RESUMO: Objetivo: Avaliar os fatores preditivos de morbimortalidade em pacientes com trauma duodenal. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo de 77 pacientes com lesão traumática de duodeno, em um hospital universitário, de janeiro de 1990 a dezembro de 2005. As lesões Grau I foram excluídas. Resultados: O mecanismo de trauma foi penetrante em 87% dos casos e fechado em 13%, sem diferença estatisticamente significativa na mortalidade nestes grupos. Atraso maior que seis horas entre o trauma e a cirurgia foi observado em 7,8% dos casos e não influenciou na evolução dos pacientes. O reparo primário da lesão duodenal foi realizado em 84,4% dos pacientes e os procedimentos complexos em 15,6%, com maior índice de mortalidade no último grupo. A média do ATI foi de 34,5 e a do ISS foi de 22,8. As taxas de morbidade e de mortalidade foram, respectivamente, 61% e 27,3%. A maioria dos pacientes que evoluíram a óbito apresentou-se com choque hipovolêmico na admissão, possuia baixo RTS, elevados ATI e ISS, e baixo TRISS quando comparados aos sobreviventes. Choque hipovolêmico, RTS alterado, lesões associadas e probabilidade de sobrevivência menor que 50% foram considerados fatores independentes associados à mortalidade. Conclusão: A morbidade associada ao trauma duodenal neste estudo foi dependente de lesões intra-abdominais associadas, contaminação da cavidade peritoneal e reparos complexos da lesão duodenal. A apresentação fisiológica do paciente, gravidade das lesões (ISS > 25) e TRISS foram importantes fatores preditivos de morbidade e mortalidade em traumatizados com lesão duodenal (Rev. Col. Bras. Cir. 2008; 35(2): 094-102 INTRODUÇÃOO duodeno é a primeira porção do intestino delgado e está localizado anatomicamente entre o esfíncter pilórico e o ângulo duodeno-jejunal (ângulo de Treitz), medindo aproximadamente 30 cm no adulto 1 . Embora a localização retroperitoneal da maior parte do duodeno sirva como proteção contra freqüentes lesões traumáticas, ela é a responsável pelo grande desafio para o diagnóstico precoce e para o tratamento das mais diversas lesões duodenais 2 . É importante frisar que o trauma duodenal ocorre em 3 a 5% dos traumatismos abdominais e, apesar de relativamente incomum, preocupa os cirurgiões por estar relacionado à elevadas taxas de morbidade e de mortalidade 1,3 .As lesões nas vísceras abdominais ocas são muito mais freqüentes nos traumas abdominais penetrantes do que nos traumas fechados. Nas contusões, este tipo de lesão geralmente não é suspeitado, ao menos que o quadro clínico seja sugestivo 4,5 . Os traumas penetrantes são os mais comuns, correspondendo a 61 a 88% dos casos 2,6,7 .Os achados clínicos das lesões duodenais são inespecíficos. As perfurações retroperitoneais estão associadas à taquicardia, dor no hipocôndrio direito, vômi-tos e aumento progressivo de temperatura, podendo estar relacionado aos sinais de peritonite, caso haja extravasamento de conteúdo entérico para a cavidade peritoneal, que poderiam levar algumas horas para aparecer, por outro lado, as lesões intraperiton...
OBJETIVO: Estudar as alterações hemodinâmicas e as repercussões sobre o sistema nervoso central ocasionados pela síndrome do compartimento abdominal. MÉTODO: Utilizou-se cães sem raça definida submetidos à anestesia geral e monitorização das pressões arterial média(PAM), intracraniana(PIC), de perfusão cerebral(PPC), da artéria pulmonar(PAP) e venosa central(PVC), do débito cardíaco(DC) e da freqüência cardíaca(FC). Aumentou-se a pressão intra-abdominal(PIA) para níveis de 10,20,30 e 40cmH2O . Após atingir-se nível PIA=40cmH2O realizou-se a descompressão cirúrgica da cavidade abdominal. Em cada etapa realizou-se a medida dos parâmetros PIA, PIC, PAM, PPC, PVC e DC. RESULTADOS: Observou-se que o aumento da PIA causou as seguintes alterações fisiológicas: aumento progressivo da PIC; aumento da PAM até PIA=20cmH2O e diminuição progressiva da mesma após PIA= 40cmH2O; aumento da PPC até PIA=10cmH2O e diminuição progressiva da mesma após PIA= 30cmH2O; aumento progressivo da PVC; diminuição progressiva do DC após PIA= 30cmH2O; Após a descompressão da cavidade, notou-se o retorno da PIC, PAM, PPC, PVC e do DC para valores próximos aos dos iniciais (antes do aumento da PIA). CONCLUSÕES: Concluímos que o aumento da PIA provocou alterações nos sistemas cardiovascular e nervoso central, que foram revertidas após a descompressão cirúrgica da cavidade abdominal.
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