Objetivo: Avaliar o risco de suicídio e a existência de comportamento suicida entre acadêmicos nos estágios inicial, intermediário e final do curso de Medicina de uma universidade particular e analisar os fatores de risco possivelmente associados à ideação suicida nessa população. Materiais e métodos: Foram analisados, em estudo transversal, 376 estudantes. Todos os participantes responderam questionário autopreenchível, por meio da plataforma eletrônica Google Forms, composto por 3 seções: perguntas sobre questões pessoais, perguntas do Questionário de Comportamento Suicida Revisado (Suicide Behavior Questionnaire Revised: SBQ-R) e do Inventário de Ideação Suicida Positiva e Negativa (Positive and Negative Suicide Ideation: PANSI). Resultados: 34% dos alunos eram do 1º ano, outros 34% do 3º ano e 32%, do 6º ano. 71,8% da população do estudo é composta pelo sexo feminino e 39,6% possui idade entre 21 e 24 anos. Na classificação de risco de suicídio segundo o PANSI, 31,7% dos estudantes apresentaram médio risco e 5,3%, alto risco. Na análise por etapa do curso, o 3º ano apresentou-se com maior porcentagem em alto risco (70,0%). De acordo com o SBQ-R, 37,2% dos estudantes da população total apresentaram comportamento suicida. Dentre as variáveis analisadas, orientação sexual, história de bullying na infância, conflito com responsáveis, história familiar de transtorno mental, uso de drogas ilícitas, história de violência sexual e ansiedade autorreferida foram consideradas como fatores de risco para suicídio na população total e na subanálise feita por ano de faculdade. Conclusão: A população do estudo apresenta aumento das taxas de ideação e comportamento suicida em relação a população geral. Assim, é necessária a implantação de medidas dentro das universidades para promover a saúde mental e diminuir aspectos estressantes sobre os acadêmicos.
Objective. The present study aims to evaluate the conditions associated with the progression of Multiple Sclerosis (MS) and patients' dysfunctions. Methods. We perform a retrospective longitudinal analytical observational study in 46 patients with MS from a polyclinic at Rio de Janeiro, Brazil. We used the Expanded Disability Status Scale (EDSS) to rank the patients according to their disability and establish correlation with risk factors, treatment and time of disease. Results. Of 46 patients, 69.6% were female and 67.4% were white. Patients with fewer functional systems affected at the beginning of the disease had a longer time for disease progression, according to EDSS. Low efficacy drugs led to a high rate of discontinuation of the treatment. Patients who used a continuously treatment took longer to reach higher EDSS values than those who discontinued treatment. Conclusion. Despite the control of MS with high effective drugs, there is still some disability for the patient. The factors that influenced the progression of the disability were: multiple symptoms at the beginning of the disease, more than 30 years old at the beginning of the MS, delay in diagnosis and initiation of treatment, among others.
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