175"Iogurte" de soja suplementado com oligofrutose e inulina, Hauly et al. -INTRODUÇÃOHistoricamente, o estado nutricional de populações que vivem em países desenvolvidos é afetado por hábi-tos inadequados como o consumo excessivo de gorduras, principalmente saturadas, elevada ingestão de açú-cares e diminuição considerável do consumo de amido, fibras, vitaminas e sais minerais, que podem ser causadores da elevada incidência de doenças crônico-degenerativas nesses países [8].Paralelamente a este fenômeno, observa-se um acelerado desenvolvimento de alimentos que apresentam, além de características nutricionais e tecnológi-cas adequadas, componentes que exercem funções biológicas com o intuito de prevenir doenças e promover a saúde, os alimentos funcionais [27]. Dentre os alimentos funcionais estudados destacam-se a soja, os probióticos e os prebióticos.A soja e seus derivados têm recebido atenção dos pesquisadores, principalmente devido à quantidade e qualidade de sua proteína, sendo considerada, dentre os vegetais, o melhor substituto de produtos de origem animal. Além disso, a soja é importante fonte de outros compostos, como fibras, oligossacarídeos com potencial prebiótico, como rafinose e estaquiose, vitaminas e minerais [7].Probióticos são definidos como microrganismos viá-veis que, quando aplicados a humanos ou animais, afetam beneficamente a saúde do hospedeiro, por promover um balanço da microbiota intestinal, sendo Lactobacillus e Bifidobacterium os gêneros mais utilizados como probióticos [ 15,29]. Historicamente, a associação desses microrganismos com alimentos tem sido considerada segura, porém conforme relatado por MARTEAU [21] RESUMOA população de um modo geral está mais consciente da relação existente entre alimentação e saúde. Sendo assim, a indústria busca novas alternativas para o desenvolvimento de alimentos de boa aceitabilidade e com ingredientes capazes de promover a saúde. A soja e prebióticos como oligofrutose e inulina possuem grande potencial de aplicação na indústria, devido as suas importantes propriedades funcionais. O objetivo deste trabalho foi determinar, utilizando a metodologia da superfície de resposta, as melhores condições para o desenvolvimento de um "iogurte" de soja suplementado com oligofrutose e inulina. Utilizou-se o delineamento fatorial incompleto 3 3 , tendo oligofrutose (%), inulina (%) e tempo de fermentação (h) como variáveis independentes e pH e acidez titulável como respostas. A análise de regressão mostrou que os modelos obtidos foram preditivos. A otimização conjunta bilateral apontou a formulação contendo 14,24% de oligofrutose, 4,43% de inulina e 6 horas como as melhores condições para o preparo de "iogurte" de soja. Essa formulação apresentou pH 4,6; acidez 0,37%; 16,2% de carboidratos; 2,01% de lipídeos; 3,54% de proteínas; 0,40% de cinzas e 77,85% de umidade. O teor de cálcio, ferro e sódio foram de 37; 0,99 e 15mg/100g, respectivamente. Pode-se afirmar que oligofrutose e inulina podem ser utilizadas na suplementação de "iogurte" de soja, constituindo u...
The research aimed at determining, using surface response methodology, an optimal chocolate cake formulation when wheat flour was partially replaced with inulin and/or yacon meal. The yacon meal used in the formulation was prepared by using tuberous roots of yacon (Polymnia sonchifolia Poepp. & Endl.). The optimization indicated that a formulation with 20% of the wheat flour replaced with yacon meal, 153 mL of water and no inulin showed the best values for hardness (3.638 N), cohesiveness (0.691) and specific volume (1.86 cm 3 g )1 ). A formulation with 40% of the wheat flour replaced with yacon meal, 6% replaced with inulin and containing 126 mL of water showed similar values to the optimized formulation for the three responses mentioned earlier but, in addition, it had a greater content of fructooligosaccharides and inulin. Consequently, both formulations may give useful functional foods with physical parameters comparable with the control formulation.
OBJETIVO: Foram avaliadas as características probióticas dos microorganismos utilizados no preparo de iogurte de soja suplementado com os prebióticos oligofrutose e inulina (frutooligossacarídeos), suas características físico-químicas, microbiológicas e índice de aceitação. MÉTODOS: A formulação contendo extrato de soja em pó, oligofrutose e inulina, obtida por fermentação durante seis horas, em estufa mantida à temperatura de 42ºC, foi caracterizada e comparada a uma formulação de iogurte de soja sem suplementação quanto à viscosidade, perfil de textura e características probióticas. RESULTADOS: O fermento misto utilizado no preparo do iogurte (Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus) apresentou resistência à bile e ao ácido. Os prebióticos mantiveram a viabilidade das bactérias láticas até o 28º dia de armazenamento, em nível superior ao necessário para caracterizar um alimento probiótico. O iogurte suplementado apresentou pH de 4,63 e acidez de 0,37%, maior viscosidade, coesividade e adesividade e menor dureza que o iogurte sem suplementação. O índice de aceitação do iogurte de soja suplementado com prebióticos foi de 71,20%. CONCLUSÃO: Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus são probióticos e frutooligossacarídeos são ingredientes que mantêm a viabilidade das bactérias láticas no iogurte de soja, propiciando a formulação de um produto com boa aceitabilidade.
ResumoAtualmente, os consumidores estão mais conscientes da relação que existe entre alimentação e saúde, de modo que, a indústria de alimentos tem procurado oferecer produtos que apresentem benefícios múltiplos, associados ao sabor e à aparência. Inulina e oligofrutoses são polímeros de frutose vastamente encontrados em plantas sob a forma de carboidratos de reserva, e apresentam propriedades funcionais de grande importância para a indústria de alimentos. Tanto inulina como oligofrutoses vêm sendo utilizadas para enriquecer com fibras produtos alimentares. Diferentemente de outras fibras, não têm sabores adicionais, podendo enriquecer os alimentos sem alterar muito a viscosidade, aparência e sabor das formulações. As propriedades nutricionais da inulina e oligofrutoses são similares, assim, a decisão de formular com inulina ou oligofrutoses se dá em função dos atributos desejados no produto final. A inulina é mais indicada quando se pretende obter produtos com menor teor de gordura (como sorvete, bolo e sopa), enquanto oligofrutoses são adequadas para iogurtes de baixa caloria, doçura e para mascarar o sabor residual de adoçantes de alta intensidade utilizados em preparações alimentares. Estudos têm indicado que inulina e oligofrutoses apresentam características de prebiótico, por serem indigeríveis e desenvolverem o efeito bifidogênico, melhorando a microbiota intestinal. Recomenda-se que inulina e oligofrutoses sejam utilizadas simultaneamente com probióticos em alimentos para obtenção do efeito simbiótico. Palavras-chave : inulina; oligofrutoses; fibra alimentar; substituto de gordura; efeito prebiótico e simbiótico. AbstractNowadays consumers are more conscious about the relation between food and health. Therefore food industry has been looking for food that has a lot of benefits besides good flavor and appearance. Inulin and oligofructose are fructose polimers, vastly found in plants as storage carbohydrates. They present important functional for the food industry. Both inulin and oligofructose have been used as fiber bulk in food products. Differently from other fibers, they do not add flavor, allowing the food to be improved without changing its viscosity. Inulin and oligofructose have similar nutritional properties. Inulin is more indicated for obtaining products with a low fat content such as ice cream, cake and soup, while oligofructose is indicated for yogurt with a low caloric value and in order to mask the residual flavor from high intensity sweeteners used in food preparation. Research has shown that inulin and oligofructose have prebiotic effects because they are not digestible and they can develop bifidogenic effects, improving the intestinal microflora. The simultaneous use of inulin and oligofructose with probiotic agents in food is recommended for symbiotic effects.
ResumoResíduos lignocelulósicos tais como bagaço de cana-de-açúcar, palha de arroz, casca de aveia e resíduos florestais representam fontes abundantes e não dispendiosas de carboidratos (celulose e hemicelulose) com potencial aplicação em processos de conversão química ou microbiana em produtos de interesse comercial. Xilose, o açúcar predominante na fração hemicelulósica pode ser convertido em xilitol. O xilitol é um poliol com propriedades físico-química importantes para as indústrias alimentícia e farmacêutica. É um composto com doçura semelhante à da sacarose, anticariogênico, tolerado por diabéticos e recomendado para pessoas obesas. Este poliol é produzido ,em grande escala, por hidrogenação catalítica da xilose presente em hidrolisados lignocelulósicos, porém as soluções obtidas por este processo requerem onerosos passos de purificação para obtenção do xilitol puro. Alternativamente, pode ser produzido por métodos biotecnológicos utilizando leveduras e/ou enzimas. Tais processos consistem na fermentação de hidrolisados hemicelulósicos de resíduos agroindustriais, e podem competir com o tradicional processo químico. O presente trabalho teve como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica sobre xilitol destacando os aspectos estruturais, as vias de obtenção e aplicações, principais substratos hemicelulósicos empregados em sua produção, hidrólise ácida e tratamento do hidrolisado hemicelulósico para utilização como substrato na obtenção de xilitol por via microbiana. Palavras-chave: Resíduos lignocelulósicos, hidrólise ácida, hidrolisado hemicelulósico, tratamento do hidrolisado, fermentação, xilitol. AbstractLignocellulosic residues, such as sugarcane bagasse, rice and oat straw and forest cuttings, are abundant and inexpensive sources of carbohydrates (cellulose and hemicellulose) with potential application in several conversion processes. Xylose, the predominant sugar in the hemicellulose fraction can be converted to xylitol. Xylitol is a polyol with some interesting properties that can make it an important product for the food and pharmaceutical industry. It is a compound with sweetness similar to that sucrose, is non-cariogenic, tolerated by diabetics and recommended for obese people. This polyol is currently produced by chemical catalysis of the xylose from lignocellulosic residues. However, this process needs expensive purification steps to obtain pure xylitol. Alternatively, it can be produced by biotechnological methods, using microorganisms, specially yeasts. These processes consist of hemicellulosic hydrolysate fermentation from agro-industrial residues, wich could compete with the traditional chemical method. The present work aims the accomplishment of a review about xylitol detaching 1 Parte da monografia apresentada ao
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