Este trabalho objetivou estudar a percepção de cuidadores familiares de pacientes com seqüela de Acidente Vascular Encefálico sobre as repercussões físicas e psicossociais desta atividade. Trata-se de um estudo qualitativo com dez cuidadores familiares de pacientes adultos com seqüela de AVE em tratamento fisioterapêutico em um centro de Reabilitação em Salvador, Bahia. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado, no período de junho a julho de 2006. As entrevistas foram gravadas, posteriormente transcritas e analisadas. Para a análise do conteúdo dos discursos, definiram-se as seguintes categorias: "O que sentem?", com as subcategorias sobrecarga emocional e sentimentos positivos; "Repercussões físicas"; "Alterações financeiras"; "Vida social e Relações familiares". Entre os entrevistados predominaram as mulheres, pessoas casadas, com média de idade de 54 anos. Houve relatos de isolamento social e de sentimentos negativos, como o nervosismo e a pena, mas também sentimentos positivos de crescimento pessoal e aproximação do familiar. Entre as alterações físicas, destacaram-se as dores na coluna e braços e distúrbios no sono. A situação financeira das famílias foi, na sua maioria, modificada pela redução da renda familiar e aumento das despesas, e as relações familiares, influenciadas pelo afastamento dos membros e aumento dos conflitos. Diante de todas as alterações impostas à vida destas pessoas e a sobrecarga física e emocional que podem ocasionar, fica clara a necessidade de intervenções direcionadas aos cuidadores familiares.
Este estudo analisou situações em que um irmão/ã ajuda a cuidar de uma criança com necessidades especiais. Foram entrevistadas as mães e as crianças cuidadoras de 10 famílias de baixa renda, em Salvador-Bahia, com filhos portadores de paralisia cerebral. São detalhados os comportamentos de cuidado indicados pelas mães e pelas crianças cuidadoras, a participação das crianças em tarefas domésticas e suas atividades de lazer. Descrevem-se dificuldades e satisfação/insatisfação dos cuidadores com a tarefa, e expectativas de mães e crianças em relação ao futuro. Discute-se o grau de responsabilidade atribuído às crianças. Apontam-se limitações do estudo e algumas direções de intervenção para profissionais de saúde que atendem essas famílias.
Introdução: Os instrumentos de avaliação podem permitir a mensuração de déficits funcionais, corroborando para um diagnóstico mais assertivo. Objetivo: Investigar o conhecimento e a aplicação de instrumentos/testes de avaliação em fisioterapia neonatal e pediátrica. Métodos: Observacional, descritivo, de corte transversal, realizado entre dezembro de 2020 e abril de 2021. Foram avaliados o conhecimento e a aplicação de instrumentos/testes de avaliação por fisioterapeutas que atuam em pediatria e/ou neonatologia na cidade de Salvador/BA. A coleta foi realizada através de um formulário online, produzido pelas autoras, e composto por 24 questões. Resultados: A amostra foi composta por 70 participantes, idade média de 32,5 ± 6,6 anos, 95,7% feminino, 32,9% com pós-graduação Lato Sensu, 51,4% atuavam no regime público, 30% trabalhavam em até dois setores. A mensuração da força muscular respiratória foi o teste mais conhecido (94,3%) e a Escala de Estado Funcional Pediátrica (FSS) o instrumento menos conhecido (41,4%) pelos fisioterapeutas. O instrumento/teste mais e menos aplicados na prática clínica foram, respectivamente, a mensuração da força muscular respiratória (47,1%) e o Denver II (71,4%). Conclusão: Apesar de haver maior frequência de fisioterapeutas que relataram conhecer os instrumentos/testes analisados, houve predominância da não aplicação destes na prática clínica.
Background: Sit to stand is one of the functional tasks that may have been altered in post stroke hemiparetic patients. This transfer may have been altered affected by various extrinsic conditions, among them the position of the feet. Objective: systematize the knowledge about the influence of foot placement in the performance of standing up in post stroke hemiparetic patients. Method: a non systematic review in the period of March to September 2014 was performed, including original articles published from January 2002 to September 2014. Results: 35 articles were found, 8 met the inclusion criteria and were included, 6 of them of observational feature, 1 controlled biomechanical experiment and 1 randomized clinical trial. Conclusion: the findings suggest that the choice of foot position interferes in the standing up performance. This aspect should be considered for the evaluation and treatment, allowing the control of variables that interferes on the performance of this task.
INTRODUÇÃO: Conhecer fatores que contribuem para a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e suas mudanças ao longo do tempo é essencial para compreender a extensão do impacto do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nosso objetivo foi identificar preditores de QVRS em indivíduos residentes na comunidade após AVC. MÉTODOS: Coorte de indivíduos com AVC acompanhados em ambulatório. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados na avaliação inicial e nas seguintes escalas: National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS), Timed Up and Go Test (TUGT), Modified Barthel Index (MBI), Frenchay Activity Index (FAI). A QVRS foi avaliada por meio das dimensões do EuroQol-5 (EQ-5D). Após análise univariada, as variáveis foram incluídas em dois modelos de regressão logística. RESULTADOS: Havia 100 indivíduos, na avaliação inicial 55% eram mulheres, média de idade de 54 ± 13,9 anos, 57% com vida conjugal, 91% com rede de apoio. Tempo médio de AVC foi 36 (16-48) meses, mediana NIHSS 3 (1-5,5), MBI mediana 49 pontos (48-50). Mediana do tempo de TUGT foi 13,8 (11, 3-19) segundos e o desempenho em atividades instrumentais (FAI) foi 20 (12-25). Após um ano de acompanhamento, 60% dos indivíduos avaliados apresentaram QVRS favorável e os preditores identificados foram o nível de funcionalidade nas atividades de vida diária (OR = 1,21 por 1 ponto de aumento no MBI; IC 95% = 1,03-1,42; P = 0,016), território vascular da lesão (OR = 4,98 para circulação posterior vs. anterior; IC 95% = 1,53-16,22; P = 0,008) e tempo desde o início do AVC (OR = 0,98 por mês desde o início do AVC; IC 95% = 0,96-0,99; P = 0,016). CONCLUSÃO: Um maior nível de funcionalidade nas atividades da vida diária, circulação posterior do território vascular e um menor tempo desde o início do AVC na avaliação inicial foram os preditores de uma QVRS favorável.
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