O objetivo deste trabalho é analisar a estrutura sintática dos DPs em Kaingang. O tema se mostra relevante devido à ausência de literatura gerativista que traga uma proposta de estrutura para a língua. A metodologia adotada é teórico-descritiva e os dados foram coletados de exemplos presentes na literatura não gerativista sobre a língua (em especial: Wiesemann, 2011; Gonçalves, 2007; Domingues, 2013; Navarro, 2012). A descrição dos dados mostra similaridades com a estrutura da língua Gungbe (uma língua africana da família Gbe, subgrupo do Kwa), segundo a proposta de Aboh (1998). Por essa razão, estendemos a proposta de Aboh para os dados do Kaingang e encerramos com novos questionamentos.
ABSTRACT:This paper presents (part of) the debate on what has been called Small Clauses (SC), discussing its origins and state of the art. In a nutshell, they refer to a subset of constructions that express a tenseless subject-predicate relation. The proposals regarding the existence of SCs and their structural descriptions go along with the historical development of the Generative Program itself, raising important questions on grammar proposals and providing empirical findings. In this article, we present an historical background of some of those proposals that involve SCs and summarize some of their most prominent researchers, along with prototypical examples and Brazilian Portuguese data, when relevant.Key-words: Small Clauses; Secondary predication; historical background. RESUMO:Este artigo apresenta parte do debate sobre o que tem sido chamado de Small Clauses, sua origem e estado de arte. Small Clauses (ou Miniorações) se referem a um subgrupo de construções que expressam uma relação sujeito-predicado que não apresenta marcas de tempo (tense). As propostas relacionadas à existência de SCs e suas descrições estruturais acompanharam o próprio desenvolvimento do Programa Gerativista, levantando questões importantes sobre propostas de gramáticas e trazendo descobertas empíricas. Neste artigo, apresentamos uma retomada histórica de algumas propostas que envolveram SCs e recapitulamos alguns dos seus pesquisadores mais importantes, juntamente com exemplos típicos e dados do Português Brasileiro quando relevantes.
This paper is focused on the syntax of the predication relations in predicative constructions such as the secondary predication and the small clause constructions. The goals are (i) to consider that adjunction structures à la Chomsky (1986) and May (1985) (opposing category vs. category segments) is an interesting solution to the syntax of predication, if combined with the idea that merge may be symmetrical in terms of projection (if α and β are merged, either α or β may project (CHOMSKY, 1995)); and (ii) to present a formal and unified approach to the grammar of different kinds of predication, based on Carreira (2015), specially emphasizing cases of small clauses and secondary predication. This paper presents new data from Brazilian Portuguese (BP), which challenges the classical analysis, as in Williams (1980), Stowell (1983) and Rothstein (1983) and minimalist analysis such as in Den Dikken (2006). This research is based upon the Minimalist Program by Chomsky (1995) and others. As we will argue, by exploring this mechanism, we might be able to provide a unified account for different types of predication.
O objetivo deste trabalho é rever a discussão sobre ensino de gramática, feita nos últimos anos no Brasil, argumentando que esse ensino pode contribuir sobremaneira para maior compreensão da língua materna e de línguas estrangeiras, desde que embasado em conhecimento científico. Nosso encaminhamento é que o ensino de gramática precisa trabalhar com duas acepções: a) a gramática possibilita entender por que uma expressão linguística significa o que ela significa; b) aprender gramática é aprender a explicitar regras que sabemos, mas que não são conscientes e, ao mesmo tempo, aprender a refletir sobre elas. Com a primeira acepção, argumentaremos contra a ideia de que a gramática não ajuda em nada na produção e compreensão de textos, tese amplamente defendida por alguns profissionais que defendem a aprendizagem da língua por meio de textos, apenas. Embora concordemos que o objetivo central do ensino de língua seja formar o cidadão, tendo por meta a leitura e compreensão de gêneros textuais, defendemos que a gramática tem um papel importante na aquisição desse conhecimento. Com a segunda acepção, demonstramos que o ensino de gramática é uma ferramenta única para explicitar um conhecimento interiorizado, permitindo um domínio maior em duas direções: a) desenvolver uma reflexão científica sobre um fato natural, a linguagem, por meio de uma metodologia que pode ser generalizada para qualquer outro campo científico; b) perceber o funcionamento das línguas naturais. Nessas bases, o ensino de gramática não pode mais ser entendido como ensino da modalidade culta, embora ninguém negue que possibilitar o domínio da vertente culta da linguagem seja atribuição da escola. Concluímos o trabalho mostrando a necessidade de separar ensino de gramática e ensino de língua culta. Somente assim o ensino de ambas pode fazer sentido e produzir resultados positivos.
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