Este artigo é resultado de um trabalho mais amplo desenvolvido através de projetos de ensino e de pesquisa realizados com o acervo do Museu do Doce da UFPel, os quais possuem como intuito pesquisar e registrar informações referentes à história do doce, em Pelotas – RS, o qual foi registrado como patrimônio imaterial brasileiro, em maio de 2018. Aqui, apresentaremos os resultados das ações referentes ao acervo fotográfico da instituição, mais precisamente com a coleção da Confeitaria Nogueira, a qual foi doada ao Museu, em 2016, pelos herdeiros do dono da Confeitaria, que foi uma das mais importantes da cidade, ficando em funcionamento por quase cem anos. Será apresentado um breve histórico sobre as confeitarias na cidade de Pelotas, a formação do museu, assim como serão expostos os procedimentos adotados com o acervo e os desafios da pesquisa e da gestão de acervos.
O presente trabalho discute questões acerca das práticas extensionistas durante a realidade da pandemia de Covid-19 no Brasil. São analisadas ações realizadas pelo MuDI - Museu Diários do Isolamento, museu de virtuais conexões criado durante os primeiros meses pandêmicos, em meados de 2020. A instituição, com viés interdisciplinar, faz parte de um projeto de extensão vinculado ao curso de Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e ao Núcleo de Estudos sobre Museus, Ciência e Sociedade (NEMuCS). Através do seu caráter extensionista, o MuDI se coloca no papel de museu virtual institucional que possibilita ampliar a formação do profissional museólogo, trazendo os discentes para a vivência do cotidiano de uma instituição colaborativa. Também é trazida à discussão uma das exposições mais recentes, ‘(RE) existência: os vários lugares da mulher na pandemia’ compartilhando o cotidiano e as multifa- cetas das mulheres durante a pandemia - a concepção contou com uma equipe multidisciplinar, envolvendo docentes e discentes de diversas áreas, assim como a participação de cientistas e artistas que deram os seus depoimentos acerca de suas realidades no contexto pandêmico.
A sequência de imagens sobre a qual trata este texto corresponde a uma síntese do vídeo “A Casa do Conselheiro”, em exibição na exposição de longa duração “Entre o sal e o açúcar: O doce através dos sentidos”, que ocupa a área expositiva central do Museu do Doce da Universidade Federal de Pelotas. O que se busca apresentar como reflexão, além do registro do produto gerado e do processo técnico empregado, é a finalidade de tal recurso de destacar ao visitante a condição de bem “musealizado” na qual se instituiu o edifício histórico ao vir a ser ocupado pelo já dito Museu. Informa-se tanto a trajetória da casa como do Museu e o quanto o ocasional vínculo entre ambos acabou criando uma circunstância de dupla proteção e significação. Por fim, aponta-se o recurso expositivo do vídeo como elemento integrante do plano de acessibilidade do Museu do Doce, que se inicia com a exposição e com o projeto do qual é resultado.
O ano de 2018 foi marcado pelos 25 anos do Projeto Desafio Pré-Universitário. Neste espaço de tempo, o Projeto deixou de ser independente, sem com isso ferir seu caráter de autogestão, e passou a fazer parte do sistema de extensão da UFPel. Em 2017, assumiu o status de projeto estratégico da Pró-reitoria de Extensão e Cultura - PREC, com o intuito de institucionalmente fortalecer seu caráter extensionista e socialmente referenciado, construindo, assim, um modo de autogestão compartilhado entre estudantes que protagonizam este projeto, o professor coordenador e a PREC. Ao longo destes 25 anos, o projeto ocupou vários espaços. Em 1993, o projeto começou com uma turma; hoje, são atendidas de cinco a seis turmas por ano, divididas entre extensivo e intensivo. O número de integrantes do projeto pode chegar a 300 estudantes ano, com mais de 80 educadores alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado da UFPel. Este fato vem transformando este projeto num grande e importante espaço de experimentação e, porque não dizer, de formação de professores, cuja experiência como aprendiz na docência ultrapassa o número de horas realizadas nos estágios obrigatórios das licenciaturas, além de ter um caráter diferenciado, visto que as discussões e reflexões são partilhadas entre os estudantes ministrantes de disciplinas, tanto na área como no grande grupo. Com isso, pretende-se garantir o trabalho de autogestão e da interdisciplinaridade político-pedagógico nas ações do projeto.
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