Este estudo teve como objetivo analisar 32 trabalhos de três edições (2015, 2017 e 2019) do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), sobre as contribuições, avanços e/ou fragilidades de ações pedagógicas relacionadas à Alfabetização Científica (AC) no Ensino de Ciências (EC) da Educação Básica. Trata-se de uma pesquisa exploratória a partir de uma revisão sistemática da literatura, com análise do nível de ensino; região; proposta didática; contribuições e categorização em eixos temáticos (estabelecidos após a íntegra leitura dos trabalhos). Os resultados da pesquisa indicam que a maioria dos trabalhos tiveram como público alvo o Ensino Médio e ausência na EJA. Entende-se que os Ensinos Fundamental e Médio são considerados locus para a realização da AC, nos quais a diversificação de estratégias metodológicas pode auxiliar no desenvolvimento de competências que envolvem a AC. Conclui-se que a pluralidade de ações didáticas apresentadas nos trabalhos selecionados para este estudo, ressaltam a abordagem da AC na Educação Básica, viabilizando o uso das tecnologias, construção de materiais didáticos e sequências didáticas embasadas na Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA) para todo espaço e nível escolar.

Este trabalho tem por objetivo apresentar e discutir novas possibilidades de espaço/tempo para formação deprofessores diante de um cenário mundial marcado pela pandemia da COVID-19. Apresentamos e analisamos odesenvolvimento de um projeto de extensão criado pela Representação Discente e demais colaboradores do Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde da Universidade Federal de Santa Maria. O projeto promoveu Ciclos Formativos Online para professores por meio da plataforma do YouTube através do qual foram realizadas 44 lives tratando de diferentes temas voltados para a educação. O canal do YouTube atingiu 3.804 inscritos e as lives ocorreram com a participação de 58 palestrantes de todas as regiões brasileiras. O desenvolvimento do projeto durante o momento vivenciado de distanciamento físico permitiu diálogos e reflexões teóricas e práticas entre educadores sobre diversos aspectos, contribuindo com processos de reflexão e formação docente. Além disso, a utilização de tecnologias digitais favoreceu uma maior acessibilidade e praticidade pelos sujeitos participantes de diferentes locais, superando a necessidade da presencialidade.

Este trabalho teve como objetivo identificar, no contexto atual, concepções de pós-graduandos do PPGECQVS/UFSM sobre a Teoria Educacional de Paulo Freire. Trata-se de uma pesquisa investigativa, transversal, de caráter quali-quantitativo. Utilizou-se como instrumento um questionário com perguntas abertas e fechadas. Foi utilizada estatística descritiva para os dados quantitativos e análise de conteúdo para os textuais. Foram elencadas três categorias de análise: a. Educação Escolar Brasileira na Atualidade, b. Projeto Político Pedagógico e Paulo Freire e c. Paulo Freire, da teoria à prática. A maioria dos participantes eram mulheres com formação inicial em Ciências Biológicas, com experiência profissional docente acima de seis anos, e o primeiro contato com a Teoria Educacional de Paulo Freire, entre todos os participantes, foi dependente do perfil curricular de cada curso de graduação; assim como os que referiram não ter tido contato na formação inicial o tiveram na pós-graduação. Concluiu-se que os alunos percebem o contexto educacional brasileiro em crise financeira, de incentivo aos docentes, administrativa, governamental e distante dos pensamentos freireanos; assim como,  que a Teoria de Freire é possível e aplicável, porém necessita de ampla colaboração de docentes, discentes e entes governamentais.