Objetivo: Esclarecer a eficácia do Implante Valvar Aórtico Transcateter (TAVI) no tratamento da estenose valvar aórtica revisando suas evidências clínicas, comparando com o tratamento cirúrgico convencional e evidenciando suas limitações, complicações e custo efetividade a partir da análise da produção científica atual sobre o tema. Revisão bibliográfica: A Estenose Aórtica (EA) é uma doença comum do sistema cardiovascular e que pode levar à deterioração progressiva do ventrículo esquerdo. Em muitos casos, a intervenção cirúrgica é necessária a fim de garantir a sobrevida do paciente. Dentre as técnicas disponíveis, o TAVI, quando comparado à cirurgia convencional, garante áreas valvares maiores e com melhores desempenhos hemodinâmicos, reduz o tempo cirúrgico e de recuperação pós-operatória e, ainda, mostrou-se superior em relação à ocorrência de algumas complicações. Dessa forma, o TAVI é tido como técnica padrão-ouro para pacientes de alto risco e uma opção para médio e baixo risco. Considerações finais: O TAVI apresenta benefícios no tratamento da EA, principalmente em pacientes graves onde a cirurgia convencional é contraindicada. Entretanto, o custo, a falta de conhecimento médico sobre a técnica e de estrutura hospitalar adequada podem ser fatores limitantes no nosso país.
Introdução: A síndrome neurológica pós-malária (SNPM) é uma complicação rara que acomete indivíduos previamente infectados pelo Plasmodium falciparum ou Plasmodium vivax. As manifestações neurológicas são vastas, tendo múltiplos diagnósticos diferenciais, incluindo patologias de mau prognóstico. A fisiopatologia ainda é incerta, sendo relacionada a mecanismos autoimunes ou até mesmo ao uso de antimaláricos, o que reforça a necessidade de mais estudos para esclarecer a correlação entre PMNS e o uso desses medicamentos. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica acerca das causas, apresentação clínica e diagnóstico da SNPM. Materiais e Métodos: Revisão integrativa nas plataformas PubMed e Scielo, utilizando os descritores do Decs e do MeSH, limitando-se a produções de 2017 a 2021. Foram buscados os termos: “síndrome neurológica pós-malária”, “sistema nervoso e malária” e “malária cerebral”. Resultados: A SNPM é significativamente mais frequente em pacientes com a forma grave da doença. Tem início cerca de 15 dias após a eliminação total do parasita, mas pode se manifestar em até 2 meses após o quadro de aparasitemia, fato que a diferencia da malária cerebral. A clínica inclui febre, confusão, convulsões, psicose, mioclonia, afasia, tremores e sintomas cerebelares. Na maioria dos casos há alterações no encefalograma e acometimento de substância branca na ressonância magnética, sugerindo encefalomielite disseminada aguda (EDA) ou encefalite autoimune. Na análise do líquor, pode haver pleocitose linfocítica e hiperproteinemia. Conclusão: A SNPM, apesar de rara e autolimitada, deve ser considerada entre os diagnósticos diferenciais devido à sua possível subnotificação, especialmente entre aqueles pacientes com histórico recente de recuperação de malária que, posteriormente, evoluíram para um quadro neurológico. Ademais, a similaridade clínica entre SNPM e EDA – outra complicação neurológica da malária – demonstra a importância de serem criados critérios diagnósticos bem definidos, principalmente nas regiões endêmicas desta patologia. Ainda, apesar da suspeita que a mefloquina usada no tratamento para malária seja um fator de risco para SNPM, faltam estudos conclusivos que esclareçam se há associação entre esses dois fatores. Isto reforça a necessidade de maior investigação para alternativas farmacológicas no tratamento da malária, uma doença notadamente negligenciada no Brasil.
INTRODUÇÃO: O lúpus eritematoso neonatal (LEN), é uma patologia imunológica caracterizada pela presença de anticorpos maternos IgG específicos anti-Ro e anti-La capazes de atravessar a barreira placentária, culminando em lesões nos neonatos. As manifestações cardíacas serão abordadas nesse resumo, mas além desta, existem as manifestações hematológicas, hepáticas, cutâneas e neurológicas. OBJETIVOS: realizar revisão bibliográfica acerca da imunopatologia transplacentária em neonatos e suas consequentes manifestações clínicas no âmbito da cardiologia. MATERIAL E MÉTODOS: Revisão integrativa nas plataformas PubMed e Scielo, utilizando os descritores do Decs e do MeSH, limitando-se a produções de 2018 a 2021. Foram buscados os termos: “Lupus Erythematosus, Systemic” “immunology” e “pregnancy”. RESULTADOS: O LEN é uma doença autoimune na qual ocorre transferência materno passiva de autoanticorpos contra os antígenos Ro e La do feto. Os anticorpos anti-Ro reconhecem as proteínas celulares Ro52/52kD (presente no núcleo e citoplasma) e a Ro60/60kD (localizada no núcleo e nucléolo). Já os anticorpos anti-La reconhecem a proteína 47kD (situada entre o núcleo e o citoplasma). Durante a gestação, entre a 18ª e 26ª semana, os anticorpos Ro e La maternos se translocam, através da placenta, e ligam-se aos antígenos Ro e La na superfície dos cadiomiócitos fetais. Esses anticorpos maternos são fagocitados pelos macrófagos, gerando inflamação local que resultará na fibrose atrioventricular (AV). Consequentemente, o ventrículo realizará um bombeamento próprio e em ritmo lento, uma vez que não haverá passagem dos ritmos cardíacos atrioventriculares, visto que o nó AV está disfuncional. Além do bloqueio AV, a reação anticorpo-antígeno pode resultar em outras alterações cardíacas, como bradicardia sinusal, prolongamento do intervalo QT, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca congestiva, miocardite e anormalidades valvares. Para avaliar estrutura, ritmo e função do coração, é recomendado ecocardiografia fetal na 16ª semana de gestação em grávidas com teste positivo para anticorpos anti-Ro e anti-La ou com historia prévia de filho com lúpus neonatal. CONCLUSÃO: As manifestações cardíacas do LEN são significativas em razão de sua gravidade. Assim, o diagnóstico deve ser realizado principalmente pelo acompanhamento médico, por meio da clínica e ecocardiograma fetal. O prognóstico e tratamento dependerão das manifestações cardíacas evidenciadas e do grau de acometimento.
No abstract
Objetivo: Descrever e discutir o desenvolvimento de complicações ginecológicas após o Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH), entre elas a Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro (DECH). Revisão Bibliográfica: Esta complicação ocorre quando há um ataque imunológico das células da medula transplantada contra o receptor e afeta órgãos como pulmão, pele, trato gastrointestinal e mucosas. Além disso, a DECH representa uma das principais causas de morbimortalidade ocasionada pelo TCTH e isso ocorre devido à falta de acompanhamento médico regular e de informações sobre as condutas preventivas pré e pós transplante. Quando ocorrem manifestações ginecológicas, os tratamentos são baseados em terapia hormonal sistêmica, fármacos tópicos e dilatadores vaginais. Considerações finais: A partir desta revisão narrativa sobre o tema, reforça-se a importância da regularidade dos exames ginecológicos em pacientes que se submeteram a TCTH e, considerando que os achados são majoritariamente clínicos e nem sempre evidenciados em biópsia, cabe aos ginecologistas se atentarem à conduta para com essas mulheres, orientando-as acerca de possíveis complicações, visto que muitas vezes são relevadas ante o desconhecimento ou insegurança das pacientes.
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