Na instância desse artigo parte-se do pressuposto de que os corpos são essencialmente geradores de sentidos e têm intenso potencial para produzir semioses ilimitadas, tanto mantendo o que está estabelecido como norma – as regularidades –, quanto promovendo cisões e rearticulação de significados – as imprevisibilidades. Entendemos que as corporalidades assumem dinamicidade e complexidade à medida que o corpo utiliza a linguagem para se comunicar, afetar e ser afetado. Contudo, os textos corporais construídos na dimensão midiática assumem características específicas com relação à dinamicidade e à complexidade das linguagens e dos sistemas culturais. Logo, as corporalidades midiáticas são problematizadas pela perspectiva da semiótica da cultura e, especialmente pelo conceito de explosão de Yuri Lotman a fim de averiguar suas especificidades de funcionamento. Em vista disso, debate-se a existência de um processo de implosão no âmbito televisivo.
Este relato de experiência aborda reflexões de âmbito teórico e metodológico resultantes da oferta interinstitucional de uma disciplina sobre Comunicação e Territorialidades, reunindo estudantes de pós-graduação de seis programas das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. A proposição experimental foi possibilitada pelo ensino remoto durante a pandemia de Covid-19, atravessada pelo cenário de crise política, econômica e sanitária, e constituída por contribuições advindas de rodas de conversa com a turma e de jornalistas independentes e atuantes nas periferias de diferentes regiões brasileiras. Constata-se a potência da abordagem da pluralidade de experiências (acadêmicas e alternativas contra-hegemônicas) como caminho para entender as complexas tramas territoriais que constituem processos comunicativos muito além do aparato conceitual sistematizado na literatura.
s u m á r i o vivas, radicalmente teimosas na fé nas pessoas. Essa esfera vital comum nos ensina, alenta, irmana, multiplica nossas forças, renova nossa esperança e nos ajuda a dar um sentido profundo ao nosso trabalho intelectual e docente e à nossa vida nesta passagem pela terra.Como produto do trabalho do Grupo Processocom este livro expressa, nas suas linhas e entrelinhas, um pouco dessa cultura subversora e de seus compromissos com a pesquisa, com a formação crítica e reflexiva, com a construção de uma ciência socialmente relevante, ética e politicamente situada, benfeitora das vidas, cuidadosamente comprometida com o planeta e com o cosmos. Que possa estimular e mobilizar sensibilidades e inteligências para a tarefa comum de reinventar o mundo, é nosso desejo.
REFERÊNCIAS
Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional -(CC BY-NC-ND 4.0). Os termos desta licença estão disponíveis em: . Direitos para esta edição cedidos à Pimenta Cultural. O conteúdo publicado não representa a posição oficial da Pimenta Cultural. 1 Dedicado a CMKP en su año del Tigre, en agradecimiento por su enorme calidad humana y compromiso social. 11 Os painéis do Simpósio estão disponíveis para visualização no canal do YouTube do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRGS, com acesso em: https://youtube. com/playlist?list=PLzBxt8Uz6FsNRYR5-jLHNBGqB1FEob_jK s u m á r i o FUENTES NAVARRO, Raul. Fontes bibliográficas da pesquisa acadêmica nos cursos de pós-graduação em comunicação no Brasil e no México: uma aproximação da análise comparativa. Matrizes, n.1, out. 2007.FUENTES NAVARRO, Raul. La producción social de sentido sobre la producción social de sentido: hacia la construcción de un marco epistemológico para los estudios de la comunicación.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.