This essay aims to analyze school feeding as a practice contributing to the establishment of school identities. The point of departure is a nonsystematic review of publications on school feeding and identities in Brazil's public schools. The discussion begins with the persistence of paternalistic discourses and practices that reduce school feeding to food for the poor, observed in the studies. The meanings in this paternalistic approach suggest that it appears to function as a power mechanism to brand the schoolchildren with an identify of poverty and inferiority. This understanding is situated in the prevailing power relations in schools, in the exercise of disciplinary power and its potential to produce identities, as well as the practices of resistance resulting from such power in the school feeding context. The schoolchildren are also agents of their own identity processes, considering that their relations with school feeding involve processes not only of subordination but also of resistance and active identity-building, combining the traditional with the modern, the local with the global, among other aspects. Even the ambiguities in this scenario are signs of a paradigm shift in the planning and practice of school feeding, raising elements to analyze it: on the one hand, as a device for the maintenance of social inequalities, and on the other, efforts and actions to support school feeding as an essential right and factor for emancipatory identities.
Esse projeto pedagógico fundamenta-se em princípios que estão vinculados a oito eixos educacionais, a saber: perfil profissional, competências, objetivos educacionais, eixos temáticos, organização curricular, estratégias educacionais, sistema de avaliação da aprendizagem e processo de acompanhamento e avaliação do curso. Esses eixos educacionais baseiam-se na prática multiprofissional, bem como na integração do conhecimento, visando à superação das dicotomias: biológico versus social, teoria versus prática, ciclo básico versus ciclo profissional e abordagem individual versus abordagem coletiva. A busca da flexibilização curricular e a utilização de metodologias inovadoras, que visam a uma nova forma de aprender, pautadas na autonomia e independência do aluno, são também elementos centrais do projeto. Para tanto, o aprimoramento científico-pedagógico do corpo docente e o processo de avaliação - tanto do curso, quanto dos alunos - também são incorporados ao projeto. Pretende-se socializar esta discussão com vistas a contribuir para o aprimoramento da formação do nutricionista no Brasil.
O presente estudo faz parte de um projeto maior, intitulado "Avaliação das Políticas Públicas na Área de Alimentação e Nutrição Implementadas no Estado da Bahia, no período de 1994 a 1997". Teve como objetivo reconhecer como vem se dando o uso da alimentação alternativa nas populações de baixa renda no Estado da Bahia, bem como identificar a percepção que as mesmas têm sobre esta prática. Foram aplicados questionários em 1.380 domicílios distribuídos em localidades urbanas e rurais de 36 municípios. O estudo revelou que 57,2% da população estudada já ouviu falar da alimentação alternativa e, deste percentual, 46,8% fazem uso desta prática. O principal veiculador do uso da alimentação alternativa, conforme esperado, foi a Pastoral da Criança, referida por 33,6% dos entrevistados. Do total dos entrevistados, 70,7% demonstraram uma percepção positiva sobre a alimentação alternativa como uma estratégia que contribui para a melhoria das condições de saúde.
A segurança alimentar tem sido considerada um importante indicador de saúde, uma vez que o seu comprometimento no nível domiciliar tem mostrado sérias repercussões nas condições de saúde e nutrição das populações atingidas. Este estudo tem como objetivo identificar a prevalência de insegurança alimentar segundo características sociodemográficas, econômicas e sanitárias de famílias residentes em um bairro popular do município investigado. Trata-se de estudo transversal de caráter exploratório e descritivo-analítico, realizado em um município do Recôncavo da Bahia, Brasil, no período de dezembro de 2011 a maio de 2012. A amostra incluiu 445 famílias da área urbana do município de Santo Antônio de Jesus, Bahia. Utilizou-se a proporção e o teste qui-quadrado, respectivamente, na análise descritiva e estratificada dos dados. A prevalência de insegurança alimentar identificada entre as famílias foi de 23,8%. Dentre as características sociodemográficas, econômicas e sanitárias, cor de pele preta (p=0,037), baixa renda do chefe (p<0,001), baixa renda familiar (p<0,001), gasto mensal com a alimentação entre R$ 87,74 e R$ 175,49 (p=0,017), baixa escolaridade (p=0,001), beneficiário do Programa Bolsa Família (p<0,001), desempregado ou aposentado/pensionista (p<0,001) e não tratamento de água para consumo (p<0,001) estiveram associadas à maior prevalência de insegurança alimentar. Concluiu-se que a prevalência de insegurança alimentar foi moderada, sugerindo que uma parcela significativa das famílias do bairro investigado não possui o seu direito à alimentação adequada assegurado, e associou-se a fatores sociodemográficos, econômicos e sanitários de famílias residentes no município investigado. Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de políticas públicas locais que garantam a segurança alimentar. Palavras-chave: Segurança alimentar e nutricional. Políticas públicas. Programas e políticas de nutrição e alimentação. Iniquidade Social.
Resumo: Estudos sobre práticas alimentares no contexto do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) têm apontado um paradoxo: de um lado, o PNAE avançou como política fundamentada no direito humano à alimentação adequada e, de outro, ainda apresenta um viés assistencialista que tende a contribuir para identidades estigmatizadas. Considerando esse contexto, um estudo foi realizado, objetivando compreender as interações entre práticas alimentares em torno da alimentação escolar e identidades. A abordagem etnográfica se configurou como percurso teórico-metodológico, tomando, como cenário, uma escola pública no Município de Santo Antônio de Jesus, Bahia, Brasil, do segundo ciclo do Ensino Fundamental. A etnografia foi realizada durante sete meses, sendo constituída de observação do cotidiano alimentar da escola, com registros em diário de campo, assim como realização de 23 entrevistas com alunos e atores-chave. A análise do material produzido consistiu em um exercício hermenêutico e categorização dos temas que emergiram. Este artigo é um recorte dessa investigação em que duas categorias são apresentadas: a primeira, “A escola é nossa”, analisa um movimento de ressignificação da escola ante uma identidade estigmatizada; a segunda, “A comida é o que une”, apresenta a alimentação escolar como um elemento estruturante das identidades dos alunos e da própria escola. Os achados apontam também o quanto o diálogo entre o campo da educação e o campo da alimentação e nutrição pode contribuir para que a alimentação escolar integre as práticas escolares não como um mero suporte nutricional, mas como comida que valoriza a escola pública e seus sujeitos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.