Este artigo tem o objetivo de apresentar olhares da grande imprensa colombiana sobre o golpe civil-militar brasileiro de 1964. Partimos daquele cenário histórico com suas especificidades políticas, para abordar a experiência jornalística do país relacionada ao golpe no Brasil. Para tanto, exploramos as divergências e as similitudes entre o discurso produzido pela imprensa colombiana e pela brasileira sobre 1964, tecendo relações entre o contexto global, regional e nacional na Colômbia e no Brasil em meados da década de 60. As fontes utilizadas integram coleta de publicações selecionadas em dois periódicos de ampla circulação na Colômbia: El Espectador e El Tiempo. A análise aponta para a construção de narrativas semelhantes, com destaque para o anticomunismo -, embora na Colômbia o regime democrático tenha se mantido formalmente durante todo o período.
Desde os anos 2000, a história oral, a memória e o testemunho vêm adquirindo maior espaço na historiografia brasileira da última ditadura, e contribuindo para a aproximação tensa e conflituosa deste campo com o espaço público, suas disputas políticas e processos de circulação e identificação cultural. O objetivo deste artigo é identificar e discutir os sentidos da memória nas produções historiográficas da ditadura nas duas últimas décadas trabalhando com a historiografia enquanto produtora de memória em estreita relação com o espaço público. Destacamos diferentes abordagens do chamado “dever de memória” em suas relações com as políticas públicas de memória no Brasil, os desdobramentos da consolidação da história do tempo presente para as relações entre história e memória, e os dissensos historiográficos a respeito das memórias revolucionárias e dos usos de categorias como trauma e frustração.
Resumo: O tema central deste artigo é o pensamento político revolucionário na América Latina durante os anos de 1960 e 1970. Especificamente, reconstruímos parte da trajetória da Organização Revolucionária Marxista Politica Operária (ORM-Polop), criada oficialmente no Brasil em janeiro 1961, e do Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR), criado no Chile cerca de quatro anos depois, ambos situados em contextos democráticos. Discutimos o ineditismo do pensamento político construído pelas organizações, sua defesa de uma revolução socialista latino-americana e a questão da luta armada. Com isso, esperamos contribuir com o debate acerca dos radicalismos; memórias incômodas desde os golpes militares na região. Palavras-chave: Organização Revolucionária Marxista Política Operária. Movimiento de Izquierda Revolucionaria. Memória política. Abstract:The central theme of this article is revolutionary political thought in Latin America during the 1960s and 1970s. Specifically, we reconstructed part of the trajectory of the Revolutionary Marxist Workers' Political Organization (ORM-Polop), officially created in Brazil in January 1961, and the Movement Of the Revolutionary Left (MIR), created in Chile about four years later, both located in democratic contexts. We discuss the novelty of political thought built by organizations, their defense of a Latin American socialist revolution and the issue of armed struggle. With this, we hope to contribute to the debate about radicalisms; Uncomfortable memories since the military coups in the region.
The 1959 Cuban Revolution had intense and long-lasting repercussions in Brazil. To highlight this, it is worth mentioning two recent events that occurred exactly 60 years after that revolutionary triumph: first, the release of the movie Marighella, directed by Wagner Moura, based on the life of the writer and former congressman of the Brazilian Communist Party (Partido Comunista Brasileiro, PCB) Carlos Marighella (1911-1969); second, the speech delivered by President Jair Messias Bolsonaro at the opening of the United Nations (UN) General Assembly, with abundant distribution of insults to the Cuban government.
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