Esse artigo tem como objetivo conhecer as dificuldades enfrentadas por diferentes usuários para orientarem-se espacialmente em um terminal aeroportuário. Para isso, adotou-se o método denominado Passeio Acompanhado e utilizou-se o caso do terminal de embarque do Aeroporto Internacional de Pelotas. O estudo mostra que o terminal apresenta deficiências relacionadas à orientação espacial, principalmente, para os deficientes visuais já que o participante não conseguiu se orientar no local sendo totalmente dependente para realizar as atividades propostas e se deslocar no espaço. Como ponto positivo pode-se ressaltar as placas informativas que são legíveis (tamanho adequado, fonte e fundo contrastante), possuem tradução da informação para o inglês e a existe pictogramas associados à legenda.
Terminais de embarque aeroportuários configuram espaços complexos que atendem, diariamente, grande fluxo de passageiros das mais variadas origens e que, em alguns casos, possuem limitações específicas. É importante considerar-se a necessidade de adaptação dessas edificações visando garantir o atendimento a todos os usuários, especialmente em relação às condições de acessibilidade espacial. Este trabalho é fruto de um projeto de iniciação científica com abordagem multimétodos-pesquisa bibliográfica, visita exploratória, passeio acompanhado e grupo focal-que tem como objetivo avaliar as condições de acessibilidade espacial do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Pelotas/RS de acordo com os critérios e parâmetros estabelecidos em normas técnicas. Por acessibilidade espacial entende-se a possibilidade de acesso aos diferentes lugares por qualquer pessoa, identificação das atividades que ali ocorrem e viabilidade de uso dos equipamentos disponíveis de forma independente. Pode ser classificada em quatro componentes: orientação espacial, comunicação, deslocamento e uso. Para o desenvolvimento deste trabalho utilizou-se o método denominado visita exploratória, que consiste em uma visita ao local estudado e registro das condições de acessibilidade-a partir do preenchimento de informações em planilhas e levantamento métrico e fotográfico. Os resultados apontam que a edificação possui problemas relacionados a todos os componentes anteriormente citados. Em relação ao deslocamento pode-se exemplificar a inexistência de piso antiderrapante nas áreas que conduzem até a entrada do edifício. No quesito orientação espacial destaca-se a falta de informação que conduza às saídas de emergência. Referente aos componentes comunicação e uso, pode-se citar, respectivamente, a falta de serviços de atendimento para deficientes auditivos e a falta do símbolo internacional de acesso no sanitário acessível. Através do método aplicado pode-se verificar que o Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional de Pelotas enfrenta, ainda, muitos problemas relacionados à acessibilidade espacial e, para que sejam solucionados, deve-se incorporar as recomendações indicadas na norma técnica brasileira de acessibilidade e, ainda, intervenções que levem em consideração as dificuldades dos diferentes usuários do espaço-como, por exemplo, cegos, idosos, pessoas em cadeiras de rodas e estrangeiros.
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