http://dx.doi.org/10.5902/1984686X5434 Analisam-se criticamente premissas subjacentes à Educação Inclusiva, argumentando-se que essa somente poderá ser bem sucedidamente efetivada quando compreendida num contexto mais amplo de inclusão e exclusão social. Metodologicamente, esse é um trabalho de discussão conceitual, e se apoia em documentos nacionais e internacionais de referência sobre a Educação Inclusiva, escolhidos por sistematizarem e caracterizarem diferentes práticas educacionais e sociais inclusivas, favorecendo o debate sobre esse tema. Como resultado dessa análise conclui-se que é essencial para a Educação Inclusiva que as instituições educacionais revejam seus objetivos e razões de existência social. Nas considerações finais defende-se que a Educação seja compreendida como o ato de favorecer e acolher os esforços dos sujeitos em suas tentativas de envolverem-se na rede de engajamentos sociais, que sustenta o viver. Isso inclui a aceitação de outras interpretações da realidade e a compreensão de que uma ação educacional efetivamente inclusiva não pode ficar restrita aos muros das instituições. Exige a participação de toda coletividade. Perspectivas capazes de favorecer ações educacionais e sociais inclusivas são sugeridas. Palavras-chave: Educação inclusiva; Inclusão social; comunidade.
Resumo: O objetivo do artigo é discutir e analisar a questão da autonomia e do processo de tomada de decisão na deficiência intelectual, refletindo-se sobre possíveis caminhos para equilibrar a necessidade e o direito de autodeterminar-se das pessoas deficientes intelectuais e suas particularidades de engajamento no mundo. Metodologicamente, trata-se de uma revisão bibliográfica crítico-reflexiva, esquematizada nas seguintes categorias: (a) a compreensão do conceito de autonomia e de tomada de decisão como processos sócio-históricos, vinculados à circunstancialidade dos sujeitos, (b) as relações possíveis de serem estabelecidas entre estes conceitos, como assim concebidos, e a deficiência intelectual e (c) a proposição de ações e reflexões que possam impulsionar a autonomia decisória dos deficientes intelectuais. O referencial teórico se baseia em teorias "não racionais" de tomada de decisão, na perspectiva desenvolvimentista sistêmica de compreensão do desenvolvimento humano e numa filosofia de educação na deficiência centrada na pessoa. Como resultados se assevera que fazer escolhas e tomar decisões, autodeterminando-se, se configura num processo de aprendizagem sociocultural, no qual a pessoa com deficiência intelectual precisa ser envolvida. Propostas educacionais devem contemplar esta preocupação, nos vários âmbitos da vida. Isto se constitui como um direito fundamental da pessoa com deficiência. Palavras-chave: defi ciência intelectual, processo decisório, autonomia.
As assim chamadas “metodologias participativas e ativas de ensino”, uma das principais vertentes do ensino contemporâneo, defendem a centralidade do papel (pró)ativo do aprendente na arquitetura do seu processo de aprendizagem. Ao defender que a aprendizagem transcorra em tempo e contextos reais, próximos à circunstancialidade dos sujeitos, incorporando um alto nível de motivação e de engajamento pessoal, essas metodologias vêm sendo consideradas como as mais favoráveis para discutir e enfrentar os desafios da vida profissional, social e pessoal dos aprendentes. São inúmeros os estudos presentemente realizados no campo das metodologias ativas.Contudo, direcionam-se, majoritariamente, para a aplicação dessas metodologias em determinados contextos de aprendizagem, nos parecendo existir uma lacuna na discussão dos seus princípios e bases gerais. Assim, o presente artigo propõe-se colaborar para essa discussão, elaborando uma tessitura das principais definições dessas metodologias, os princípios epistemológicos que se encontram subjacentes, bem como suas limitações, potenciais e vertentes mais atuais. Metodologicamente, trata-se de uma síntese conceitual de literatura, realizada a partir de documentos de referência no campo das metodologias ativas e participativas, em especial considerando aqueles que analisam o emprego dessas metodologias no ensino de adultos e na formação profissional. Como resultados, argumentamos que as metodologias ativas e participativas podem colaborar para qualificar o ensino de adultos e a formação profissional, desde que não se restrinjam a instrumentalizar o processo formativo, organizando-se para desenvolver uma aprendizagem significativamente profunda, tanto em termos de compreensão, como de desenvolvimento de habilidades e de engajamento com a valorização da vida pessoal e comunitária.
Tem como objetivo discutir a (não) aprendizagem de conceitos acadêmicos e de condutas e hábitos socialmente validados como parâmetro de (a)normalidade e, assim, de exclusão social. A argumentação base é a de que as definições de (a)normalidade, principalmente as que categorizam a deficiência mental, se atêm, primeiramente, a determinadas concepções do que é a mente, do que significa aprender e de quem é o sujeito cognoscente, antes que a atributos portados pelo "anormal" em si. Metodologicamente, a questão da constituição da (a)normalidade da aprendizagem é analisada sob três modelos de cognição: o cognitivismo, o conexionismo e o dinamicismo. Pelos resultados se levanta a reflexão de que, concebendo-se a cognição por referenciais teóricos ligados ao dinamicismo, as delimitações de anormalidade mental, ora existentes, se fragilizam. Como conclusão, longe de negar a existência da deficiência, se assevera que é possível conceber o deficiente como um ser não afastado da ordem, abrindo caminhos para pensar práticas socioeducacionais que lhe permitam constituir-se, de fato, como sujeito. Palavras-chave: aprendizagem; cognição; deficiência; sujeito cognoscente. Abstract The aim of this article is to debate the (non) learning of academic concepts, behaviors and habits socially validated as parameter of (ab)normality, and thus, of social exclusion. The basic claim is that the current definitions of (ab)normality, mainly the ones that categorize the mental deficiency, if abides firstly to definitive conceptions about "what is the mind", "what does it mean to learn" and "who is the cognoscenti being"; before that the attributes carried for the "abnormal person" himself. Methodologically speaking the question of the learning ab(normality) constitution is analyzed in three cognitive models: the cognitivism, the conexionism and the dynamicism. From the results, one reflects the following: when conceiving cognition on dynamicism, the existing theoretical bias of mental abnormality is powerless. Far from the denying the existence of the deficiency as conclusion, one claims that it is possible to conceive the person with special needs not as a being drawn away from the order, opening ways to think socio-educational practices that allows him to be, in fact, a being. Keywords: learning; cognition; deficiency; cognoscente being.
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