RESUMO A atenção integral em saúde mental é um desafio para os serviços de saúde, sobretudo no que diz respeito ao acompanhamento não psiquiátrico. O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão bibliográfica acerca do atendimento ofertado ao paciente com transtorno mental grave, internado no hospital geral devido a complicações clínico-cirúrgicas. Como resultado, verifica-se que as publicações, ainda que escassas, indicam que o louco é considerado perigoso, violento e imprevisível. Assim, conclui-se que não basta criar no hospital geral leitos de atenção integral a pacientes com transtorno mental sem que se promova espaços de elaboração das representações negativas associadas à loucura.
Esse artigo discute o apoio matricial em saúde mental na Atenção Primária à Saúde (APS) no contexto da pandemia da covid-19. Para isso, foi realizada uma análise de conteúdo temática dos portfólios produzidos durante a Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Após a análise dos materiais foram criadas quatro unidades temáticas de discussão: a saúde mental na APS; o apoio matricial em saúde mental na APS; a APS na pandemia de covid-19 e os impactos para o apoio matricial; e as estratégias para o apoio matricial na APS. Diante disso, discutiram-se os principais desafios encontrados para a saúde mental na APS, bem como algumas potencialidades para a organização de um cuidado em rede e de base territorial. Ainda, observou-se que o caráter emergencial adotado pela APS no contexto da pandemia gerou impacto significativo para o apoio matricial. Quanto à prática do apoio matricial, destacaram-se os processos de comunicação entre as equipes e de educação permanente em saúde mental como aspectos importantes para a construção de um cuidado ampliado e compartilhado. O apoio matricial é base para a produção de uma saúde mental de qualidade na APS e, quando caracterizado como práxis, se mostra potente para superar os desafios já existentes e as eventuais crises de saúde, como a da pandemia de covid-19.
O excesso de faltas às consultas programadas na Atenção Primária à Saúde no Brasil produz o aumento na fila de espera e também da demanda por urgência. O objetivo da pesquisa foi analisar os motivos relacionados à acessibilidade, que influenciaram as faltas dos usuários às consultas programadas de uma equipe de Saúde da Família. Foi realizado um estudo de caso exploratório, utilizando como técnica a observação participante, análise documental e entrevistas não estruturadas. A categorização da análise de conteúdo temática foi baseada em quatro dimensões da acessibilidade: geográfica, organizacional, sociocultural e econômica. Os resultados encontrados apontaram que nas quatro dimensões analisadas surgiram dificuldades e facilidades à acessibilidade dos usuários aos serviços de saúde. Os problemas de acessibilidade podem decorrer da combinação da ausência de espaços de escuta por parte do serviço com a rigidez programática na organização da agenda dos profissionais da equipe e das diferentes percepções sobre tempo gasto e distância percebida pelos usários. Pôde-se concluir que a compreensão de muitos fenômenos que ocorrem na relação entre profissional e usuário exige uma disponibilidade para o diálogo, desprovido de juízo moral.
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