PAULO PINTO PUPOOLAVO PAZZANESE OCTAVIO LEUÍMI A. MATTOS PIMENTAO registro da atividade elétrica cerebral, assim como a identificação das verdadeiras "tempestades elétricas" cerebrais ocorridas durante as cri ses epiléticas foram feitos, pela primeira vez, por Berger (1929Berger ( -1932 O método utilizado por esses diversos pesquisadores varia em pequenos detalhes, mas, em síntese, consiste no registro do traçado eletrencefalográfico com o auxílio de eletrodos especiais aplicados diretamente sobre o córtex cerebral exposto durante a intervenção cirúrgica. E' um exame complementar da eletrencefalografia que vem permitir mais precisa localização do foco epileptógeno, já individualizado por aquela, pela obtenção de traçado livre da distorção motivada pela distância variável entre os eletrodos, colocados sobre o couro cabeludo e o foco cerebral.A eletrocorticografia permitiu grande progresso na terapêutica neurocirúrgica da epilepsia, por isso que, sendo o foco ativo epileptógeno uma fonte de distúrbio essencialmente funcional, o seu exato reconhecimento, seja na periferia de foco lesional, seja em plena circunvolução macroscò-picamente normal, é absolutamente necessário para que possa ser inteiramente extirpado pelo neurocirurg.ão.
A síndrome de Melkersson-Rosenthal consta de paralisia facial periférica, edema da face e língua plicata. Justifica-se a apresentação destes casos pela sua raridade pois encontramos apenas 52 casos registrados na literatura a nosso alcance, sendo que só 22 com a tríade completa.Melkersson
Enxaqueca é afecção caracterizada por crises periódicas de dor de cabeça, geralmente unilateral, paroxística, precedida ou não de aura visual (escotoma cintilante ou cegueira parcial), acompanhada de distúrbios stnsoriais, motores ou mistos, ao lado de fenômenos gerais vasomotores e psíquicos. Essas manifestações clínicas não são de presença obrigatória, podendo faltar ou ser acrescidas de outras mais. Assim sendo, é possível a separação de formas clínicas diversas no quadro da enxaqueca. Classificação bastante interessante e descritiva c a de Moench 1 , que considera as seguintes formas: 1 -Enxaqueca comum ou hemicrânia simples; 2 -Enxaqueca of tálmica (dor de cabeça precedida, acompanhada ou seguida de distúrbios visuais, particularmente escotomas) ; 3 -Enxaqueca oftalmoplégica (dor de cabeça acompanhada de paralisia de músculos oculares) ; 4 -Enxaqueca facioplégica (acompanhada de paralisia facial) ; 5 -Enxaqueca abdominal (síndrome de distúrbios gastrointestinais e cardiovasculares asscciados, não acompanhados de dor de cabeça) ; 6 -Enxaqueca psíquica (distúrbios psíquicos paroxísticos que substituem, se juntam ou se alternam com crises de cefaléia).O aparecimento da enxaqueca está quase sempre ligado à presença de três fatores, hoje admitidos de maneira quase que categórica: 1 -a idade relativamente jovem em que se instala; 2 -a predominância no sexo feminino; 3 -a hereditariedade, homóloga e direta, bem evidenciável em 50 a 80% dos casos. Por outro lado, o seu íntimo parentesco com a epilepsia, já assinalado por Tissot H863), tem sido estatisticamente comprovado pela maioria dos pesquisadores e, mais recentemente, firmado de modo inequívoco com o advento da eletrencefalografia 2 . É a forma oftalmoplégica da enxaqueca que nos interessa no presente trabalho. Caracteriza-se pelo fato de algumas crises de hemicrânia serem acompanhadas de paralisia, parcial ou total, do nervo
lume com 164 pgs. Editorial Paz Montalvo, Madrid, 1947. Baseado em sua experiência pessoal e em abundante e moderna literatura, o A. apresenta excelente monografia, na qual revê e analisa os recentes conceitos e investigações sôbre a fisiopatologia das convulsões epilépti-cas. Depois de definir e estabelecer o conceito da epilepsia, nos diversos capítulos, passa em revista de maneira cuidadosa e precisa os mecanismos básicos e fundamentais do neurônio, a produção experimental das crises epilépticas, a base nervosa dos fenômenos convulsivos, a extensão, a propagação e a parada das descargas epileptiformes, estudando os vários sintomas, positivos e negativos, as diversas formas clínicas e as modificações vasomotoras e bioquímicas do cérebro durante a crise. Dedica interessante capí-tulo ao estudo das íntimas relações entre a libertação da acetilcolina e o funcionamento nervoso, concluindo que as substâncias antagônicas e inibido¬ ras da acetilcolina tendem a diminuir as convulsões experimentais e as anormalidades eletrencefalográficas dos epilépticos. Estuda a nda o A. os fatôres gerais e secundários que atuam modificando o aparecimento e a freqüência das crises epilépticas, representados pela constituição, a idade, a atividade nervosa, os fatôres bioquímicos e metabólicos do meio interno, as lesões cerebrais, as drogas e o efeito das crises sôbre o cérebro. Termina fazendo a discussão geral sôbre a origem e a significação das crises epilépticas e apresentando sugestões e perspectivas fisioterapêuticas.Não se trata pròpriamente de um livro clínico de interêsse prático, mas é obra de valor cuja leitura será útil a médicos, neurologistas e investigadores, pois, concorrendo para o conhecimento do mecanismo íntimo e das características fisiopatológicas das crises convulsivas, traz, como conseqüência imediata, progressos terapêuticos, bioquímicos, farmacológicos, elétricos e cirúrgicos.O. LEMMI
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