As entrevistas realizadas com professoras de oito escolas públicas de Educação Infantil de Porto Velho, Rondônia, que admitem ler obras literárias para seus alunos, revelaram os critérios de escolha utilizados. Com base na localização dos sujeitos nos cenários nos quais frequentemente fazem as escolhas dos livros, inicialmente e, em seguida, no cruzamento entre entre as práticas de leitoras e as práticas pedagógicas de leitura em sala de aula, foi possível, através das comparações realizadas, perceber o que entra em jogo e, efetivamente, funciona como o critério de escolha as obras lidas para as crianças pequenas no universo pesquisado. Os resultados apontaram que os critérios principais são a presença de ilustração, tratar-se de obra convencionalmente escrita para público infantil e permitir a atividade lúdica que favoreça o aprendizado do sistema de escrita. Os resultados também permitiram perceber que há relação bastante próxima do repertório e das práticas de leitura das professoras e os critérios de escolha utilizados.
Rompemos com a análise que tem como paradigma a universalidade e a cientificidade na busca por respostas para a formação de professores. Problematizamos a idéia da formação de professores como resposta ao problema da crise na/da escola e o uso de conceitos no discurso educacional. Relacionamos os pontos problematizados, vistos como inerentes à prática educadora, com a constituição e validação do costume. O costume como crença arraigada quanto à existência do Homem pronto, finalidade da formação no universo da prática educacional. Entendemos que o tema formação de professores não se submete à objetivação de uma compreensão por um sujeito do conhecimento, ou mesmo, a um estudo analítico da verdade a seu respeito. Sugerimos como produtiva a busca de estilo foucaultiano de uma ontologia do presente acerca do problema da produção de formadores.
O Brasil contemporâneo, marcado pelo influxo democrático, realça questões sobre os processos da formação inicial de professores relativamente a aspectos epistemológicos e demanda melhor compreensão sobre os conflitos e tensões presentes no cotidiano da escola básica. Neste contexto, o processo de atualização dos estágios supervisionados do curso de Pedagogia em uma universidade pública da Região Norte ofereceu oportunidade para reflexões sobre racismo, para a análise da questão social (GONÇALVES, 2018) e sobre a percepção do silenciamento da História de África e suas diásporas nos processos formativos. O relato de uma das estagiárias constituiu o material analisado segundo recursos da etnometodologia (COULON,1995) e seus enunciados ensejaram o estudo do afroletramento docente (NASCIMENTO, 2010). A intenção do artigo é expor o afroletramento docente como uma possível abordagem teórico-metodológica para a formação inicial de professores, que subsidie o enfrentamento das questões que irromperam do contexto atual brasileiro. Os resultados apontam o afroletramento docente, no contexto da formação inicial de professores, com potencial para tornar perceptíveis os silenciamentos das epistemologias e historiografia negra, para evidenciar a distinção entre estereótipos, preconceitos e o racismo nas práticas educativas, além de demonstrar a atualidade da produção do campo da Educação para as Relações Étnico-Raciais para a formação de professores.
étnico-raciais na escola e na educação para a infância, Antonio Donizeti Fernandes, Universidade Estadual do Norte do Paraná, mobiliza força em sua escrita para trazer um recorte urgente à questão da formação de professores que permanece, por razões históricas, políticas e culturais, fora de foco, escamoteado dos processos de formação de professores.Ainda, em abordagens centradas no contexto do ensino de línguas estrangeiras outras marcas no percurso e nos contornos da iniciação à docência, indicam a necessidade de abarcar as relações interculturais, decoloniais e fronteiriças, nos recortes e contribuições trazidas por Bárbara Cristina Gallardo, Flavia Braga Krauss de Vilhena, ambas docentes da Universidade Estadual do Mato Grosso e, no mesmo sentido, Odete Burgeile, Djenane Alves dos Santos, Reny Gomes Maldonado, da Universidade Federal de Rondônia.Também da Universidade Federal de Rondônia, se fazem presentes nos capítulos de encerramento do livro, outras vozes quando Marcia Machado de Lima e a Profa. Dra. Ana Maria Lima Souza, tratam da iniciação à docência, diálogo e Educação de Jovens e Adultos, e Clarides Henrich de Barba aborda a formação inicial de professores e a Educação Ambiental na Amazônia, em uma perspectiva intercultural e dialógica.Encerramos com um agradecimento especial à Universidade Federal de Rondônia, como também à CAPES pela oportunidade de reunir nos capítulos que compõe o livro que apresentamos, a reflexão sobre a iniciação à docência, a responsabilidade de a universidade pública divulgar o que produz, demonstrar os resultados alcançados no PIBID, posicionar-se no contexto presente ao lado da escola pública, laica e gratuita, em uma luta que precisa ser travada ao lado daqueles que defendem a vida e enfrentam as desigualdades no Brasil, questões urgentes para o campo da formação de professores. Agradecemos, também, o apoio neste trabalho por parte dos membros do Grupo de Estudos Linguísticos, Literários e Socioculturais -
Este artigo discute sobre o professor da área tecnológica que se percebe como fruto, enquanto aluno, dos próprios problemas que hoje enfrenta em sala de aula. Além disso, propõe discussões sobre a construção da autonomia do educando no processo educativo aliado ao uso de Objetos de Aprendizagem em disciplinas técnicas. Embora, em tese, vê-se a formação técnica como parte construtiva da autonomia desses alunos, a aplicação ainda é consideravelmente positivista e, até mesmo, taylorista.
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