RESUMO Fomos instadas a essa discussão pela “perseguição” sofrida pela escola no momento de pandemia de Covid-19, perseguição esta à qual é nosso dever ético-político responder. Trata-se de um ensaio que pretende problematizar o servir da escola - que parece lhe conferir sentidos -, defendendo que tais sentidos só aparecem na relação com o outro que os constitui e que perturba, também, nossa própria subjetivação. A escola, como nome, só existe porque integra o todo vivido da experiência com o mundo e conosco e, portanto, não pode ser definida a priori ou por um servir. Na construção do texto fomos assombradas por conversas detonadas pela interpelação “para que serve a escola?”, vinda de professores e agentes administrativos da rede municipal de Educação da cidade de Niterói, Rio de Janeiro. Do ponto de vista teórico, dialogamos principalmente com Judith Butler, Janet Miller e Gert Biesta, para defender que uma teoria pedagógica responsável ou responsiva precisa fazer qualquer ideal de escola vir acompanhado de sua desconstrução.
No Estado do Rio Grande do Norte a formação de professores em torno da Base Nacional Comum Curricular para o ensino fundamental (BNCC) tem ganhado corpo através de agentes como as Diretorias Regionais de Educação e Cultura, em articulação com a Secretaria do Estado da Educação e da Cultura, e Secretarias Municipais de Educação. Neste texto, interessa-nos discutir, a partir de uma visão pós-fundacional, a ideia de implementação da base, considerando o Documento Curricular do Rio Grande do Norte (DCRN) e outros materiais utilizados por esses agentes no processo de formação de professores, cujo protagonismo é exercido pelos coordenadores pedagógicos como multiplicadores de uma formação alinhada à base. Além do conjunto de materiais, lançamos mão de narrativas dos agentes multiplicadores da formação, em um grupo de rede social, que chamamos de grupo focal à base. Nosso interesse é entender como os sujeitos formadores têm significado formação de professores, tomando como referência o DCRN, sem perder de vista o comum da BNCC. Argumentamos que a formação produz deslocamentos em que a escola é recolocada como campo de disputa que tenciona o sentido de educação de qualidade pela significação da formação como insuficiente, ainda que disruptiva. A nossa defesa é que, embora não se divorcie da norma, o processo de formação como implementação de currículos no Rio Grande do Norte pode ser potente para, entre fixações, ficções e tensões, produzir novos arquivos e, por vezes, novos sentidos.
O tema do nosso trabalho é a análise da obra Vie de Louis VI Le Gros, escrita pelo abade Suger. Esta crônica é a narrativa do reinado do monarca francês, Luís VI (1108-1137), feita pelo abade Suger, testemunha ocular dos acontecimentos nela narrados. No nosso entender a obra reveste-se de bastante interesse para o historiador, visto que através dela podemos tentar compreender como os intelectuais da Igreja relacionavam- se com o poder secular e os motivos que os levaram a apoiar ou condenar as determinações reais.
Esse escrito busca resenhar o pensamento de Elizabeth Macedo em textos referentes a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nele irei tecer interpretações sobre os seguintes textos: 1) “Base nacional curricular comum: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação”, (MACEDO, 2014); 2) “Base nacional curricular comum: a falsa oposição entre conhecimento para fazer algo e conhecimento em si”, (MACEDO, 2016); 3) “As demandas conservadoras do movimento escola sem partido e a Base Nacional Curricular Comum”, (MACEDO, 2017); 4) “‘A base é a base’. E o currículo o que é?”, (MACEDO, 2018); e 5) “Fazendo a base virar realidade: competências e o germe da comparação”, (MACEDO, 2019). O que busco a partir do pensamento de Macedo, é situar os agentes políticos que têm atuado na tentativa de hegemonização de uma base sobre o pretexto de mais qualidade na educação e justiça social. O ponto central é pensar, já que a base foi implementada, seus sentidos, e como os escritos da pesquisadora foram se desdobrando entre os anos de 2014 a 2019 na tentativa de apresentar os significantes à BNCC.
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