O trabalho teve como objetivo identificar como a Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável (COOPAPI) atua em processos formativos direcionados à educação ambiental e práticas sustentáveis junto aos agricultores cooperados. Para a obtenção dos dados da pesquisa, utilizou-se da entrevista semiestruturada, visando identificar de forma detalhada o sentido e o significado atribuídos pelos agricultores familiares à relação entre educação ambiental e sustentabilidade na agricultura familiar. O estudo revelou que a temática ambiental não é vivenciada por meio de formações que possam direcionar os agricultores a introduzirem a temática em sua ambiência de forma intencional; no entanto, os agricultores vivenciam a educação ambiental por meio de suas práticas diárias de cultivo. Ainda, os agricultores veem a cooperativa como facilitadora de práticas sustentáveis, visto que a cooperativa auxilia nas tarefas de orientar os agricultores no cultivo orgânico e fiscalização, mediante o mau uso de algum recurso.
RESUMO O presente artigo é um ensaio teórico sobre o estado da arte das policrises da civilização contemporânea, nos planos global e nacional, e sobre os desafios que essas crises representam para a educação ambiental que se realiza em contextos escolarizados. O objetivo, portanto, é refletir sobre a magnitude das crises socioambiental, climática e sanitária e sobre as contribuições que a educação ambiental escolar pode oferecer para reverter ou mitigar as ameaças identificadas. As evidências científicas e cotidianas revelam sinais preocupantes que impactam o estado da biosfera, o bem-estar e a saúde humana, a segurança alimentar das populações, a manutenção da paz e da democracia e, em última instância, a própria sobrevivência da espécie humana no planeta Terra. Nesses termos, torna-se, cada vez mais frequente, no discurso e no imaginário social, a alusão a narrativas de colapso, catástrofe, ruptura, decadência e fim do mundo. Metodologicamente, o texto dialoga com a literatura socioambiental com aportes da Educação ambiental crítica, da Ecologia política, dos conflitos e da justiça socioambientais. A reflexão conclui que, diante dos desafios colocados, a educação ambiental escolar não pode se render ao reprodutivismo social e pedagógico. O tempo é de formação e transformação dos sujeitos para o exercício da liberdade e para a defesa da vida.
O presente ensaio discute o papel da Educação Ambiental (EA) crítica diante dos múltiplos conflitos e crises contemporâneos. Objetiva refletir sobre os principais desafios colocados à EA crítica e as potencialidades que ela dispõe para produzir respostas e ações capazes de superar ou mitigar as ameaças e os riscos da degradação socioambiental. Dialoga com o campo da Educação Ambiental, com a justiça ambiental e a ecologia política. Conclui que, por um lado, a EA crítica se defronta com desafios epistemológicos, ético-valorativos, pedagógicos e políticos. Tem, contudo, a seu favor, um amplo repertório de recursos político-pedagógicos que a habilitam a fazer contribuições significativas ao conhecimento existente e à formação crítica dos educandos nas diversas modalidades de sua ação.
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