OBJETIVOS: Estudar as práticas sexuais de risco para a infecção pelo HIV de estudantes adultos jovens (18 a 25 anos) de escolas públicas noturnas e avaliar as diferenças de gênero e o impacto de um programa de prevenção de Aids. MÉTODOS: Estudo longitudinal de intervenção, em quatro escolas da região central do Município de São Paulo, SP, divididas aleatoriamente em dois grupos: intervenção e controle. Uma amostra de 394 estudantes participou do estudo, e 77% completaram o questionário pós-intervenção. Realizaram-se "Oficinas de Sexo Mais Seguro" para discutir simbolismo da Aids, percepção de risco, influências das normas de gênero nas atitudes, informações sobre Aids, corpo erótico e reprodutivo, prazer sexual e negociação do uso do preservativo. Para a análise estatística, foram empregados os testes qui-quadrado de Pearson e a análise de co-variância. RESULTADOS: A freqüência do uso consistente de preservativo foi baixa (33%), e existiam diferenças significativas entre homens e mulheres com referência à sexualidade e à prevenção de Aids. Ao avaliar os efeitos das oficinas, as mudanças foram estatisticamente significativas entre as mulheres, que relataram maior proporção de sexo protegido entre outros aspectos relacionados à prevenção da Aids. As mudanças não foram significativas entre os homens. CONCLUSÕES: O risco para a infecção pelo HIV pode ser diminuído, mas resultados mais expressivos podem ser encontrados se forem consideradas as diferenças de gênero e de papéis sexuais por meio de programas comunitários específicos de longa duração.
Studies demonstrated that men who have sex with men (MSM) have different lifestyles and occupied different cultural and social spaces. It is possible to understand the HIV transmission and vulnerabilities' factors through mapping sociometric networks and their subcultures. The main goal of this thesis is to describe how sexual subcultures of men that have sex with men, that attended bars and discos in two different districts of São Paulo, occupied different landscapes, and describe subcultures and sexual practices. An ethnographic mapping of two districts of São Paulo, with 58 gay bars and discos was done. Questionnaires were applied in 500 men (Centro and Jardins) about: demographic data, risk perception, sexual practices, aids prevention, and drug use. Interventions were applied during 12 months, with distribution of condom, lubricants, and informative material. Evidences on ethnographic mapping showed that Centro district has traditional and oldest bars, more hustlers' men and travesties, with identity images based on gender roles. Jardins district has refined bars, with image identity based on gay identity. The questionnaire demonstrated that 52% had risk sexual practices with regular partners, and 42% with casual partners. 71% did the antibody test, and 5% were positive for HIV. We found significant differences between districts. Men who go to bars and discos at Centro: were poor, less educated, black; had lower risk perception; they where less confident of preventive methods for aids; they have more sexual risk practices; agree more that they don't use condom because passion and because there are medicines to aids. Different sexual subcultures of MSM, sociometric networks, identity images and role performances occupy different spaces at São Paulo city, formatting different landscapes of HIV vulnerability. The concept of vulnerability landscapes emphasizes importance of interventions for aids prevention with community focus, acting on individual, social and programmatic components. Thinking in terms of developing prevention strategies that has the psychosocial emancipation how horizon, beyond the condom use increment, we need consider sociometric networks that occupy landscapes at the city, creating landscapes of actualization/realization of desires and vulnerabilities.
RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi o de caracterizar as condições de trabalho e investigar sintomas relacionados à saúde de catadores de materiais recicláveis, vinculados a Instituições de coletas na cidade de Curitiba-PR. A metodologia consistiu de duas etapas: seleção de duas instituições de coletas e entrevistas junto aos proprietários acerca do trabalho dos catadores; e seleção de 22 catadores, sendo 11 de cada Instituição para a análise das tarefas e atividades de trabalho, com embasamento na Ergonomia (Guérin et al., 1994); aplicação de um questionário contendo dados demográficos, sócio-econômicos, aspectos relacionados à saúde com sintomas de frequência semanal no último mês (baseados no UCU Stress Model Questionnaire), e questões relacionadas à como se sentem no trabalho (ansiosos, desamparados, frustados, humilhados). Dos entrevistados 72,7% eram do gênero masculino e 27,3% do gênero feminino. Os resultados indicaram que há uma precarização nas condições de trabalho nas categorias: perfil sócio-demográfico, condições físicas, condições ambientais, medos e receios, e processos do trabalho. Observou-se a presença de dores músculo-esqueléticas em 90,9% e cansaço físico em 95,5% dos entrevistados. Outros sintomas encontrados: 81,8% com dores de cabeça; 27,3% com erupções cutâneas, 45,5% com indigestão; 63,6% com oscilação de humor; 45,5% com dificuldade de concentração; 27,3% com insônia; entre outros. Também foram relatados: ansiedade (68,2%), desamparo (54,5%), frustração (59,1%), e humilhação (40,9%) entre os entrevistados. Concluiu-se que esta atividade pode afetar a saúde tanto física quanto mental dos trabalhadores, havendo necessidade de Políticas Públicas que promovam melhorias nas condições de trabalho.
ResumoO objetivo do artigo é discutir a territorialização das culturas sexuais homoeróticas em São Paulo, suas redes sociométricas e seu acesso à prevenção. Foi realizado um mapeamento etnográfi co de 58 bares e boates em dois bairros (Centro e Jardins) inclusivos da sociabilidade homossexual em São Paulo e 500 homens responderam a um questionário sobre prevenção da aids e suas práticas sexuais. O estudo identifi cou diferentes subculturas homoeróticas. No Centro, com bares mais antigos e tradicionais, era maior a presença de travestis e garotos de programa e de imagens identitárias mais referidas à divisão tradicional de papéis de gênero (feminino/masculino). No Jardins, onde os bares eram mais requintados, prevaleciam imagens baseadas na identidade gay. Os questionários indicaram que 52% dos homens mantinham relações sexuais sem proteção com parceiros fi xos e 42% com parceiros casuais. Diferenças signifi cativas foram observadas no Centro: os homens expressaram menor percepção do risco de se infectar e menor confi ança na prevenção; usavam menos frequentemente o preservativo que HSH no bairro dos Jardins e os motivos mais alegados eram "estar apaixonado" e a "existência de medicamentos para tratar a aids"; no Centro era maior a proporção de homens menos escolarizados, negros e pobres. Concluiu-se que nestes dois territórios formavam-se diferentes redes sociométricas expressando subculturas homoeróticas e contextos sociais-programáticos produtores de distintas vulnerabilidades ao HIV que, por sua vez, exigiriam abordagens específi cas para a prevenção entre HSH que as frequentam.Palavras-chave: Homossexuais, prevenção, aids, homens, redes sociométricas. Territories of Desire and Vulnerability to HIV among Man who Have Sex with Man: Challenges for Prevention AbstractThe aim of the paper is to discuss the territorialization of homoerotic sexual cultures in São Paulo city, their sociometric networks and their access to prevention. It was an ethnographic mapping of 58 1 Endereço para correspondência: Núcleo de Estudos para a
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