ResumoO estudo apresenta reflexões sobre o movimento das ocupações das escolas secundaristas do Rio Grande do Sul (RS), com o objetivo de caracterizá-lo enquanto objeto semiótico. Essa proposta vincula-se ao entendimento dessa mobilização como fenômeno cultural, e enquanto tal, será guiada à luz dos conceitos da Semiótica da Cultura. Para tanto, foi realizada a ida a campo, inspirada na observação etnográfica, e guiada por categorias em busca de traços culturais na ocupação da Escola Estadual Padre Réus, em Porto Alegre. Além disso, realizou-se o rastreio em meio ao campo da pesquisa documental em relatos dispersos nas redes sociais e fontes como imprensa e mídias ativistas fora dos espaços tradicionais. Nesta articulação, destacam-se as potencialidades das semioses das ocupações ao colocarem em prática novos processos e linguagens de resistência e invenção, operando nas fronteiras do conceito de horizontalidade e avançando de forma efetiva na reconfiguração de possibilidades de novas formações comunicacionais. Palavras-chave
Nesta reflexão, colocamos em discussão os pressupostos basilares da perspectiva cartográfica (DELEUZE; GUATTARI, 1995), percorrendo as variações da atenção sugeridas por Kastrup (2007; 2008) e sinalizando o quanto essa metodologia de pesquisa pode nos auxiliar em processos de investigação, incluindo os estudos no campo da comunicação. Mais do que isso, ela prima pela construção de um percurso movente que se diferencia de pesquisador para pesquisador e, também, encaminha e torna particular cada abordagem.
Este trabalho objetiva delinear certas disputas políticas e de sentido que emergem dos acionamentos sobre a in/visibilidade transgênero em comunidades de temática trans no Reddit. Confrontamos uma revisão teórica dos transgender studies a uma etnografia digital realizada nas comunidades de pessoas trans na plataforma de fóruns Reddit, ressaltando seus pontos de encontro e de divergência, e utilizando como eixo analítico as instabilidades do dispositivo de “passar” por cisgênero. Por fim, demonstramos que o projeto identitário dos trans studies sofre resistência nas comunidades do Reddit, que mobilizam a subjetividade em múltiplos significados para efetuar a construção da cisgeneridade nos corpos trans.
Na instância desse artigo parte-se do pressuposto de que os corpos são essencialmente geradores de sentidos e têm intenso potencial para produzir semioses ilimitadas, tanto mantendo o que está estabelecido como norma – as regularidades –, quanto promovendo cisões e rearticulação de significados – as imprevisibilidades. Entendemos que as corporalidades assumem dinamicidade e complexidade à medida que o corpo utiliza a linguagem para se comunicar, afetar e ser afetado. Contudo, os textos corporais construídos na dimensão midiática assumem características específicas com relação à dinamicidade e à complexidade das linguagens e dos sistemas culturais. Logo, as corporalidades midiáticas são problematizadas pela perspectiva da semiótica da cultura e, especialmente pelo conceito de explosão de Yuri Lotman a fim de averiguar suas especificidades de funcionamento. Em vista disso, debate-se a existência de um processo de implosão no âmbito televisivo.
Resumo Este artigo tem como propósito realizar uma abordagem da comunicação pela perspectiva da Semiótica da Cultura, trazendo reflexões de Iuri Lotman que contribuem para a problematização de paradigmas já assimilados pela área, expandindo o modo de entendê-la e de compor seus princípios. Com Lotman, por meio de conceitos como os de tensão, função criativa do texto, ruído e explosão, pode-se vislumbrar o potencial comunicativo dos processos que geram indeterminação de sentidos e estimulam a formação de novas tramas de tradutibilidade que vão constituir acréscimo de significados e até mesmo alterar a linguagem e os códigos — uma outra ótica para a comunicação.
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