que buscam na Educação de Jovens e Adultos o direito à Educação, roubado na infância. Que encontrem na EJA um caminho para realizarem sonhos, o acolhimento de suas necessidades e diferenças e a concretização de suas esperanças em dias melhores para todos.
O presente estudo articula-se, metodologicamente, à abordagem qualitativa e tem como objetivo prioritário a constituição de uma cartografia acerca das políticas e práticas que se articulam ao atendimento educacional especializado no contexto específico do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Partimos da seguinte questão orientadora: de que forma se desenha a estrutura do atendimento educacional especializado no âmbito do Colégio de Aplicação? Para tanto, nos pautaremos na análise documental de registros organizados pela área de educação especial da escola e das normativas que se associam à área no contexto brasileiro. A análise se constituiu a partir do referencial teórico que se associa ao pensamento sistêmico, sobretudo em Humberto Maturana e Francisco Varela, bem como em Gregory Bateson. Diante disso, torna-se possível perceber que o atendimento educacional especializado proposto, no contexto analisado, estrutura-se a partir do conceito de complexidade. Partindo das pistas indicadas pelos estudantes, valoriza-se e compõe-se um trabalho pautado na composição de uma rede de relações, na compreensão do diálogo como orientador do percurso e no compartilhamento de ações. Compreende-se, portanto, que se delineia, de forma prioritária, um processo de escolarização pensado a partir das relações entre seus partícipes.
II
ResumoO artigo trata do fluxo escolar do público-alvo da educação especial no estado do Rio Grande do Sul (RS), nas etapas da educação básica e na modalidade educação de jovens e adultos, com foco na faixa etária de escolarização obrigatória (sete a dezessete anos), conforme a legislação brasileira. O estudo se pautou na análise de estatísticas construídas a partir dos microdados do Censo Escolar da Educação Básica do Rio Grande do Sul. Entendendo que a garantia do direito à educação requer acesso, permanência e fluxo escolar, analisou-se o número de matrículas dessas crianças e adolescentes em relação à idade e à etapa/modalidade de ensino, nas classes de ensino comum e nas classes/escolas especiais, com particular atenção à etapa do ensino médio. A estatística indica que o percentual de conclusões entre estudantes com deficiência no ensino médio com a idade esperada (dezessete anos) é inferior a 5% do total das matrículas nessa faixa etária nas classes comuns do ensino regular. Nos espaços exclusivamente especializados, esse número se reduz para 1% do total das matrículas. Também se observa a retenção de estudantes com deficiência com idade além dos seis anos na educação infantil, bem como no ciclo considerado de alfabetização (primeiro ao terceiro ano), indícios que se ampliam nas escolas/ classes especiais, contrariando as normas e orientações nacionais. Por fim, o estudo aponta para a necessidade de políticas públicas voltadas para a construção de trajetórias de êxito escolar e o maior monitoramento das irregularidades relativamente à garantia do direito à educação para esse público.
Palavras-chaveEscolarização -Educação especial -Fluxo escolar -Políticas públicas -Ensino médio.
O presente estudo de abordagem qualitativa aborda a formação continuada de professores relacionada à Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. A interlocução é construída por meio de levantamento bibliográfico envolvendo a produção acadêmica da área. Faz-se a seguinte problematização: Quais conhecimentos podem caracterizar o fazer docente para os processos escolares inclusivos? Os apontamentos da literatura acadêmica manifestam que prevalecem os modos de conhecer instrumentalistas e desconexos da reflexão no espaço escolar. A partir da investigação, afirma-se como diretrizes da formação continuada docente para os processos escolares inclusivos: o trabalho colaborativo entre os agentes escolares o conhecimento pedagógico por meio da articulação entre teoria e prática; e a valorização do espaço de reflexão docente nos cotidianos.
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