A abertura da escola à família e à comunidade, há muito tempo considerada fundamental pelos bons educadores e confirmada pelas recentes pesquisas sobre índices de qualidade da educação, pressupõe convivência, reconhecimento mútuo, diálogo.Apesar de inúmeros esforços e conquistas nessa direção, a realidade que temos ainda está distante da que desejamos, ficando tal proposta, muitas vezes, apenas nos discursos e nas intenções, como visão romântica do assunto, trazendo quase sempre, experiências pontuais, descontínuas, de caráter assistencialista, afetivo ou conflituoso.É importante destacar que, quando nos referimos à importância da abertura da escola para os múltiplos contextos do seu entorno, reafirmamos sua ampla capilaridade na sociedade, seu forte poder de chegar às famílias e de mobilizar a comunidade.Podemos afirmar que a escola é um espaço concreto da expressão do público porque atende a diferentes segmentos sociais. Para ela, dirigem-se todos os dias milhares e milhares de crianças, adolescentes e jovens, durantes anos seguidos de suas vidas.De acordo com Sacristán (2001), a escola tem como função social: • a fundamentação da democracia; • o estímulo ao desenvolvimento da personalidade do sujeito; • a difusão e o incremento de conhecimento e da cultura em geral; • a inserção do sujeito no mundo; e • a custódia da criança e ou adolescente por certo período da vida.Para isso, há que se dedicar especial atenção a algumas ações, como cuidar dessa criança e/ou adolescente, tarefa nada fácil, nem exclusiva da escola, que precisa ser compartilhada com outras instituições sociais que também têm a educação como objetivo.Ao defender a abertura da escola para a família e a comunidade, não se pretende sobrecarregá-la com mais uma responsabilidade social, e sim convocar usuários e instituições públicas, governamentais ou não, do território em que está inserida, a compartilharem de seu projeto, na elaboração, acompanhamento e avaliação do processo pedagógico.Afinal, por força constitucional, todos − estado, família e sociedade − são responsáveis pela educação das crianças e dos adolescentes.Por outro lado, a aproximação da família e da comunidade com a escola, incluindo as instituições do poder público local e as entidades não governamentais, é primordial para que a rede de proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente seja tecida, de maneira a incluir todos, não permitindo nenhum tipo de exclusão.É assim que se impõem a necessidade e o desafio de a escola articular-se com diferentes setores públicos e privados do bairro e da cidade, sem fragmentar-se, sem perder sua identidade e função e, sobretudo, sem perder seu caráter público e democrático.Quando a escola dialoga com outros espaços de educação, buscando parcerias que têm os mesmos propósitos educacionais, sem intenção de substituir o poder público, começa a se empoderar. E professores, gestores, funcionários, pais, alunos e parceiros assumem papel ativo na educação das futuras gerações.Nesse processo, a escola torna-se referência de fonte de conhecim...
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