Resumo: O artigo trata da produção de narrativas na formação de alunos de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade de Brasília, à luz das ideias de Larrosa sobre saber da experiência e tendo, como referencial metodológico de pesquisa, as narrativas autobiográficas. As narrativas estudadas foram produzidas em duas disciplinas, e indicam uma autorreflexão dos licenciandos sobre seu percurso de formação desde estudante de Educação Básica até sua vivência no estágio supervisionado. Os elementos que orientam as reflexões aqui desenvolvidas destacam: o papel da subjetividade na formação do professor; o ato de narrar como facilitador de uma autocompreensão; e o papel das narrativas autobiográficas como metodologia de pesquisa e formação de professores.Palavras-chave: Ensino de Biologia. Narrativas autobiográficas. Formação de professores. Reflexão.Abstract: This paper deals with the production of narratives by students on the biology education teachers' undergraduate program at Universidade de Brasília, in the light of the ideas of Larrosa about the wisdom of experience as well as the methodological and empirical framework of autobiographical narratives. The narratives were produced in two undergraduate courses and show how the students could make a self-reflection about their journey to become a teacher, from their past as students of basic education to their experience in the supervised training courses. The elements that guide the reflections highlight the role of subjectivity in teacher education, the act of narration as a facilitator of self-understanding and the role of autobiographical narratives as a research methodology and as an instrument of teacher training.
RESUMO: Trata-se de pesquisa-ação desenvolvida com jovens e adultos de uma escola pública do Distrito Fed-eral, Brasil. A articulação entre saberes escolares e saberes da experiência se deu numa oficina em que conteúdos de zoologia foram trabalhados a partir da relação entre os estudantes e animais não hu-manos. As histórias foram compartilhadas em roda e os textos produzidos foram expostos em varal literário no pátio da escola. A proposta baseia-se nas premissas freireanas e nas relações delas com outros autores, segundo os quais todo professor é um professor de leitura e produção de textos; a es-cola é instância legítima de construção de conhecimento; todo aprendizado é um exercício de releitura de sua experiência. Decorre desta pesquisa que é possível organizar atividades que valorizem as trajetórias de vida particulares dos sujeitos sem deixar de ensinar ciências, com o benefício de favorecer a construção de memória pessoal e coletiva.
Este artigo traz uma sistematização e análise da produção de pesquisa emeducação ambiental (EA) a partir do levantamento dos trabalhos apresentados noGrupo de Trabalho (GT) Ambiente, Sociedade e Educação. O GT integra o Encontroda Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade(ANPPAS), que ocorre desde 2002 com periodicidade bianual. A análise buscaidentificar ênfases temáticas e teórico-metodológicas presentes no GT e, dessaforma, contribuir para a reflexão a respeito da produção de pesquisa em EA noâmbito dessa associação.
O artigo discute a questão da compreensão desde a experiência da obra de arte e do jogo como modelos da compreensão em Gadamer. Desde esta perspectiva, tematiza a abertura e o engajamento como aspectos constitutivos da experiência de compreensão do mundo na perspectiva da hermenêutica e explora suas consequências em termos do pertencimento ao ambiente, no sentido de um ambiente-mundo. Propõe, em continuidade com esta abordagem, a noção de paisagem como engajamento e pertencimento ao "corpo do mundo". Para fundamentar este conceito de paisagem, são acionadas a antropologia ecológica de Tim Ingold e a fenomenologia de Merleau-Ponty, que sugerem, cada uma a seu modo, a continuidade na relação humanos/não-humanos. Ao final, são apontados desdobramentos de uma epistemologia compreensiva para a educação ambiental a partir da reflexão sobre uma intervenção educativa de pesquisa-ação em educação ambiental no Vale do Ribeira.
Interpretamos duas narrativas autobiográficas de um dos autores do artigo, buscando responder às questões: Como esse contar sobre a história vida de um professor colabora para a formação docente? Que contribuições a abordagem (auto)biográfica e a hermenêutica trazem às narrativas e à formação de professores? Na interpretação das narrativas utilizamos a noção de tempo de Ricoeur (2010) e de aprendizagens experienciais de Josso (2010). As histórias estão preenchidas por imagens-vestígios e imagens-sinais. Na narrativa, a memória resgata do passado imagens-vestígios enquanto que a expectativa evoca acontecimentos que ainda não existem na forma de imagens-sinais, antecipando o futuro. Então, o brincar de ser professor na infância funcionou como uma imagem-vestígio que a memória do narrador resgatou no presente. Ao ser trazida para as narrativas, essa brincadeira antecipou um futuro que está presente, sua condição de professor. Como conclusão encontramos que: a) os estudos (auto)biográficos podem favorecer a reflexão do professor, de modo que se volte sobre sua própria história de vida e possa tornar-se sujeito de sua formação; b) pela escrita das narrativas o sujeito ganha existência, sintoniza-se com a sua história, atualizando-a, revisitando imagens de um tempo vivido consigo mesmo, com outras pessoas e em diferentes contextos.
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