ResumoO objetivo deste artigo é analisar a atual política para educação de alunos com surdez no município de São Paulo, já que tal política tem impacto na indução de ações no sentido de criar ou não melhores condições para a aprendizagem desse alunado. A educação de surdos é tema polêmico e resultados satisfatórios nem sempre são alcançados. A língua de sinais é a língua de constituição de sujeitos surdos e, quando assumida nos espaços educacionais, favorece um melhor desempenho desses sujeitos. Propostas de escolas de surdos e de educação inclusiva emergem e debatem o direito linguístico da pessoa surda, a abordagem metodológica e a atuação de profissionais bilíngues, além de demandarem políticas governamentais para sua implementação. No Brasil, a Lei nº 10.436, de 2002, e o Decreto nº 5.626, de 2005, tratam da língua brasileira de sinais (Libras) e da educação de surdos, indicando a necessidade de formação de futuros profissionais (professor bilíngue, instrutor surdo e intér-prete de Libras) cientes da condição linguística diferenciada dos alunos surdos. Nessa perspectiva, destaca-se o caso do município de São Paulo, que conta com surdos inseridos em dois contextos educacionais distintos: escolas municipais de educação bilíngue (para alunos surdos) e escolas regulares (que recebem alunos ouvintes e surdos) regulamentadas pelo Decreto nº 52.785, de 2011, que cria escolas municipais de educação bilíngue para surdos (EMEBS) na rede municipal de ensino, e pela Portaria nº 5.707, também de 2011, que regulamenta o referido decreto. Palavras-chaveEducação inclusiva -Educação de surdos -Língua de sinaisPolíticas públicas em educação.
ResumoO presente artigo problematiza a proposta bilíngue para crianças surdas na Educação Infantil e sua importância para o desenvolvimento linguístico do sujeito surdo. A partir da descrição de uma cena escolar em uma escola Polo bilíngue da rede municipal no interior de São Paulo, discute a aquisição de linguagem precoce e a relevância do brincar na Educação Infantil e reflete sobre a aquisição da língua de sinais nessa faixa etária, por meio da interação dialógica com o outro (surdo). Enfatiza a necessidade de políticas que estimulem a entrada da criança surda neste nível de ensino e valorizem a especificidade da surdez numa vertente bilíngue (Libras/Português) e também sugere a ampliação de escolas polos, inclusivas e bilíngues, para estudantes surdos e a adoção da língua de sinais como língua de instrução, com professores surdos e colegas surdos.
Resumo: Pretende-se descrever o fenômeno da linguagem no momento da interpretação simultânea -captar o caráter singular da significação do ver a enunciação, do processamento da mesma, e da produção para língua alvo com as equivalências na mesclagem da voz e dos discursos que estão sendo proferidos na língua fonte. O foco privilegiado nessa investigação é a escolha da modulação da voz feita pelo intérprete de Língua de Sinais para Língua portuguesa na modalidade oral. Envolve análise do corpus de fala de uma surda universitária que participou de mesa redonda intitulada "A Universidade e o Surdo: um encontro inevitável" envolvida por um discurso militante que reivindicava a presença do intérprete de Língua de Sinais e adaptações educacionais na Universidade. Palavras-chave: mesclagem de voz, tipos discursivos, interpretação da libras.Abstract: This article describes the phenomenon of language in the act of simultaneous interpretation -to capture the unique character of the signification of seeing the enunciation, of processing it, and of the production into the target language with the equivalences between tone of voice and the utterances made in the source language. The focus of this investigation is the preference of voice modulation made by sign language interpreters for the oral Portuguese language. It analyzes the speech corpus of a deaf university student who took part in a roundtable discussion entitled "The University and the Deaf: an inevitable encounter" with a speech by a campaigner demanding the presence of sign language interpreters and educational changes at University.
Resumo: Nos últimos anos, houve crescimento de Literatura infanto-juvenil e grande incentivo à educação bilíngue para surdos, propiciando a abertura para a tradução de obras em português para a Libras. Como consequência direta desse fenômeno, houve mudança significativa na compreensão de como se traduzir materiais multimodais. Com isso, o objetivo principal deste artigo é discutir/analisar episódios (vídeo gravação) que focalizaram a mediação da professora-pesquisadora, em contextos de trabalho de tradução dos alunos, no intuito de verificar quais são as mudanças na construção dos sentidos segundo os textos apresentados nesses materiais, sob a luz da Análise de Discurso (BAKHTIN, 1999). Sugere-se que esse tipo de atividade, de tradução coletiva, possa ser desenvolvida com alunos de tradução, de tal modo que ela forneça condições para que os alunos, ao traduzir o texto multimodal, possam se conscientizar da complexidade e da especificidade das escolhas linguísticas e discursivas envolvidas no processo tradutório. Palavras-chave: Tradução de literatura infanto-juvenil. Multimodalidade. Texto multimodal. Formação de tradutores. Tradução em grupo. Pedagogia da tradução.
O objetivo deste trabalho foi a criação de critérios para procedimentos de tradução de literatura infanto-juvenil do Português para a Libras. Para isso, neste artigo, recorremos aos conceitos de dialogia e polifonia de Mikhail Bakhtin. Mediante uma pesquisa de natureza analítico-descritiva, foi possível verificar que o intérprete não traduz apenas o texto, mas é intensamente motivado pelas ilustrações do livro, pelo gênero discursivo e pelo público-alvo potencial do material.
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