Resumo Redes sociais, especificamente de articulação entre serviços das políticas sociais, são incentivadas como forma de aumento da efetividade das ações, podendo promover maior suporte social, devendo ser implementadas pela gestão pública. Contudo, elas podem também produzir controle da vida dos pobres. Objetivou-se mapear as redes sociais em Campinas-SP, e investigar a estratégia de articulação entre os serviços das políticas de assistência social, educação e saúde como possível instrumento de suporte social. Para tanto, foram entrevistados 13 dos 15 coordenadores distritais das políticas sociais, aplicado questionários com terapeutas ocupacionais, com a colaboração de 47,2% (n = 17) das profissionais municipais e realizada observação de duas redes por quatro meses. Foram mapeadas 78 redes, com predominância no setor da saúde. Foram discutidas as categorias: O que é rede? Quem realiza as ações em rede? Quais as atribuições da rede? Suporte social ou controle? Conclui-se que há um distanciamento entre discurso e prática. Por um lado, há consenso em torno da necessidade das redes; por outro, não se possibilita mudanças institucionais para sua efetivação. Além de sua função parecer ser ambivalente, uma vez que procuram garantir suporte, são também dispositivos de controle.
Resumo A formação de redes como estratégia de ação técnica tem se caracterizado como uma temática amplamente defendida no bojo das políticas sociais, as quais são historicamente organizadas em setores e precisam ter suas atuações reorganizadas em vista das cada vez mais complexas demandas sociais. O trabalho em rede é compreendido como um recurso de enfrentamento à questão social e suas consequências, e como ferramenta para efetivação de propostas de intervenção junto à população assistida. A terapia ocupacional pode utilizar da criação e/ou fortalecimento das redes sociais como processos que buscam garantir maior autonomia e inserção social a pessoas ou grupos que vivenciam processos de ruptura em suas vidas. Objetivou-se investigar a estratégia de articulação intersetorial entre os serviços que compõem as políticas sociais em Campinas - SP como possível ferramenta de suporte, enfocando a atuação de terapeutas ocupacionais. Como método, 13 coordenadores distritais das áreas de assistência social, educação e saúde foram entrevistadas e 17 das 36 terapeutas ocupacionais (47%) que atuam na rede municipal responderam a um questionário. Além disso, observou-se duas redes institucionais por quatro meses. Por fim, nove terapeutas ocupacionais participaram de um encontro presencial para discutir sua experiência e papel nas redes. Aqui analisam-se os dados dos questionários e grupo com as profissionais. Conclui-se que, considerando a centralidade da (re)inserção social como objetivo da terapia ocupacional, somada a características como disponibilidade e flexibilidade, o fomento de redes intersetoriais é integrado ao seu trabalho; contudo, essa não pode ser considerada uma ação profissional específica ou exclusiva.
The formation of networks as a strategy for professional action is a broadly advocated theme within the framework of social policies, which have been historically organized in sectors and need to have their actions reorganized in view of the increasingly complex social demands. Networking is understood as a resource to confront the social question and its consequences, and as a tool for effecting proposals for professional intervention. Occupational therapy can use the creation and/or strengthening of social networks as processes that seek to ensure greater autonomy and social insertion to individuals or groups who are experiencing processes of rupture in their lives. This study aimed to investigate the strategy of forming intersectoral networks between the services that comprise social policies in the municipality of Campinas, state of São Paulo, Brazil, as a possible support tool focusing on the work of occupational therapists. As a method, 13 district coordinators from the social assistance, education and health areas were interviewed and a questionnaire was applied to 17 of the 36 occupational therapists (47%) working in the municipal network. In addition, two institutional networks were observed for four months. Finally, nine occupational therapists participated in a face-to-face meeting to discuss their experience and role in networks. Here, the data from the questionnaires and the group with the professionals are analyzed. In conclusion, considering the centrality of social (re)insertion as an objective of the occupational therapists, in addition to characteristics such as availability and flexibility, the promotion of intersectoral networks is a part of this work; however, this cannot be considered a specific or exclusive professional action.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.