois profissionais do NASF. As pautas são registradas em ata, além de serem produzidos relatórios constando o que foi discutido, que são entregues à Coordenação para conhecimento e providências que se fizerem necessárias. Resultados: Entre os desafios que perpassam as ações de matriciamento do NASF-AB estão a dificuldade de alguns profissionais das equipes de saúde da família em compreender o papel do NASF e o conceito de apoio matricial, o compromisso de estabelecer dias fixos para as reuniões, a baixa participação dos médicos nas reuniões, a falta de resolubilidade pela gestão dos problemas levantados no matriciamento. Conclusão: Estes desafios nos mostram a dificuldade de se distanciar do modelo biomédico curativo e abraçar novas formas de cuidar que se voltam à integralidade e pensam na prevenção de agravos e promoção de saúde como primordiais. Para vencer essa dificuldade é preciso investir em ações de educação permanente e retomar essas questões nas reuniões mensais e em cada momento oportuno.
Introdução: Criado para dar a assistência necessária a pessoas em sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, o Centro de Atenção Psicossocial, detém uma equipe multiprofissional conforme requer a portaria nº336 de 19 de fevereiro de 2002 para que sejam devidamente acompanhadas. Amplamente, o CAPS, é o serviço responsável por acolher demandas de transtornos mentais moderados a graves, relacionados ou não ao uso de álcool e drogas a pessoas de todas as faixas etárias, trabalhando principalmente com redução de danos e oficinas terapêuticas além do tratamento medicamentoso para que os usuários deste serviço possuam total autonomia em seu tratamento, e sendo a primeira rede e a mais importante, que o sujeito tem contato, a família é uma chave importante na sua recuperação. Objetivo: Este trabalho possui como objetivo relatar a problemática observada durante estágio obrigatório para graduação em Psicologia, no que refere-se a importância da família no processo terapêutico dos usuários do CAPS da cidade de Simão Dias-SE, visando elucidar essa importância tanto para a equipe quanto para os familiares, e com isso abrir espaço para a criação de estratégias que possam auxiliar na melhoria da participação destes no processo. Materiais e métodos: O presente relato de experiência contou com a observação feita no CAPS I e com entrevista feita a colaboradores do serviço a respeito da relação familiar-usuário. Resultados: Notou-se durante a observação que usuários com apoio familiar mais estruturado aderem melhor ao serviço e assim progridem no tratamento. Por conta de se tratar de adoecimento mental proveniente ou não do uso de álcool de drogas, em algumas vezes o familiar sente-se adoecido junto com o usuário o que dificulta este ao apoiá-lo. Conclusão: Desta forma, torna-se necessário um olhar amplo da equipe para os benefícios do apoio familiar ao usuário, e com isso pensar estratégias que possibilitem o fortalecimento do vínculo entre eles além de prestar assistência as famílias de modo a facilitar a compreensão desse processo.
Introdução: O machismo estrutural sustenta o imaginário social de dominação patriarcal e contribui para manter a mulher no lugar de submissão e exposição à violência. Para além da violência física que vitima um número alarmante de mulheres no Brasil e no mundo, as relações de gênero pautadas no machismo estrutural desencadeia uma infinidade de situações cotidianas que geram humilhação, silenciamento, sobrecarga e contribuem sobremaneira para o desenvolvimento ou potencialização dos sintomas de transtornos mentais como depressão e transtornos de ansiedade. Objetivo: Este trabalho foi elaborado com o intuito de apresentar a relação entre vivências de situações relacionadas com o machismo estrutural e o surgimento ou potencialização de sintomas característicos de transtornos de ansiedade e depressão, dentro outros, a partir da demanda recebida pela psicóloga do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB). Material e Métodos: Foram analisados prontuários de pacientes mulheres atendidas individualmente pela psicóloga do NASF-AB de janeiro a junho de 2021, levando em consideração o motivo da consulta ou queixa inicial, mas também as queixas apresentadas ao decorrer das sessões para as pacientes que permaneceram em cuidado continuado no período considerado. Resultados: Analisando as queixas de pacientes mulheres entre 14 a 65 anos percebeu-se que seus incômodos e sintomatologia estão ligadas a questões que perpassam desde a não divisão de tarefas domésticas e cuidado aos filhos à abusos e violência física. De 50 casos analisados, 30 apresentaram queixas relacionadas ao machismo, sendo 15 relativas a situações de violência como tentativa de feminicídio, violência doméstica e abuso sexual. Conclusão: Para o enfrentamento desse problema é preciso ampla mobilização. Para além da oferta do apoio psicológico individualizado é preciso ações de abrangência coletiva, no intuito de contribuir para a conscientização e mudança do paradigma estigmatizante e cruel em torno do papel da mulher na sociedade que a sujeita a situações de exclusão e violência, causando intenso sofrimento e adoecimento mental.
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