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A automedicação e a prescrição inapropriada são sérios problemas de saúde pública, gerando riscos à saúde. Devido à pandemia do coronavírus e à COVID-19, houve uma urgência para obtenção de terapêuticas, embora muita especulação impulsionou hábitos deletérios quanto ao uso de medicamentos. Objetivo: Avaliar os possíveis efeitos sistêmicos ocasionados por doses diferentes de Ivermectina. Métodos: Usando um modelo animal de ratos Wistar, os animais foram divididos em 4 grupos de 10 integrantes, sendo tratados oralmente com: i. salina (controle – placebo); ii. suspensão de Ivermectina 300 µg/Kg/dia; iii. suspensão de Ivermectina 500 µg/Kg/dia; e iv. suspensão de Ivermectina 1000 µg/Kg/dia. Após as 6 semanas de experimento, os ratos foram eutanasiados e amostras de soro coletadas, com realização de provas de função hepática (ALT e AST) e renal (creatinina e ureia), bem como avaliação histológica do fígado, rins, coração e glândulas salivares. Resultados: Os tratamentos com doses de Ivermectina de até 1000 µg/kg/dia não afetaram os níveis de ALT e AST, creatinina e ureia, comparados ao grupo controle-placebo (p > 0,05), sendo que tais doses também não causaram danos morfológicos nos rins, coração e glândulas salivares. Apenas a dose de 1000 µg/kg/dia promoveu ligeira alteração na morfologia hepática. Conclusões: Doses de Ivermectina até 1000 µg/kg/dia não promoveram alterações funcionais nos órgãos avaliados, com exceção para a dose de 1000 µg/kg/dia no fígado. Devido às limitações do modelo animal adotado, outros estudos em diferentes modelos experimentais devem ser conduzidos para corroborar estes achados preliminares, visando esclarecer a possível segurança da Ivermectina.
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