O turismo como objeto de estudo das ciências sociaisEscrever sobre turismo numa revista de antropologia obriga, em primeiro lugar, a justificar a compatibilidade do objeto com a ciência que o estuda, coisa que parece até paradoxal desde que o turismo é, essencialmente, movimento de pessoas.Mas a relação não é tão óbvia para todos. Há 40 anos apenas que, vencendo a resistência dos seus pares, alguns cientistas sociais ousaram abordar um tema que não goza, até agora, de prestígio acadêmico.Dennison Nash, da Universidade de Connecticut, realizou, na década passada, um estudo exaustivo da produção antropológica na área de turismo,
RESUMO: Após a Segunda Guerra Mundial, muito foi escrito sobre o po tencial do turismo para promover o entendimento entre os povos, mas essa visão não é compartida nem por todas as organizações sociais nem por to dos os intelectuais. Este artigo apresenta estudos realizados em diversas par tes do mundo que sugerem que a relação entre visitantes e visitados, apesar de ter uma característica comum, qual seja a efemeridade, difere em função de vários fatores condicionantes, tais como diferença social, econômica, cul tural e étnica. Também varia em função do comportamento dos turistas, que, por sua vez, está condicionado a outros fatores, como nível educacional e motivação para viajar, e da atitude dos diversos setores da população local, que também está subordinada aos efeitos que o turismo provoca na sua vida cotidiana ao longo do tempo.PALAVRAS-CHAVE: visitantes e visitados; relações sociais; diferença so ciocultural.ABSTRACT: Afier World War II, tourism appeared to be a powerful tool for peace and understanding among some official institution, even this vision was not so dear in scientific cirdes and civil institutions. This artide presents several case studies about the relationship between residents and tourists in different countries, showing that, even there is a common ground of 1. Professora do mestrado acadêmico em Turismo da Universidade de Caxias do Sul-ucs; assessora científica do curso
1Grapes, wine and cultural identity at Serra Gaúcha (RS, Brazil) Uva, vino e identidad cultural en la Serra Gaúcha (RS, Brasil) Resumo: O artigo objetiva compreender a relevância da vitivinicultura na Serra Gaúcha (Estado de Rio Grande do Sul, Brasil) e desvendar a função da uva e do vinho para os imigrantes italianos no século XIX e para os descendentes contemporâneos. Foi realizada uma pesquisa no Vale dos Vinhedos (RS, Brasil), lugar onde há uma ligação entre o vinho e o turismo. A partir de material bibliográfico, de história oral e de entrevistas semiestruturadas elaborou-se um discurso do sujeito coletivo. A pesquisa revelou que a vitivinicultura foi um importante meio de sustento das famílias de imigrantes italianos e também uma maneira de desenvolver e promover o crescimento econômico da região e, que na atualidade, a uva e o vinho são elementos de identificação cultural da comunidade perante turistas e visitantes. Trata-se de um estudo de caso sem pretensão de generalização para outras regiões vitivinícolas do Brasil e traz um novo aporte às relações entre turismo e patrimônio cultural. Palavras-chave: Enoturismo; Patrimônio; Vinho; Identidade cultural; Memória coletiva. (RS, Brazil), where a strong relation between wine and tourism exists. Bibliographical research, oral history and semi-structured interviews permitted the construction of a collective subject discourse. As a result it was revealed that wine production was important at first for subsistence and also a way to Abstract: The article aims to understand the relevance of wine production at Serra Gaúcha region (Rio Grande State, Brazil) and unveil the role played by grapes and wine for XIXth century Italian migrants as for their contemporary descendents. A research was conducted at Vale dos Vinhedos (Vineyards Valley),
Resumo: Este estudo objetiva sistematizar as várias interfaces entre turismo e migrações, buscando contribuir com a teoria turística a partir dos estudos da mobilidade. E uma primeira tentativa de abordar o tema, que parte de três afirmações factuais; a primeira, que turismo e migrações são duas manifestações de um fenômeno maior, qual seja o da mobilidade ou deslocamento geográfico que inclusive compartem motivações e objetivos; a segunda, que a mobilidade é um fenômeno crescente; a terceira, que as tecnologias relacionadas à comunicação e a informação propiciam maior mobilidade.
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