resumoO presente artigo aborda a construção do campo de estudos sobre a(s) masculinidade(s), entendendo-o como tributo da contribuição feminista. Faz-se um breve balanço dos estudos pioneiros, ressaltando particularmente o questionamento da masculinidade hegemônica (CONNELL, 1995) e, em seguida, discute-se sua penetração no Brasil a partir do debate sobre a crise do masculino e a noção de "novo homem", bem como a importância da perspectiva histórico-social para a compreensão das novas identidades masculinas. Palavras-chave: Feminismo. Gênero. Identidades masculinas. Masculinidades.
gender AnAlysis And the mAking of field of mAsculinity studies
AbstrActThis article approaches the establishment of the study of masculinity(ies) by understanding it as a contribution of feminism. A short review of pioneering studies is carried out in order to highlight, in particular, the questioning of hegemonic
Lia Zanotta Machado é Doutora em Ciências Humanas (Sociologia) pela Universidade de São Paulo (1980), com graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1967), mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1979) e pós-doutorado (CNPq) no Institut de Recherches sur les Sociétés Contemporaines (IRESCO) e na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS), Paris (1992-1994). Professora Titular de Antropologia da Universidade de Brasília desde 1996, é atualmente Pesquisadora Colaboradora Sênior desde 2014.
A tríade Estado, mercado e família forma a base a partir da qual devemos pensar a reprodução social da vida e da proteção aos indivíduos na sociedade contemporânea, o que não significa supor que haja qualquer relação harmônica entre essas três esferas. Das problemáticas relativas às diferentes formas de articulação, ou de tensão, entre essas três esferas, surgiram diversos esquemas analíticos que geralmente enfocam duas dessas dimensões -Estado e mercado. Este é o caso, por exemplo, das formulações de Esping-Andersen (1991), que priorizaram a interação Estado e mercado como critério para a distinção entre as três economias do Welfare State. Nessa proposta, a desmercadorização, isto é, a oferta de bens e serviços pelo Estado, em substituição ao mercado, é um princípio fundamental para a análise da proteção social. Ainda operando com a díade Estado e mercado, outros trabalhos de referência foram desenvolvidos para tratar de temas como a questão social, a justiça e o desenvolvimento econômico e humano, a exemplo de Habermas (1987), Oliveira (1988), Castel (1998)
O presente artigo trata do tema da autonomia feminina e objetiva compreender a percepção de mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família em torno das concepções políticas como direito e cidadania. Para tanto, inferimos o modo como elas interpretam a relação com o Estado, o acesso às políticas públicas e o seu agenciamento nesse processo. Buscamos captar e dimensionar a autonomia dessas mulheres para a tomada de decisões no espaço doméstico e em aspectos relativos à individualização feminina, tanto no contexto das relações familiares como das relações sociais mais amplas. As análises foram calcadas em estudos de caso realizados em Curitiba (Paraná) e Fortaleza (Ceará), no ano de 2013, por meio de uma amostragem constituída por cento e noventa entrevistas, sendo noventa e cinco em cada cidade. Palavras-Chave: autonomia feminina; cidadania; espaço doméstico; Programa Bolsa Família.
pesquisada. Assim, não se torna viável que se distingam possíveis efeitos da escola e de sua organização dos efeitos da sala de aula e do trabalho docente. São, neste capítulo, apontados dados como as condições físicas das escolas, as características humanas da organização escolar, com atenção para o papel da diretora e suas percepções sobre seu trabalho, o planejamento na escola e os programas em andamento nas escolas.
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