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Introdução: O megaesôfago consiste na dilatação da luz esofágica secundária a progressiva lesão do plexo intramural do esôfago, levando a um déficit no relaxamento ou não relaxamento do esfíncter esofágico inferior (EEI), a Acalasia, com aparecimento de contrações não peristálticas (ondas terciárias), ondas peristálticas com menor amplitude, até aperistalse do corpo esofageano, sendo atualmente a maioria dos casos de origem idiopática. Segundo classificação de Mascarenhas, que varia de I a IV conforme o seu diâmetro transverso observado na radiografia baritada do esôfago. Em estágios iniciais, a cardiomiotomia é preconizada, no megaesôfago avançado (grau IV) prioriza-se a esofagectomia, entretanto, quando o paciente não apresenta um PS (Performance-status) adequado, pode-se empregar cirurgia de Serra-Dória ou Thal Hatafuku. Objetivo: Apresentar caso de um paciente com megaesôfago Grau IV submetido à mucosectomia esofágica no serviço público de Rondônia, como alternativa viável a esofagectomia. Relato de caso: Paciente masculino, 58 anos, diagnosticado com megaesôfago de origem idiopática, Mascarenhas IV pelo REED. Realizou endoscopia com cromoscopia, sem evidências para displasia. Bom PS, sem comorbidades. Procedimento realizado através de laparotomia xifo-umbilical e cervicotomia lateral esquerda. Com mucosa íntegra após dissecção, possibilitando a transposição do tubo gástrico recém confeccionado até a região cervical, através da túnica muscular do esôfago. Recebeu alta após 3 semanas de internação por fístula da anastomose esôfago-gástrica, com tratamento conservador. Discussão: O tratamento ideal do megesôfago avançado (Grau IV) consiste na esofagectomia, porém, esta cirurgia apresenta alta morbidade cirúrgica com manipulação do mediastino posterior promovendo maiores complicações quando comparados à mucosectomia, principalmente, complicações pleuropulmonares como demonstrado por Oliveira et al. (2008), onde houve o dobro de complicações pós-operatórias (65% vs 35%, p < 0,05), além do maior tempo cirúrgico e de hospitalização. Conclusão: Considera-se a mucosectomia como alternativa plausível, com técnica reprodutível, segura e de menor tempo cirúrgico para tratar megaesôfago de origem idiopática.
Objetivo: Evidenciar através da literatura a eficácia da Endoscopia Digestiva Alta (EDA) no pré-operatório de cirurgia bariátrica. Revisão bibliográfica: Em indivíduos obesos, os quais já foram submetidos a diversas opções de tratamentos farmacológicos e comportamentais, a cirurgia bariátrica surge como procedimento ímpar para mitigação da obesidade e de diversas comorbidades relacionadas. Como pré-operatório, muitos cirurgiões utilizam a EDA para diagnóstico e tratamento de possíveis patologias que influenciem na cirurgia a ser realizada. Consideração finais: Apesar da EDA ser uma intervenção utilizada para o diagnóstico de doenças do trato gastrointestinal, a mesma acaba contribuindo na prevenção de complicações que possam afetar o período pós-operatório e até mesmo o operatório em si. Dessa forma, torna-se viável o uso dessa intervenção no pré-operatório devido a relevância que esse procedimento ocasiona para a saúde e bem-estar do paciente. Diante disso, nota-se que a EDA é necessária para evitar possíveis complicações que possam afetar o pós-operatório da cirurgia bariátrica, tornando o procedimento mais seguro e evitando a morbidade e mortalidade.
Introdução: As neoplasias dos adipócitos são um grupo histologicamente diverso, sendo os lipomas, tumores benignos, uma entidade de difícil diagnóstico. Nesse sentido, a lipomatose intestinal se constitui como uma rara apresentação dos lipomas, o qual é diagnosticado por meios tomográficos ou endoscópicos quando cursam com complicações, dentre elas: obstruções, intussuscepção ou vólvulo. Objetivo: Devido à raridade de sua apresentação, pretende-se relatar o caso de lipomatose em apêndice cecal diagnosticada por intermédio de exame anatomopatológico após apendicectomia. Relato de caso: Paciente de 27 anos, masculino, teve biópsia colhida e enviada ao setor de patologia cirúrgica do Hospital de Base Ary Pinheiro. Apresentava-se com o apêndice cecal íntegro, em recipiente de formalina, revestido por serosa congesta. À microscopia, foi observado tecido adiposo maduro, bem diferenciado, com infiltrado neutrofílico, o que caracteriza uma serosite fibrinoleucocitária. Discussão: O diagnóstico de lipomatose, geralmente, se faz por uso de métodos imagiológicos e, muitas vezes, de forma acidental. Entretanto, o caso analisado dispunha de uma serosite fibrinoleucocitária, a qual caracteriza uma periapendicite, ou seja, uma inflamação com infiltrado da serosa sem envolvimento da mucosa do apêndice. Tal situação clínica mimetiza a apendicite convencional, a qual é tratada com ressecção do órgão. Desta forma, o exame anatomopatológico se fez essencial para a diferenciação da patologia da amostra, a qual pode fornecer subsídios para um tratamento diferenciado, visto que a periapendicite, em grande maioria dos casos, é manifestaçaõ de outra patologia de base. Conclusão: Evidencia-se, portanto, que os lipomas intestinais são tumores incomuns e pouco descritos na literatura, sendo que a lipomatose em apêndice cecal analisada pode ser fonte de informações para melhor acolher e tratar quadros similares. Logo, a sua histologia e investigação patológica permitiu o diagnóstico de uma lipomatose em apêndice cecal com uma serosite fibrinoleucocitária, a última com provável origem de uma periapendicite.
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