OBJETIVOS: descrever e analisar dados de um inquérito realizado em Londrina, Paraná, sobre práticas alimentares no primeiro ano de vida. MÉTODOS: os dados foram obtidos durante a "Campanha Nacional de Vacinação, realizada em agosto de 2002. As crianças foram selecionadas por plano de amostragem por conglomerado. Aplicou-se um questionário com questões sobre alimentação da criança nas 24 horas precedentes. Para obtenção das freqüências empregou-se análise de probitos. Pela análise de regressão logística, foram analisados os fatores de risco para interrupção da amamentação exclusiva em menores de quatro meses e desmame em menores de um ano. RESULTADOS: em menores de quatro meses, a prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME) foi 29,3% e, para aleitamento materno predominante (AMP) 20,7%. Nos menores de seis meses, a prevalência do AME foi 21,0% e do AMP 16,5%. Para o aleitamento materno (AM) em menores de um ano, a prevalência foi 62,4%. As medianas em dias foram 11,9 para AME e 257,3 para AM. Entre os fatores de risco para interrupção do AME e do AM destacam-se: uso de chupeta, primiparidade, acompanhamento ambulatorial em serviço público, idade e trabalho materno. CONCLUSÕES: as taxas de aleitamento foram consideradas baixas, indicando a necessidade de se estabelecerem políticas públicas adequadas para alimentação da criança.
The present study evaluated the breastfeeding practice of 278 preterm infants born at the University Hospital of Londrina, Paraná, Brazil, during hospitalization and in the first 6 months of life. Data were obtained from the hospital records, and the mothers were interviewed by home visit (75.5%) or by telephone (24.5%) when the children were 6 months old. Data were analyzed statistically using the Kaplan-Meier survival method and Cox's multivariate regression model. During hospitalization, 100% of the preterm infants received human milk and 31% received exclusive breastfeeding. The median duration of exclusive breastfeeding and breastfeeding was 63.5 and > 180 days, respectively. The prevalence of breastfeeding in the sixth month was 54.7%, and 6.8% of the infants were still exclusively breastfed. Pacifiers were used (currently using or ever used) by 127 (45.7%) preterm infants and were associated with a 1.67 times higher risk of interruption of exclusive breastfeeding.
OBJETIVO: Conhecer o perfil calórico e higiênico sanitário do leite humano do Banco de Leite Humano do Hospital Universitário de Londrina. MÉTODOS: Estudo quantitativo transversal do levantamento de dados obtidos de fontes secundárias de registros dos exames de teor calórico, avaliado pelo crematócrito, e da titulação de acidez pelo método de Dornic do leite humano, coletado pelo Banco de Leite Humano do Hospital Universitário de Londrina. RESULTADOS: Entre 2006 e 2009, foram analisadas 30.846 amostras de leite humano de doadoras de várias localidades, totalizando 5.869L de leite coletado e distribuído. Deste leite humano pasteurizado, 53,5% foi classificado como hipocalórico (menos que 580kcal/L), 36,4% como calórico e 8,3% como hipercalórico (maior que 711kcal/L). De acordo com as várias localidades de origem dos leites, o Banco de Leite Humano de Londrina foi o local onde se observou uma maior quantidade de doação nas três classificações. Ao exame da titulação de acidez Dornic do leite humano coletado, encontrou-se 60,8% com valores entre 4,1º e 8,0º Dornic. CONCLUSÕES: Grande parte do leite coletado é hipocalórica e está própria para o consumo em relação ao perfil higiênico sanitário. É preciso intensificar a coleta deste alimento para atender à demanda de leite hipercalórico para os recém-nascidos prematuros.
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