O presente texto-conversa objetiva visibilizar experiências de cuidado com a formação na universidade pública em tempos pandêmicos, instigando um exercício gestual de atenção ao que ocorre no miúdo da aula. Para isso, discutimos duas experiências distintas; duas disciplinas, no curso de Psicologia, na Universidade Federal do Espírito Santo: a partir da experiência com a arte têxtil conhecida como arpilleras (primeira experiência) e com as rodas de conversas (segunda experiência); duas formas de reencantar a vida: tecer e conversar. As experiências ajudam-nos a pensar o encantamento dos processos formativos cotidianos. Busca-se atentar para gestos do cuidado em sala de aula, em que o tecer e o conversar abrem movimentos de saúde e vida quando: cultiva-se o interesse, estica-se o tempo, anima-se a conversar, confia-se no outro; gestos com os quais ofertamos este ensaio sobre as conversas confiadas como estratégias para alimentar o encantamento na formação.
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A dimensão política das práticas e políticas públicas de inclusão nos últimos vinte anos no Brasil é analisada colaborativamente ao movimento da Educação Inclusiva (EI) no Oeste Europeu e nos Estados Unidos, a partir de questões suscitadas pelas pesquisas do campo naquele contexto, que constituem objeto das reflexões levantadas pelo texto de Alfredo Artiles "Que Inclusão e diversidade na educação", que compõe este dossiê. Assumimos a perspectiva epistemológica da abordagem pluralista do campo das políticas públicas, tendo em vista a complexidade que compõe as políticas de inclusão. Com base em pesquisa documental, exploramos produções de autores nacionais e documentos legais no campo das políticas públicas de educação especial na perspectiva da inclusão no Brasil, bem como uma pesquisa em estado da arte de Guimarães (2014), em nível de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação/UFES. As análises colocam em evidência a aproximação com a constatação de Artiles em torno da produção daltônica das pesquisas, confirmando a necessidade de ampliar o trabalho da investigação para atravessamentos de gênero, etnia, sexualidade presentes na diversidade de contextos e histórias de vida dos sujeitos da educação de jovens e adultos (EJA).
Este texto pretende apresentar a experiência de intervenção junto a uma escola municipal de jovens e adultos de Vitória (ES), onde realizamos oficinas corporais-artísticas com o intuito de produzir sentidos insuspeitos no processo de aprendizagem. Utilizando-nos dos conceitos filosóficos de Deleuze e Guattari e de recursos como instalações artísticas interativas, procuramos produzir uma aprendizagem que interviesse no campo afetivo dos estudantes, de modo a tocarmos em suas concepções e modos de sentir. Destacamos aqui o caráter político, ético e estético destas intervenções, na medida em que abordaram temas como a misoginia e ecologia (política), movimentando os valores nos corpos (ética), a partir da ação sobre a sensibilidade (estética).
O neoliberalismo tem acelerado a mercantilização da educação e das políticas públicas conquistadas pela população brasileira desde o fim da ditadura militar. No estado do Espírito Santo este processo foi ampliado desde a segunda gestão do governo de Hartung, mediante o fechamento de escolas do/no campo. O objetivo deste artigo é analisar as práticas de resistência de educadores e educandos da EEEF “Paulo Damião Tristão Purinha”, do assentamento Sezínio Fernandes de Jesus, no município de Linhares, no estado do ES, para dar visibilidade ao processo de afirmação da vida dos trabalhadores em suas atividades de resistência e nos princípios filosóficos, pedagógicos e políticos que afirmam no plano de estudos, na auto-organização, na agroecologia e mística como práticas formativas que se dão desde o chão da escola.
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