Investigamos o atletismo, o caratê e o balé, interessando-nos pelos dispositivos de subjetivação que se instituem por meio de técnicas, rotinas, rituais, representações e discursos que os sujeitos elaboram, atualizam, repetem, reconstituem, tomando como núcleo as relações com o corpo mediadas pelo treinamento. Para tal, realizamos incursões etnográficas em uma academia de dança, uma equipe de atletismo e um dojo de caratê. A análise do material empírico permite dizer que é a trama entre técnica, dor, sofrimento e projeto, um eixo central na conformação subjetiva de atletas, lutadores e bailarinas.
Considerando o debate acadêmico da área de Educação Física brasileira em torno do esporte como conteúdo de ensino, o presente trabalho reflete sobre a possibilidade de pensá-lo e experienciá-lo no contexto da Educação Infantil. Observando a cultura como elemento substancial da educação e o esporte como produção cultural, indaga pela responsabilidade dos professores na apresentação desse universo às crianças, na contramão das suas conformações competitivas, e a respeito do qual os pequenos não se encontram alheios. Com base nessas questões, apresenta experiências pedagógicas que tomam práticas esportivas como conteúdo da Educação Infantil, entendendo que a Educação Física nesta etapa da Educação Básica também pode se ocupar dos grandes temas das práticas corporais, entre eles, o esporte, no sentido de criar, com os pequenos, outras formas de se relacionar com os objetos culturais.
RESUMOO trabalho apresenta parte dos resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi o registro e a análise de práticas pedagógicas de Educação Física na educação da pequena infância. A investigação desenvolveu-se em três instituições públicas de Florianópolis, contando com extenso conjunto de observações, análise de relatórios organizados pelas professoras de Educação Física, entrevistas com estas * O presente texto é resultado parcial do projeto Recuperación de buenas prácticas educativas escolares en los niveles inicial, primario y medio, financiado pelo Ministério da Educação da República Argentina, nos marcos do Programa de incentivos para a formação de redes de pesquisa na América Latina -REDABRA. O projeto foi desenvolvido por grupos de
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo: No Brasil da transição dos séculos XIX e XX, quando aumentou a presença de norte-americanos e se fortaleceu o relacionamento com os Estados Unidos, foram organizados jogos de beisebol em algumas cidades nas quais o campo esportivo estava em processo de consolidação, articulado com os movimentos de adesão ao ideário e imaginário da modernidade. Nesse cenário, como teria sido representada tal prática? Podem-se considerar essas partidas como antecedentes da influência cultural estadunidense que se tornaria mais notável a partir dos anos 1930? Tendo em conta tais questões, este estudo teve por objetivo investigar as experiências com o beisebol promovidas no Rio de Janeiro e São Paulo do período. Como fontes foram utilizados revistas e jornais publicados nas duas capitais. Foi possível perceber as peculiaridades do processo de trânsito cultural, como certos sentidos conferidos à modalidade foram distintos dos concebidos no seu país de origem.
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