<p>O estudo realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC) com o apoio da Fundação Volkswagen teve como objetivo conhecer e compreender as condições em que se desenvolvem o ensino e a aprendizagem na segunda etapa do Ensino Fundamental – 5<sup>a</sup>. a 8<sup>a</sup>. série, em 2005 e 2006, antes da ampliação para nove anos.</p><p>Partindo de uma abordagem qualitativa de pesquisa, as informações foram coletadas em grupos focais de três escolas do Estado de São Paulo, entrevistas abertas com professores e gestores dessas instituições e questionários respondidos voluntariamente por 568 professores brasileiros por meio do Portal EducaRede.</p><p>Os dados revelaram uma crença, por parte dos pais, no potencial escolar de transformar a realidade dos seus filhos. No que diz respeito à escola, revelaram que, no exercício de sua função social, é preciso se enraizar na comunidade; que a relação com a família é um campo ainda atravessado por mútuas incompreensões sujeitas a ressignificações; que o maior desafio dos educadores é a gestão do tempo e dos aprendizados dos adolescentes.</p><p>O estudo contribuiu com questões e recomendações sobre a leitura, produção de textos e capacidade de aprender a aprender dos alunos; uma ampla formação dos professores que os levem à reinventar a escola e se reinventar como pessoas e profissionais; a importância dos gestores como líderes de um projeto participativo na escola; à participação pró-ativa da população alvo – os alunos.</p>
<p>O relato descreve o Projeto de Educação na Escola e na Comunidade, que teve início em 2005 por iniciativa da Associação Cairuçu em parceria com o Cenpec. O objetivo do Projeto é aumentar os níveis de aprendizagem de crianças e adolescentes de cinco comunidades periféricas do Município de Parati no Rio de Janeiro: Patrimônio, Ponta Negra, Quilombo Campinho da Independência, Sono e Laranjeiras. A proposta é intervir simultaneamente na escola – sobretudo na formação de professores – e na própria comunidade, principalmente pela ação de seus jovens que, ao mesmo tempo, ampliam seu universo informacional e cultural, promovendo oportunidades de aprendizagem em suas comunidades. O texto ressalta que, em todas as escolas, observou-se a necessidade de ampliar a formação dos professores e organizar com eles uma rotina de trabalho que garantisse as aprendizagens fundamentais em leitura e escrita. Nas comunidades, garantir o direito à educação é um desafio possível, mas, para isso, são fundamentais a iniciativa e o envolvimento das pessoas que ali residem. O relato conclui que é preciso que as comunidades queiram, valorizem e reconheçam como factíveis o acesso ao conhecimento em geral e ao conhecimento escolar – daí a importância de projetos na comunidade e na escola. Este relato apresenta apenas o início do Projeto e o trajeto percorrido até o momento, pois acredita que as comunidades e escolas precisam compreender as prioridades, acompanhando seu desempenho e resultados. Este é o berço que o Projeto está construindo para ancorar a continuidade dessa história.</p>
<p>Este depoimento remonta à infância da autora, quando o pai lhe apresentou a terra e as sementes. A partir do projeto desenvolvido por uma professora de Juazeiro, na Bahia, em 2005, a autora reflete sobre sua própria história de vida e o ato de aprender. A professora elaborou um projeto que tinha como objetivo ensinar nomes científicos e características de plantas que os alunos conhecem e que fazem parte de seu cotidiano. Dentre o conjunto de atividades planejadas, a professora fez uma delas com pipas, que, ao serem levantadas, espalham as sementes. Foi o momento “Aprendendo a Semear”. Esse fato fez a autora rever as ideias sobre semear e relembrar que aprender pode ser “leve”.</p>
Em que medida é possível entrelaçar o ser-fazer-saber das famílias com o ser-fazer-saber das escolas, para garantir o direito de aprender de nossos meninos e meninas?Essa foi a pergunta que norteou a escolha de conteúdos e estratégias utilizados nos encontros 1 com dez famílias do Barreiro, região com população predominantemente operária, no sul de Belo Horizonte, distante 18 km do centro.Apostando que a participação ativa e substantiva das famílias depende de um processo de animação e empoderamento delas próprias e, igualmente, de uma vontade política das escolas, três instituições se reuniramSecretaria Municipal de Educação, Fundação Itaú Social e Cenpec -em torno do trabalho ora apresentado.A opção por estudar com as famílias alguns conteú-dos mais densos baseou-se em três idéias-chave:• Toda pessoa pode avançar em sua aprendizagem, independentemente de seus pontos de partida, ou seja, da distância em que se encontram seus saberes e determinado objeto do conhecimento.• "As pessoas sabem o que querem, mas também querem o que não sabem. 2 " • A apropriação de determinados conteúdos e de aspectos da cultura escolar permite às famílias entradas mais qualificadas nas discussões. Três módulos organizaram o trabalho:1. Os sentidos da aprendizagem -módulo em que foram propostos, aos participantes, sobrevôos pelos sentidos do conhecimento, de forma mais geral, e visitações mais específicas à língua portuguesa, matemática e arte.* Maria Cristina Zelmanovits é pedagoga e coordenadora de desenvolvimento metodológico do Cenpec. Tem atuado como assessora de projetos de literatura e artes.
<p>Com base em observações e entrevistas, o relato descreve as atividades relacionadas ao Programa Escola da Família, ação da Secretaria de Estado da Educação, que consiste na abertura das escolas públicas estaduais aos finais de semana. Sua finalidade é de que estas recebam a comunidade do entorno com atividades voltadas ao esporte, à cultura, à saúde, ao mundo do trabalho e ao festejo. Para isso, são planejados e oferecidos cursos, oficinas e atividades artísticas e esportivas por aproximadamente 4 mil profissionais da educação, 18.600 estudantes universitários e 10.700 voluntários. O Programa cobre 41% das escolas da rede do Estado. Famílias dos alunos e a comunidade do entorno da escola são chamados para participar das atividades promovidas. O relato traz exemplo de ações realizadas em três escolas na região metropolitana de São Paulo.</p><p> </p>
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