Introdução: As hepatites virais são importante problema de saúde pública no Brasil. Elas possuem diferentes agentes etiológicos, mas com propensão de infectar o tecido hepático (BRASIL, 2008, p.07). Elas têm grande importância clínica e epidemiológica, tanto pelas complicações das formas agudas e crônicas, quanto pelo número expressivo de indivíduos atingidos. Sua transmissão ocorre por meio da ingestão de água e alimentos contaminados, mas principalmente através de sangue e secreções contaminados (BRASIL, 2005). Objetivo: Analisar a frequência das infecções pelos vírus das hepatites A, B, C, D e E, nos 15 municípios pertencentes à Região do Baixo Amazonas, no Estado do Pará. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, quantitativo, referente ao ano de 2018, cuja base de dados é disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), considerando sexo, faixa etária, classificação etiológica, fonte de infecção e município de notificação. Resultados: Santarém liderou no número de notificações desses casos (91,66%), seguida de Oriximiná (4,16%), Alenquer (1,66%), Mojuí dos Campos (0,84%), Óbidos (0,84%) e Prainha (0,84%). Os casos confirmados se distribuíram em: vírus B (66,6%), vírus C (17,8%), vírus B + C (10%) e vírus A (5,6%). Não foram registradas infecções por vírus D e E. Observou-se que a maioria, 42,5%, contraíram por via sexual. A faixa etária de maior risco foi entre os 40 e 59 anos de idade (45%). Conclusão: Os dados demonstrados evidenciaram a necessidade de aprimorar a vigilância de novos casos de hepatite viral na Região do Baixo Amazonas, bem como a de aperfeiçoar métodos diagnósticos e preventivos por meio de estratégias de captação das infecções, no intuito de promover o diagnóstico e tratamento precoces.