A motivação para a realização deste artigo foi a percepção de que o movimento de preços dos imóveis em Natal apresentava componentes que precisavam ser investigados, notadamente o influxo de capital estrangeiro, sobretudo para aplicação nos setores de turismo e imobiliário e o comportamento do crédito imobiliário. O objetivo do trabalho é examinar a evolução dos preços no mercado de imóveis da cidade no período 2005; 2010. Os indicadores levantados permitiram uma coleta de evidências suficiente para ampliar o grau de confiança nas hipóteses de que, de fato: a) ocorreu uma bolha no mercado de imóveis no triênio 2005; 2007; b) a bolha não implodiu no biênio 2009; 2010, após a crise financeira de 2008, pois o movimento de alta de preços se manteve tanto nos imóveis vendidos na planta quanto nos imóveis prontos.
À luz da abordagem de Davidson, a dinâmica de preços dos imóveis em Natal comporta fenômenos que merecem ser tratados. No período 2005-2007, observa-se uma situação de backwardation, cuja intensidade fornece evidências suficientes da ocorrência de uma bolha imobiliária na cidade. Após 2008, é possível identificar uma situação de contango diferente, percepção esta reforçada pelo movimento dos outros indicadores considerados na pesquisa referentes à comparação entre a evolução do valor dos aluguéis e a trajetória dos preços dos imóveis e à evolução do indicador de preço e custo da construção. Esse artigo explora a possibilidade do tipo de contango observado permitir que o tratamento de bolhas, sustentado na perspectiva teórica desenvolvida por Davidson, capte o ponto de inflexão desse fenômeno, ou seja, da possível passagem do movimento ascendente de preços em direção ao seu processo de arrefecimento.
O artigo tem como objetivo central analisar a gênese e o desenvolvimento do setor terciário sob a luz da teoria marxista. Como ferramentas analíticas foram utilizados os conceitos de divisão do trabalho no âmbito da manufatura e no âmbito da sociedade, dando especial relevo ao movimento interativo e complementar de ambos os conceitos, entendidos como instrumentos essenciais para a compreensão do movimento do capital em direção ao setor terciário. A análise proposta levou a algumas sugestões de conclusão: o setor terciário deve ser analisado com rigorosa observância das condições concretas de organização do capital em seu interior; nos países desenvolvidos, o setor terciário manifesta maior atratividade ao capital, maior autonomia para o crescimento e modernização quando comparado com o setor terciário da periferia, dependente do capital internacional e do Estado nacional para a produção e oferta de produtos e serviços; apesar da incipiência econômico-estrutural do terciário na periferia do sistema capitalista, foi possível concluir que nesses espaços sociais o terciário foi e é de fundamental importância para a acumulação do capital em geral e que vem se transformando, mesmo que de forma relativa, em importante locus de valorização do capital, de criação de receita para os entes federativos e, dentre outros pontos positivos, da criação de empregos formais e informais que em boa mediada amortecem as clássicas crises de reprodução do sistema.
ResumoO presente artigo tem por objetivo o estudo do processo de acumulação na economia política clássica, a partir da investigação de detalhes econômicos à luz da geopolítica do desenvolvimento. A hipótese de pesquisa é que uma leitura detalhada dos clássicos permite constatar que, sobretudo quando enfocam aspectos normativos, esses autores repõem algum nível da politização não considerada na "parte dura" dessa elaboração teórica, que foi fortemente difundida e amplificada pelas interpretações convencionais. O trabalho está estruturado considerando três pontos centrais no debate econômico entre os clássicos. O primeiro, refere-se ao confronto entre a concepção mercantilista sobre o Estado, o comércio exterior e desenvolvimento e a visão da economia política clássica sobre o livre comércio. O segundo diz respeito à discussão da lei de Say e do princípio da demanda efetiva e às conseqüências teóricas da adoção de cada um desses princípios para as concepções dos clássicos sobre a acumulação do capital. O terceiro enfoca peculiaridades inerentes à contribuição teórica dos autores clássicos para o crescimento econômico e a distribuição de renda na sociedade capitalista, além de por em relevo a visão da natureza, comum aos clássicos, como limite ao processo de acumulação de riqueza. Por fim, destaca-se que em cada item do estudo busca-se ressaltar os detalhes das obras dos autores estudados que propiciam algum nível de politização da discussão econômica e que permitem constatar sua importância para o debate econômico contemporâneo.Abstract * Os autores são integrantes do Grupo
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