O mandacaru (Cereus jamacaru P. DC.) é uma espécie nativa da vegetação da Caatinga e seus frutos podem compor uma fonte de alimento rica de compostos bioativos, sendo um simbolo representativo regional, pouco explorado para a alimentação humana. Desta forma devido ao seu potencial nutracêutico e fornecimento de compostos essenciais para a manutenção da saúde é de grande relevância o desenvolvimento de novas tecnologias para a inclusão desta espécie nativa em produtos de interesse para as áreas farmacêutica e alimentícia. No presente estudo, objetivou-se avaliar as características físico-químicas da polpa do fruto do mandacaru, com a perspectiva tecnológica de utilização dos frutos como uma alternativa para melhor aproveitamento agroindustrial dessa matéria-prima no desenvolvimento de produtos alimentícios. Os frutos foram coletados no sítio Queimadas, zona rural do município de Lagoa do Ouro - PE. As análises foram realizadas em triplicatas no Laboratório de Análise de Alimentos da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). Realizando-se as seguintes análises: pH (4,34±0,03), Acidez Total Titulável (0,06±0,01%), Sólidos Solúveis Totais (12,43±0,08 ºBrix), Açúcares Redutores (9,09±0,09%), Atividade de água (0,98±0,00%), Lipídeos (15,66±0,47%), Teor de Umidade (88,66±2,35%) e Teor de Cinzas (0,56±0,01%). Os resultados obtidos apresentaram parâmetros desejáveis para seu processamento industrial, armazenamento e conservação, além de um alto potencial para o desenvolvimento de produtos artesanais, sendo uma alternativa para o incremento da renda do agricultor familiar da região Semiárida do município de Lagoa do Ouro, devido a abundância do fruto na região. Por possuírem características próprias para consumo in natura, é de fundamental importância estudar sua composição química, considerando a possibilidade de seu uso na indústria de alimentos e também na alimentação humana. Palavras-Chave: Caatinga, Composição nutricional, Mandacaru, Potencial industrial.