Ressaltar a importância da Ciência e da Tecnologia para a formação de cidadãos críticos e responsáveis, capazes de resolver problemas cotidianos, é uma necessidade urgente nos dias atuais. Nesse contexto, propõe-se o uso de uma sequência didática para abordar o tema Doenças Negligenciadas, pautada no enfoque CTS (Ciência-Tecnologia-Sociedade), a ser aplicada em aulas de ciências ou de biologia. Para a sua aplicação são sugeridas diversas estratégias metodológicas de ensino. O desenvolvimento de cada etapa dessa sequência didática foi apresentado de forma detalhada, indicando-se como cada atividade se articula ao enforque CTS. Além disso, destaca-se a importância de que tal sequência seja utilizada segundo a teoria de Vygotsky, ressaltando-se que a interação social pode favorecer o desenvolvimento do senso crítico e a reflexão, bem como a construção da autonomia e da formação cidadã para que o aluno possa tomar decisões responsáveis sobre questões de cunho científico-tecnológico-social, premissas essas do enfoque CTS.
Esse trabalho apresenta um panorama das pesquisas que relacionam Gênero, Ciência e Ensino de Ciências, a fim de reconhecer a produção acadêmica recente nessa área. A pesquisa foi realizada a partir dos resultados de trabalhos obtidos nos anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) realizados no período de 1997 a 2019, e contou com duas etapas metodológicas. A primeira que contabilizou e comparou os trabalhos que tinham enfoque na temática de Gênero/Feminismo e Ensino de Ciências. E a segunda etapa, que analisou qualitativamente os artigos selecionados. Identificou-se a necessidade de mais pesquisas sobre essas temáticas, além da busca por mudanças na abordagem dos temas, tanto na formação de professores, quanto no Ensino de Ciências.
Este artigo apresenta as principais ideias dos estudos decoloniais desenvolvidos nas últimas décadas, na América Latina, assim como das Epistemologias do Sul, movimento que se consolida na Europa, mas que conta com reflexões de diferentes autores do sul global. Ambos os movimentos são paradigmas alternativos que instigam a ruptura da lógica colonial de que a ciência impera e questionam a imposição de valores às localidades subalternizadas pelas classes dominantes, apontando para a necessidade de uma mudança nos projetos epistêmicos sobre a produção e apropriação do conhecimento científico e das relações desse conhecimento com outros saberes. Posteriormente, o texto apresenta algumas asserções sobre a natureza da ciência embasadas nesses dois movimentos, discutindo suas implicações na ciência e seu ensino. O que se propõe nesse texto é a abertura para o diálogo crítico na luta por uma sociedade mais igualitária, justa e democrática, que busca romper com o patriarcalismo, com os efeitos da dominação colonial, o racismo e o capitalismo.
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